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Nesta tarde - e perante um Estádio da Luz completamente cheio - o Sporting apresentou-se com Vítor Damas, Venâncio, Gabriel, Morato, Carlos Xavier, Jaime Pacheco, Sousa, Oceano, Romeu, Ralph Meade e Manuel Fernandes. Já o Benfica, comandado pelo inglês John Mortimore, alinhou com Bento, Samuel, Álvaro, Oliveira, Veloso, Shéu, Carlos Manuel, Diamantino, Manniche, Wando e Rui Águas.
Os leões mostraram desde o apito inicial que não queriam apenas cumprir calendário. Poucas semanas antes, haviam sofrido uma derrota pesada naquele mesmo palco para a Taça de Portugal, mas mostraram-se determinados em dar uma resposta diferente.
Com um meio-campo sólido, uma linha defensiva segura e um ataque imprevisível, os leões surpreenderam o Benfica logo nos primeiros minutos. Aos 12', Morato, vindo de trás, aproveitou um passe em profundidade e inaugurou o marcador com um remate colocado. Doze minutos depois, Manuel Fernandes ampliou a vantagem (2-0), batendo Manuel Bento com classe após furar a defensiva encarnada.
Após o intervalo, o Benfica, comandado por John Mortimore, mostrou-se mais dinâmico e assumiu uma postura mais ofensiva. No entanto, logo no reinício, o Sporting esteve muito perto de fazer o terceiro golo, numa jogada em que Manuel Fernandes e Meade criaram perigo iminente.
O golo encarnado acabaria por surgir ao quarto de hora da segunda parte, através de Manniche, que finalizou uma boa iniciativa individual de António Veloso pela direita. Até ao final, o Benfica pressionou em busca do empate, mas o Sporting manteve-se organizado, eficaz na gestão da vantagem e concentrado, apesar de já não exibir o mesmo fulgor da primeira metade.
Enquanto o Sporting comemorava uma vitória de prestígio, o Porto vencia em Setúbal, resultado que, conjugado com a derrota do Benfica, relançou a luta pelo título e ditaria, posteriormente, a consagração dos portistas. A partida no Estádio da Luz não teve implicações diretas na tabela para os leões, mas teve impacto significativo na decisão do campeonato.
Exibição de grande nível dos leões foi insuficiente para garantir a passagem à próxima fase, ainda que alguns jogadores tenham estado em grande plano
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A 12 de abril de 2018, o Estádio José Alvalade recebeu a segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa, entre Sporting e Atlético de Madrid, num ambiente carregado de expectativa e tensão. Uma semana depois da derrota por 2-0, na capital espanhola, os leões procuravam inverter a desvantagem de dois golos e garantir, por isso, a presença nas meias-finais da competição, tarefa que se antecipava exigente e que só não foi possível porque Jan Oblak, infelizmente, estava tremendamente inspirado.
A partida foi antecedida por um período conturbado no Clube leonino. As declarações públicas do então presidente Bruno de Carvalho, que criticou a exibição dos jogadores após o jogo da primeira mão através das redes sociais, provocaram forte instabilidade no seio do plantel e o episódio marcaria, até, o início de uma crise institucional que culminaria, mais tarde, na saída do dirigente.
Dentro de campo, a equipa orientada por Jorge Jesus apresentou uma proposta corajosa. O Sporting alinhou com Rui Patrício, Sebastián Coates, André Pinto, Jérémy Mathieu, Stefan Ristovski, Bruno Fernandes, Rodrigo Battaglia, Marcos Acuña, Gelson Martins, Fredy Montero e Bryan Ruiz. Já o Atlético, treinado por Diego Simeone, jogou com Jan Oblak, Juanfran, Diego Godín, Stefan Savić, Lucas Hernández, Vitolo, Saúl Ñíguez, Gabi, Koke, Antoine Griezmann e Diego Costa.
Com um sistema de três defesas, o Sporting conseguiu assumir o controlo do meio-campo durante grande parte da primeira parte. A equipa leonina teve várias oportunidades de golo e reduziu a desvantagem logo aos 28 minutos, por intermédio de Fredy Montero, na sequência de um lance bem construído.
O guarda-redes Jan Oblak, decisivo em vários momentos, impediu que a vantagem aumentasse ainda antes do intervalo. O 1-0 para o Sporting ao descanso mantinha viva a esperança, mas acabou por revelar-se insuficiente no desfecho da eliminatória.
Na segunda parte, o Sporting revelou menor capacidade de imposição. A expetativa de uma entrada forte e agressiva no recomeço não se concretizou, embora a equipa tenha continuado a disputar o jogo com equilíbrio e determinação. Houve, ainda, ocasiões para ampliar a vantagem, tal como o Atlético também esteve perto do empate, especialmente através de dois lances perigosos de Antoine Griezmann, com o guardião Rui Patrício em grande plano.
O jogo terminou com vitória do Sporting por 1-0, resultado que, embora positivo, não foi suficiente para ultrapassar o Atlético na eliminatória. A exibição leonina foi amplamente elogiada e, a nível individual, várias exibições mereceram destaque. Rodrigo Battaglia e Marcos Acuña foram incansáveis no esforço coletivo, Rui Patrício esteve seguro e decisivo na baliza, e Bruno Fernandes destacou-se como o jogador mais influente da equipa, organizando o jogo ofensivo e liderando a construção.
