
Na 14.ª sessão referente ao julgamento da invasão a Alcochete, que decorre no tribunal de Monsanto, Marcos Acuña foi hoje ouvido, por videoconferência, a partir do tribunal do Montijo.
Acuña começou por recordar os incidentes logo depois do jogo com o Marítimo SC: “Fomos cumprimentar os adeptos, mas só recebemos insultos, houve umas palavras, mas faz parte, depois fomos para os balneários”. Sobre o que se passou no Aeroporto Cristiano Ronaldo, o argentino referiu que “dei conta que havia um indivíduo que queria falar comigo, mas a segurança levou-me para o avião. Só ouvi dizer que na Academia logo falamos. À entrada do avião ouvi chamarem o meu nome. Nesse momento não soube quem era. Só soube pela televisão e pelos meus companheiros”.
Relativamente ao dia do ataque, o internacional argentino recordou que “entraram 30 a 40 pessoas e, que eu notasse, entraram todos juntos. Os meus colegas tentaram fechar a porta, mas eles entraram (…) eram 4 ou 5 pessoas, primeiro levei uma bofetada, depois seguiram-se murros e pontapés (…) diziam que não merecia a camisola, tentaram tirar-me o equipamento de treino, não conseguiram e depois ameaçaram-me. Disseram que me iam matar, que sabia onde vivia e que onde os meus filhos iam à escola”.
Acunã confessou ainda ter sentido “medo, mas pela minha mulher e pelos meus filhos, durante algum tempo andei a olhar para trás (…) a minha mulher estava com os meus filhos, a minha primeira reação foi ligar para casa, proteger a minha família. Fechar a casa e ligar o alarme”. O jogador do Sporting CP afirmou ainda que “em cada jogo em que julgamos que não vamos vencer, penso que isto pode voltar a acontecer”.
Fotografia Sporting CP









