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0Miguel Braga teceu duras críticas às recentes polémicas que envolvem Porto e Benfica, através do seu espaço semanal no Jornal Sporting.
O responsável de comunicação do Clube de Alvalade começa por lamentar o final da partida dos dragões com o Casa Pia, que descreve como "mais um espetáculo de variedades no final com os protagonistas do costume", atirando ainda que "apesar dos gestos ofensivos e de toda uma postura agressiva, Sérgio Conceição conseguiu o feito de não ser expulso outra vez".
"Do lado do clube azul e branco, tentou arranjar-se explicações para o comportamento do treinador, como é apanágio dos dragões, passando a mensagem de que Sérgio Conceição não tem culpas em qualquer cartório, de que é uma vítima de um sistema que, apesar de tudo, o continua a proteger, a si e aos seus, semana após semana", pode ler-se.
"Também o agora administrador da SAD e antigo director-geral do futebol do FC Porto, Luís Gonçalves, lá estava na confusão final, sendo agarrado pelos atletas, furioso com tudo e com todos. Segundo os especialistas da matéria, 'foi expulso no final do jogo', muito embora argumentem os ventos do Norte que 'não tenha visto o cartão vermelho, nem sequer a admoestação tenha constado no 'match center' no site da Liga", continuou.
"Mistérios à parte, estamos a falar do mesmo Luís Gonçalves que já protagonizou cenas lamentáveis por esses relvados fora, confrontando atletas, staff, dirigentes, até árbitros. Em 2017 chegou a dizer a um que este iria ter uma carreira curta. No fim dessa época, o árbitro desceu de divisão, mas foi apenas uma coincidência semântica, daquelas que acontecem no nosso futebol", vincou.
De seguida, o responsável dos verdes e brancos 'virou-se' para as águias: "No início desta época, o Benfica deixou o aviso que 'se não nos respeitarem, seguramente não se- remos candidatos ao prémio Fair-Play'. Há 15 dias, para garantir a exclusão do prémio recebido no último campeonato, o adjunto de Roger Schmidt, Fernando Ferreira, achou por bem ficar com a bola de jogo, atrasando o reatamento do mesmo para o Sporting de Braga. Confusão generalizada, com entrada dos stewards em campo como já não se via desde o célebre jogo do Dragão, onde os coletes azuis agrediram jogadores do Sporting", disse.
"Um modus operandi de intimidação e que não deveria ser permitido nos nossos estádios, mas que, pelos vistos, continua a ser. Até à data, são desconhecidas as medidas do clube encarnado sobre o assunto, sabendo-se apenas que na sua newsletter deram conta de que 'o inferno da Luz esteve ao rubro e foi determinante para a vitória'. Não devia valer tudo para ganhar. O futebol português em particular e o desporto em geral precisam de coragem para mudar o estado das coisas. O silêncio absoluto de quem pode e deve fazer alguma coisa, é cada vez mais ensurdecedor", terminou.