Leões deslocaram até ao terreno dos rivais eternos, mas exibição deixou muito a desejar e comprometeu, até, a candidatura ao título
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O Campo das Amoreiras foi palco, no dia 11 de abril de 1937, de um emocionante Dérbi entre o Benfica e o Sporting, a contar para a 11.ª jornada do campeonato nacional da temporada 1936/37. Numa partida com elevada expectativa, os encarnados venceram os rivais por 5-1, resultado que ajudaria na conquista do título, carimbada mais tarde.
O Sporting, orientado pelo histórico Joseph Szabo desde o início dessa época, apresentou-se em campo com o seguinte onze inicial: Azevedo, João Jurado, Mário Galvão, Rui de Araújo, Aníbal Paciência, Manecas, Heitor Nogueira, Adolfo Mourão, João Cruz, Pedro Pireza e Manuel Soeiro.
O Benfica, por sua vez, era treinado por Lippo Hertzka e alinhou com Augusto Amaro, Gaspar Pinto, António Vieira, Gustavo Teixeira, Francisco Albino, Raúl Baptista, Domingos Lopes, Espírito Santo, Rogério de Sousa, Luís Xavier e Alfredo Valadas.
O jogo começou com grande intensidade e cedo se percebeu que nenhuma das equipas estava disposta a facilitar. Apesar da goleada, o primeiro golo só se viria a verificar na segunda parte, ao minuto 48, por intermédio de Espírito Santo, tendo este aberto caminho para o que viria a seguir.
Aos 55', Rogério de Sousa aumentou a vantagem para 2-0, com o terceiro das águias a chegar aos 72 minutos, por Alfredo Valadas. O quarto golo foi apontado por Espírito Santo, logo de seguida, e o Sporting ainda viria a reduzir por Pedro Pireza, aos 80, antes de voltar a sofrer. Luís Xavier, aos 81', fechou o resultado em 5-1.
Com esta vitória, o Benfica aumentou a sua distância para um rival direto e, três jogos depois, viria a celebrar a conquista do campeonato, com 24 pontos, apenas um a mais do que o Belenenses, segundo classificado. O Sporting fechou o pódio, com 20 pontos, mais seis do que o Porto, que terminou a época no quarto posto.
Manuel Soeiro, avançado do Sporting, chegou aos 23 golos nesta temporada e tornou-se, assim, no maior 'matador'. Rogério de Sousa e Guilherme Espírito Santo, ambos do Benfica, ficaram-se pelo segundo e terceiro lugares, com 19 e 17 golos, respetivamente.
No jogo do título do ano passado, os leões venceram o Benfica (2-1) com um bis de Geny Catamo:
Verdes e brancos lideraram grande parte do encontro, mas tento dos dragões em cima do minuto 90 estragou planos do Clube de Alvalade
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No dia 10 de abril de 1996, o Sporting deslocou-se ao reduto do Porto, em jogo a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Os leões lideraram grande parte do encontro, fruto do golo de Pedro Barbosa - que marcou o último tento pelos verdes e brancos nas competições europeias -, aos 30 minutos, mas o tento de Jorge Costa nos descontos adiou a decisão para um jogo de desempate.
A turma liderada por Octávio Machado fez alinhar Costinha (GR), Nélson, Noureddine Naybet, Marco Aurélio, Nuno Valente (18’), Oceano (39’), Pedro Martins, Pedro Barbosa (57’), Afonso Martins, Sá Pinto e Emmanuel Amunike. Luís Míguel (18’), Ivaylo Iordanov (39’) e José Dominguez (57’) foram opção no segundo tempo.
Quanto ao Porto, Bobby Robson optou por Lars Eriksson (GR), Jorge Costa, Rui Jorge, Aloísio, Carlos Secretário (84’), Paulinho Santos, Emerson, Rui Barros (46’), Domingos Paciência, Ljubinko Drulovic e Edmílson (76’). Folha (46’), Jorge Couto (76’) e João Manuel Pinto (84’) entraram nos segundos 45 minutos.
Aos 30 minutos, numa transição rápida, Pedro Martins desmarcou Pedro Barbosa nas costas da defensiva do Porto. Na cara de Lars Eriksson, o capitão do Sporting inaugurou o marcador com um golaço, fazendo um chapéu ao atleta dos azuis e brancos e colocando o Clube de Alvalade na frente do marcador.
Num jogo muito partido e com ocasiões para as duas equipas, o Porto, já em cima do minuto 90, haveria de conseguir chegar ao empate. Na cobrança de um livre direto, Ljubinko Drulovic cruzou e Jorge Costa, de cabeça, empatou o clássico, obrigando à realização de um jogo de desempate.
Nessa partida, que se disputou 14 dias depois no Estádio José Alvalade, o Sporting de Octávio Machado triunfou diante do Porto, por 1-0, com um golo de Afonso Martins no prolongamento, vingando, dessa forma, o empate tardio que sofreu no reduto dos dragões e garantindo um lugar no Jamor.
Na final da Taça de Portugal, que é até aos dias de hoje um dos dias mais negros da história do futebol português, dado a morte de Rui Mendes, adepto do Sporting, os leões perderem, por 3-1, diante do Benfica. Mauro Airez (9’) e João Vieira Pinto (39’ e 67’) apontaram os golos dos encarnados e Carlos Xavier (83’) fez o tento de honra do Clube de Alvalade.