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Competições
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O Complexo Desportivo das Caldas da Rainha foi, no dia 21 de abril de 2024, palco de uma batalha memorável. A equipa feminina de râguebi do Sporting sagrou-se vencedora da Taça de Portugal ao bater o rival Benfica, por 22-17, numa final que ficou marcada por grande intensidade e emoção.
A formação vencedora, composta por um grupo coeso e determinado, foi a seguinte: Franciele Martins, Bárbara Barros, Alessandra Costa, Ana Freire, Margarida Cunha, Mariana Fonseca, Ana Sofia Costa, Maria Teixeira (C), Leonor Amaral, Yara Fonseca, Inês Barbosa, Edna Santini, Anastasiia Kryzhanovska, Beatriz Teixeira e Tetiana Tarasiuk.
Logo desde os minutos iniciais ficou claro que nenhuma das equipas estava disposta a ceder. O Benfica, determinado a impor-se, adiantou-se no marcador aos 19 minutos, graças a um ensaio de Facinia Santos que deu vantagem às águias. Mas a resposta leonina foi praticamente imediata: apenas três minutos depois, Tetiana Tarasiuk devolveu a igualdade ao placar, deixando tudo empatado a 5-5.
A intensidade não abrandou. Neuza Banete voltou a colocar o Benfica na frente aos 30 minutos com novo ensaio (10-5), mas o Sporting manteve-se firme. Antes do intervalo, aos 37 minutos, Yara Fonseca arrancou um novo ensaio que estabeleceu nova igualdade, desta vez a 10 pontos.
A etapa complementar não perdeu fulgor. As encarnadas voltaram a entrar melhor e, aos 65 minutos, Arlete Gonçalves marcou o terceiro ensaio benfiquista. A transformação bem-sucedida ampliou o resultado para 17-10. No entanto, as jogadoras leoninas não se deixaram abalar. Com garra e resiliência, Maria Teixeira, capitã e símbolo do espírito da equipa, colocou a oval no solo adversário, enquanto Franciele Martins converteu com precisão, restabelecendo o empate a 17-17.
Findados os 80 minutos regulamentares com o marcador empatado, o destino do troféu teve de ser decidido em prolongamento. Durante a primeira parte do tempo extra, as defesas dominaram e o placar manteve-se inalterado. Mas foi já no segundo tempo suplementar, ao sexto minuto, que o momento decisivo surgiu: Edna Santini, com frieza e determinação, rasgou a linha adversária e carimbou o ensaio da vitória. O resultado final de 22-17 selou a glória verde e branca e a entrega da Taça de Portugal às mãos das leoas.
A conquista do Sporting não foi apenas mais um troféu para a galeria do Clube, mas sim um testemunho da evolução do râguebi feminino em Portugal, da dedicação de um grupo de atletas que souberam superar a pressão, responder à adversidade e transformar uma final equilibrada num momento inesquecível para os Adeptos leoninos.
Equipa verde e branca conseguiu regressar aos triunfos depois de uma temporada em branco que pareceu uma eternidade aos Adeptos
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Na temporada 2010/11, o ténis de mesa leonino procurava reencontrar o caminho das vitórias. Após um ano em branco, em 2009/10, o Clube entrava na nova época com ambições renovadas e um plantel reforçado, destacando-se o talentoso chinês Li Yang. Apesar de um arranque vacilante no campeonato nacional, o Sporting conseguiu recuperar terreno e terminou a fase regular em segundo lugar, o que alimentava esperanças de sucesso nas provas a eliminar.
A oportunidade surgiu a 22 de abril de 2011, no emblemático Pavilhão Casal Vistoso, em Lisboa, onde se disputou integralmente, num só dia, a edição da Taça de Portugal de Ténis de Mesa masculino. Com uma equipa sólida e experiente, composta por Ricardo Filipe, Bode Abiodun, Li Yang e André Silva, sob o comando do técnico Chen Shi Chao, os leões mostraram desde o início que estavam ali para vencer.
