Tomás da Cunha impressionado com titular: "Melhorou praticamente todas as jogadas do Sporting"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte de Ernesto Figueiredo, antigo avançado do Sporting e da Seleção Nacional. O governante lembrou o Altafini de Cernache como "um dos Magriços", o conjunto nacional que em 1966 conquistou o terceiro lugar no Mundial de Inglaterra.

"O Presidente da República lembra Ernesto Figueiredo, um dos 'magriços' em Inglaterra, no Campeonato do Mundo de futebol, que nos deixou. Além do terceiro lugar no campeonato do mundo, foi campeão nacional e venceu também a então Taça das Taças com o Sporting", lê-se numa nota divulgada na página oficial da Presidência.

Ernesto Figueiredo, figura histórica dos leões, teve um papel determinante na conquista da Taça das Taças de 1963/64, nomeadamente os seis golos rumo ao título europeu, um dos quais o 3-3 ante o MTK que levou a decisão para a finalíssima, entretanto vencida.

Em termos nacionais, com os leões conquistou as Ligas de 1961/62 e de 1965/66, tendo também juntando ao currículo a competição internacional, prova para a qual os verde e brancos conseguiram presença depois de vencer a Taça de Portugal da época anterior.

"Fica na história verde e branca como um dos seus avançados mais goleadores, tendo marcado 150 golos em 233 jogos ao longo de oito temporadas de leão ao peito, entre 1960/1961 e 1967/1968. Além de ter conquistado vários títulos ao serviço do Sporting, Figueiredo foi determinante desse sucesso na década de 1960, tanto a nível nacional como internacional", escreveu o Clube de Alvalade

A equipa B do Sporting perdeu (1-0), com o Vizela, no último domingo, dia 14 de dezembro, em partida a contar para a 14ª. jornada da Liga 2. No final do encontro, João Gião realizou a análise aos 90 minutos, reconhecendo falta de eficácia da sua equipa, mas também que foi pouco o tempo útil de jogo devido a todas as paragens.

João Gião: "Deve ter sido o tempo útil mais baixo que tivemos esta época"

"Deve ter sido o tempo útil mais baixo que tivemos esta época, mas é o que é. Acho que não entrámos muito bem no jogo, [perante] um adversário com capacidade individual na frente muito acima da média nesta Liga. Num pontapé de baliza em que nos faltou agressividade na primeira e na segunda bola, ganharam-nos as costas, aproveitaram o nosso erro e fizeram golo", começou por dizer, em declarações à Sporting TV.

João Gião: "Criámos as oportunidades suficientes para levar outro resultado"

"Nós com bola e o Vizela em espera, a apostar na velocidade na frente para aproveitar o espaço nas costas. Foi um jogo de sentido único, mas com o Vizela sempre perigoso nas transições. Tivemos alguma falta de confiança, aqui ou ali, para instalar o jogo, nem sempre decidimos da melhor forma. Depois da expulsão, criámos quatro ou cinco oportunidades claríssimas e não fizemos, e não me lembro de o Vizela chegar à nossa baliza. Mas a história do jogo é muito isto: não conseguimos anular os pontos fortes do Vizela nos primeiros 20 minutos e depois, com mais um e sobretudo na segunda parte, faltou-nos eficácia. Ainda assim, acho que criámos as oportunidades suficientes para levar outro resultado", resumiu.

João Gião: "A falta de eficácia acaba por justificar o resultado no final do dia"

De seguida, João Gião explicou a entrada de Flávio Gonçalves e Rafel Besugo, com o objetivo de "desbloquear o jogo entre linhas": “As nossas melhores oportunidades surgiram quando criámos espaço entre o guarda-redes e a linha defensiva. O Flávio [Gonçalves] é um jogador que pode ajudar a desbloquear blocos baixos. Contra equipas competentes como o Vizela, um dos melhores plantéis da Segunda Liga, a falta de eficácia acaba por justificar o resultado no final do dia. Foi uma equipa que se apanhou em bloco baixo, com dez jogadores e com uma estrutura muito alta".

"Faltou-nos alguma frieza para tomar melhores decisões no último terço. Forçámos o um contra dois no corredor, e nem sempre tivemos esse espaço fora, mas acontece o mesmo com jogadores mais velhos. Não teve a ver com falta de experiência", concluiu o treinador do Sporting.

O Sporting continua a dar passos firmes na consolidação das suas exibições e a goleada (6-0) frente ao AFS veio reforçar um dado que começa a ganhar expressão à escala europeia: os leões estão entre as equipas com melhor média de golos por jogo nos principais campeonatos do continente.

Na comparação com os chamados 'big five', apenas Bayern Munique e Barcelona superam a equipa orientada por Rui Borges - que está satisfeito, mas não a 100%. Os bávaros, que recentemente derrotaram os verdes e brancos, por 3-1, na fase de liga da Liga dos Campeões, lideram este ranking com números avassaladores: 51 golos em 14 jogos, o que perfaz uma média de 3,6 golos por partida. Segue-se o Barcelona, com 49 golos em 17 encontros (2,9 por jogo).

O Sporting surge logo a seguir, com uma média de 2,7 golos por jogo, fruto dos 38 tentos apontados nas primeiras 14 jornadas do Campeonato. Um registo que confirma o forte pendor ofensivo da equipa e que tem em Luis Suárez uma das suas principais figuras. O internacional colombiano, autor de dois golos na receção aos avenses, elevou para 11 o seu total na Liga, subindo ao segundo lugar da lista de melhores marcadores, apenas atrás de Pavlidis.

Mas não é apenas no ataque que o Sporting se destaca. Também defensivamente os números são bastante positivos. A equipa sofreu apenas sete golos em 14 partidas, o que corresponde a uma média de 0,5 golos consentidos por encontro. Ainda assim, o Porto supera os leões neste capítulo: os dragões somam apenas três tentos sofridos em 13 jornadas (0,2 por jogo).

Nos principais campeonatos europeus, clubes como Roma, Arsenal, Bayern Munique, Villarreal e Lens apresentam os melhores registos defensivos, mas todos com médias superiores às de Porto e Sporting, o que acaba por sublinhar a consistência defensiva das equipas portuguesas nesta fase da época.