Sporting cai na luta por galardão prestigiado, mas com boas notícias para Cristiano Ronaldo

Com foco no debate atual sobre se Cristiano Ronaldo ainda é útil à Seleção Nacional, Bruno Fernandes acabou discordar totalmente da ideia de que Portugal é melhor sem o craque do Al Nassr, lembrando mesmo que este ainda é uma peça importante para a equipa.

Bruno Fernandes: "Se isso acontece, é um bocadinho culpa nossa"

"Não tenho problemas em falar sobre isso. Sei qual é a opinião das pessoas, que dizem que é claro que jogamos melhor sem o Ronaldo, que os jogadores estão mais livres e soltos. Se isso acontece, é um bocadinho culpa nossa", começou por dizer, em recente entrevista ao Canal 11, na qual também abordou o interesse do Benfica na sua contratação.

Bruno Fernandes: "Não nos podemos prender só porque o Cristiano Ronaldo está cá"

"Não nos podemos prender só porque o Cristiano está cá. Ele consegue dar-nos coisas dentro da área, é um jogador de nível muito alto, arrasta marcações e cria espaço para outros jogadores. O Gonçalo [Ramos] é forte na pressão e é bom nos movimentos na diagonal. Quando não joga o Bruno e joga o Bernardo a 10, o Bernardo dá-te mais posse, o Bruno mais último passe", atirou Bruno Fernandes.

Para concluir a ideia, o antigo jogador do Sporting vincou de que forma a equipa tem de se adaptar: "Todos os jogadores acrescentam coisas e tiram outras. O Cristiano é igual a nós. Temos de saber adaptar-nos e potenciar as qualidades de cada um, para que assim a Seleção saia beneficiada".

Cristiano Ronaldo - avaliado em 12 milhões de euros - tem mantido a sua veia goleadora neste arranque de época desportiva. Em 12 jogos e 1.080 minutos realizados ao serviço do Al Nassr, o craque português já apontou onze golos e fez duas assistências.

É oficial. Brendan Rodgers, antigo treinador do Liverpool, foi anunciado como o novo técnico principal do Al Qadsiah, clube rival do Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, na liga saudita. O técnico estava sem clube desde que deixara o Celtic em outubro e sucede ao espanhol Michel.

O treinador norte-irlandês de 52 anos de idade assinou assim um contrato válido por dois anos e meio, até ao verão de 2028, e será acompanhado pelos adjuntos John Kennedy e Jack Lyons no atual quinto classificado da Saudi Pro League com 17 pontos, a 10 do emblema de Jorge Jesus (27).

No comunicado, o Al Qadsiah destaca o currículo de Brendan Rodgers: o recorde de golos numa época na Premier League que bateu com o Liverpool (101), quando levou os reds ao 2.º lugar; a Taça de Inglaterra vencida em 2021 pelo Leicester e os 11 troféus em duas passagens pelo Celtic.

"Este é um momento marcante para o clube", afirmou o CEO do Al Qadsiah, James Bisgrove. "A experiência e o percurso do Brendan refletem a nossa ambição e visão a longo prazo", acrescentou. O primeiro teste do novo treinador será no dia 19 de dezembro, onde enfrenta o Al Ettifaq, em jogo a contar para a 10.ª jornada da Liga Saudita.

O Al Qadsiah continua a investir fortemente no seu projeto desportivo: "A sua filosofia encaixa perfeitamente na nossa estratégia. Vai encontrar um plantel talentoso e com muita ambição de vencer", afirmou o diretor desportivo do Al Qadsiah, Carlos Anton.

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Bruno Fernandes revelou que esteve mesmo muito perto de assinar pelo Al Hilal, mas acabou por optar por continuar no Manchester United, apesar de os ingleses terem mostrado interesse em permitir a sua saída. Em entrevista ao Canal 11, o ex Sporting revelou tudo sobre as conversações junto do emblema da Arábia Saudita e mostrou-se magoado com a vontade dos red devils.

Bruno Fernandes: "Não me posso queixar, recebo muito bem"

"Não vejo pela questão do dinheiro. Sinceramente, não me posso queixar. Recebo muito bem. Obviamente a diferença é abismal, mas isso nunca me guiou. Se um dia tiver de jogar na Arábia, vou jogar mas não apenas pela questão financeira", começou por dizer Bruno Fernandes, no programa 'Soltinhos pelo Mundo'.

Bruno Fernandes: "Pensei que a empatia e o carinho que tinha com o clube eram iguais"

"Pensei que a empatia e o carinho que tinha com o clube eram iguais. Mas essa empatia pode existir, mas chega a um ponto em que o dinheiro é mais importante do que tu. O clube queria que eu fosse [embora]. Disse isso aos diretores. Acho que não tiveram a coragem de tomar essa decisão porque o míster me queria. Se tivesse dito que queria sair, o clube tinha-me deixado ir", disse ainda, antes de ter confirmado uma conversa com Cristiano Ronaldo.

Bruno Fernandes: "Cristiano Ronaldo? Aconselhou-me"

"Aconselhou-me, falámos da questão da Arábia, ele que foi o grande criador de tudo isto na Arábia. Até foi ele quem iniciou a conversa, porque sabia do interesse. Falámos um bocadinho do assunto, mas a decisão iria sempre passar por mim", explicou ainda o internacional português.

De resto, Bruno Fernandes vincou a postura do Manchester United durante o processo, tendo mesmo lamentado que a lealdade tenha deixado de ter tanta relevância: "Hoje em dia, a questão da lealdade não é tão bem vista como antigamente. Podia ter saído neste mercado [de verão], e iria ganhar muito dinheiro, financeiramente era muito melhor para mim. Há uma época também poderia sair, não vou dizer para onde, mas iria ganhar muitos troféus".

"Decidi [ficar], não só pela decisão familiar - os meus filhos e a minha mulher estão bem cá -, mas pelo facto de gostar genuinamente do clube. A conversa que tive com o míster fez com que eu ficasse, mas da parte do clube senti: 'Se fores, também não é assim tão mau para nós'. Magoou-me um bocado, mas mais do que magoado deixou-me triste por ser um jogador que não têm nada a apontar", conluiu.