A caminhada até ao troféu foi irrepreensível. Nos quartos de final, o Sporting ultrapassou o Juncal com um claro 3-0. Seguiu-se o Toledos nas meias-finais, e o desfecho foi idêntico: mais uma vitória sem ceder um único set. Na final, frente ao São Roque, a equipa leonina, formada por Bode Abiodun, Li Yang e André Silva, voltou a dominar por completo. O resultado: mais um 3-0, com todas as partidas a terminarem por três sets a zero. Com esta exibição de autoridade, o Sporting ergueu a sua 26.ª Taça de Portugal na modalidade.
No final da prova, o treinador Chen Shi Chao sublinhou o impacto emocional e desportivo do feito: "A conquista da Taça de Portugal é o fruto do nosso trabalho e dá-nos muita confiança para uma restante época cheia de títulos. Conquistámos este primeiro objetivo, agora temos de trabalhar para ser campeões nacionais".
As palavras refletiam otimismo e convicção num desfecho glorioso para a época. No entanto, esse objetivo acabou por não se concretizar. A saída inesperada de Li Yang antes da fase final do campeonato nacional revelou-se um golpe duro para a equipa, que perdeu uma das suas principais armas no momento decisivo da temporada.
Apesar da vitória na Taça, a temporada serviu de lembrete sobre a importância da consistência e da estabilidade nos momentos cruciais. A dependência de Li Yang foi posta a nu com a sua saída, sublinhando os riscos de uma estrutura demasiado centrada num só jogador.
Formação verde e branca celebra tricampeonato e o oitavo da contagem do Clube neste competição, mesmo após protestos do rival Benfica
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No dia 22 de abril de 1934, o Sporting deslocou-se a Santo Amaro para derrotar o União de Lisboa, por 4-0, em jogo para a penúltima jornada Campeonato de Lisboa, mas que para a formação leonina acabou mesmo por ser o seu último jogo da competição, visto que a equipa do Luso teve falta de comparência na última partida.
Neste jogo, o Sporting subiu ao relvado com Jóia, João Jurado, Joaquim Serrano, Abelhinha, Rui Araújo, António Faustino, Adolfo Mourão, Vasco Nunes, Manuel Soeiro, Reynolds e Rudolf Jeny. Soeiro, que apontou um hattrick, e Reynolds foram os marcadores dos golos da partida.
O triunfo de mais um Campeonato de Lisboa não começou da melhor forma. À quarta jornada, o Sporting encontrava-se na penúltima posição da prova, duas derrotas e apenas uma vitória, e os três pontos amealhados faziam com que o tricampeonato parecesse uma miragem. Mas o futebol da equipa de Alvalade subiu de nível e, após uma derrota do União de Lisboa, Sporting, Belenenses e Benfica, passaram para a frente do campeonato, os três em igualdade pontual.
Com as três equipas da capital em situação de empate, foi necessária a criação de uma “liguilha” onde os três primeiros classificados do campeonato defrontaram todas as restantes equipas, de forma a quebrar a igualdade pontual. Já nessa fase da prova, o Sporting venceu o União de Lisboa por 3-0. O jogo acabou por ser jogado em vão, visto que o adversário dos Leões protestou o jogo.
Após duas importantes vitórias, o Sporting precisava de apenas mais uma vitória no próximo jogo, que seria frente ao Belenenses. O jogo chegou a estar marcado, mas o Benfica protestou o jogo, afirmando que este só deveria ser jogado após a repetição da partida contra o União de Lisboa. Se a turma verde e branca saísse derrotada desse embate, os encarnados ainda teriam hipóteses de ganhar o título.
Os leões já sabiam que a vitória bastava para conquistar o seu oitavo título desta competição e, com esta informação em mente, o Sporting entrou em campo completamente direcionado para o ataque e a equipa do União de Lisboa cedeu. Aos quatro minutos de jogo, Manuel Soeiro marcou o primeiro do encontro e os leões passaram a controlar a partida. Mas Soeiro não ficaria por aqui.
O jogo seguiu para intervalo com 1-0 no marcador e o arranque da segunda parte foi ainda mais arrasador que o da primeira. De novo, Manuel Soeiro apontou mais dois golos (46’ e 50’), de forma seguida, fazendo 3-0 para o Sporting. Já com o jogo decidido, ainda deu para Reynolds fazer o seu primeiro tento de leão ao peito, aumentando a vantagem para quatro e fechando o marcador, num jogo que terminou com a celebração do “tri” no campeonato de Lisboa, o oitavo da contagem total do clube.
O Campeonato de Lisboa chegou assim ao museu de Alvalade, mas não veio só. A esta conquista, os leões juntaram também o Campeonato de Lisboa de segunda categoria e também o Campeonato de Lisboa de Reservas. Infelizmente, e apesar das boas prestações, a formação verde e branca não conseguiu juntar títulos nacionais ao palmarés da época 1934/35, ficando em segundo lugar do campeonato da Primeira Liga e sendo o finalista vencido do Campeonato de Portugal.
Adeptos da turma verde e branca têm mais um motivo para celebrar, isto depois de uma nova conquista que marca a história da modalidade em Alvalade
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A temporada de 1994/95 marcou um capítulo especial na história do ténis de mesa masculino do Sporting. Após conquistar 10 dobradinhas consecutivas (campeonato nacional e Taça de Portugal), o diretor da secção, Fernando Silva, estabeleceu um novo objetivo ambicioso: repetir o feito e alcançar mais uma década de hegemonia.
No entanto, esse sonho confrontou-se com limitações orçamentais, agravadas pela ausência de um patrocinador. A equipa manteve-se praticamente inalterada, com Pedro Miguel, Chen Shi Chao, Rogério Alfar e Tiago Rocha, e recebeu o reforço de João Portela, que regressou ao Clube depois de quatro anos de ausência.
A concorrência nacional, cada vez mais reforçada, prometia uma temporada exigente, especialmente com clubes como Estrela da Amadora, Casa Pia, Sporting das Caldas e São Roque da Madeira a apresentarem equipas competitivas. Apesar do crescente equilíbrio no panorama nacional, a luta pelo título rapidamente se reduziu a dois protagonistas: o Sporting e o Estrela da Amadora.
O primeiro confronto direto, realizado a 26 de novembro de 1994, foi decisivo para as aspirações leoninas. Jogando em Alvalade, os verdes e brancos impuseram-se com autoridade. Chen Shi Chao foi a figura maior, ao vencer o russo Grebentzov por margens mínimas. Rogério Alfar e Pedro Miguel também triunfaram nos seus encontros e o par Chen/Pedro Miguel selou a vitória total por 4-0, num jogo que ficaria gravado como o ponto de viragem da época.
Meses mais tarde, a 8 de abril de 1995, na Amadora, o Estrela ainda sonhava com a possibilidade de reverter a desvantagem, mas novo triunfo de Chen sobre Grebentzov dissipou as esperanças dos anfitriões. Com os adeptos do Estrela a abandonarem a bancada e os jogadores leoninos em festa no banco, o Sporting sabia que o campeonato estava ganho, mesmo tendo perdido por 1-4 nesse dia. A consagração oficial viria a 22 de abril, com uma vitória por 4-0 sobre o Vitória de Setúbal, que confirmou o 11.º título consecutivo e o 23.º da história do Clube.
Contudo, a época não seria perfeita. Após uma década de supremacia absoluta na Taça de Portugal, o Sporting cedeu finalmente o troféu ao Estrela da Amadora. Apesar das duas vitórias individuais de Chen Shi Chao, os restantes atletas não conseguiram contrariar a força adversária, e os leões perderam por 2-3, encerrando uma sequência histórica de vitórias.
A época ficou ainda marcada por uma despedida simbólica: Chen, figura decisiva nas conquistas leoninas, aceitou uma proposta do Ginásio do Sul, deixando Alvalade após uma separação cordial, mas sentida. Com o fim da invencibilidade na Taça e a saída do seu principal jogador, o Sporting viu encerrada uma era dourada do seu ténis de mesa — uma era que, durante onze anos, dominou o panorama nacional com uma regularidade e excelência quase irrepetíveis.