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02 Mai 2020 | 16:28 |
Numa longa entrevista ao Jornal Sporting, Patrícia Mamona falou sobre como começou a praticar atletismo, os melhores e os piores momentos da carreira, o racismo de que foi alvo e, entre outras temáticas, abordou quais os objetivos para o futuro. “É uma atleta que começou a praticar atletismo aos 12 anos e que hoje, 19 anos depois, já participou em grandes competições – europeus, mundiais e Jogos Olímpicos (JO) –, mas que ainda tem uma carreira longa pela frente. É uma atleta que começou e ainda faz tudo por gosto, apesar da pressão de se representar não só a si, mas também o Sporting Clube de Portugal e Portugal”, é desta forma que Patrícia Mamona, atleta leonina, se descreve a si própria. Questionada sobre de que forma surgiu o atletismo na sua vida, a triplo-saltista contou que tudo começou num corta mato: “Foi num corta-mato, eu era melhor do que os rapazes em quase tudo – até a jogar à bola! – e os professores disseram-me para participar e ganhei. Mal cortei a meta, apareceu o meu actual treinador, o José Uva, a perguntar se eu queria fazer parte da Juventude Operária do Monte Abraão (JOMA)”. No entanto, os pais de Patrícia Mamona não aprovaram, inicialmente, a ideia e a atleta começou por treinar sem o conhecimento dos seus progenitores, mas acabou, de forma curiosa, por ser “apanhada”: “Os meus pais não gostaram muito da ideia e não me deixaram ir, mas eu fui ver uns treinos, adorei e comecei a ir treinar sem eles saberem. Como vivia no Cacém e o clube era em Monte Abraão, tinha de ir de comboio, mas sem bilhete… um dia fui ‘apanhada’ e levada para a esquadra porque era menor. Os meus pais passaram uma vergonha imensa e foi assim que descobriram que andava a treinar às escondidas deles, mas nesse momento perceberam que eu gostava mesmo muito de atletismo e começaram a deixar-me ir treinar”. Quanto ao facto de ser apelidada de “menina bonita do atletismo”, Patrícia Mamona defende que o mais importante é sentir-se mesmo consigo própria: “Cada pessoa tem a sua personalidade e tem o direito de se expressar da melhor forma. Lembro-me de ver uma vez uma peça a criticar certas atletas por não se cuidarem, mas para mim cada um faz aquilo que quer desde que em prova apresente resultados”. A atleta do Sporting CP revelou que, na infância, foi vítima de racismo e que a sua grande defesa contra este tipo de comportamentos era tentar ser a melhor em tudo o que fazia: “Embora tenha tido uma infância feliz, era a única ‘preta’ da turma e ouvi coisas que me fizeram chorar. Até me lembro, e isto é um bocado triste, de uma vez ter posto farinha na cara para parecer branca. Não era fácil, mas os meus pais sempre me disseram para ter orgulho na minha cor, preparam-me para o que ia acontecer e incentivaram-me a ter boas notas na escola. Independentemente de ser preta ou branca, eu era sempre a melhor aluna da turma e isso era uma forma de resposta. Tanto pode ser bom a matemática um branco como um preto. Agora já consigo lidar muito bem com o racismo. Sei que não posso controlar o que pensam de mim”. Relativamente ao balanço que faz, até ao momento, da sua carreira, Patrícia Mamona mostrou-se bastante satisfeita, independentemente do que possa vir ainda a fazer: “Estou felicíssima. Independentemente do que vier, sei que fiz de tudo para ter a melhor performance e estou contente por me ter superado e da história que vivi, tanto dos momentos felizes como infelizes. Além disso, tive a oportunidade de conhecer vários países e várias pessoas que me inspiraram. Estou bastante agradecida por tudo isso, sobretudo porque não foi por sorte, mas sim porque trabalhei muito e isso orgulha-me”. Quando perguntada sobre qual o pior momento da carreira, a atleta olímpica relembra duas: “Recordo-me de duas. A primeira ainda em júnior. Tinha sido quarta no Mundial e no Europeu do ano seguinte falhei a final. Acho que encarei a prova como mais uma competição e, claro, não foi adequado. A outra foi em Zurique, em 2014, onde também falhei a final. Estava toda a gente com grande expectativa e eu também. Foi a única vez, como adulta, que me lembro de chorar depois de uma prova”. Em sentido contrário, o Europeu de 2016, em Amesterdão, foi para Patrícia Mamona a competição que mais gozo lhe deu vencer: “O Europeu de 2016, em Amesterdão, deu-me muito gozo não só porque venci, mas pela forma como o fiz. Quase tinha falhado a final e depois conquistei a medalha de ouro no último salto. Até ao quinto salto estava em quarto, e até era a minha melhor performance em europeus, mas ficar em quarto lugar é péssimo. É aquilo a que chamamos o lugar do morto. Deste tudo e não foi suficiente para chegar ao pódio. Por isso, era preferível ficar em quinto lugar”. Quanto ao futuro, Patrícia Mamona revelou que o grande objetivo passa pelos Jogos Olímpicos: “O meu objetivo é superar-me sempre. Para além dos JO, tenho ainda várias provas, europeus e mundiais para participar. Mas, nos JO, o melhor que fiz foi um sexto lugar, por isso não vou ficar satisfeita com menos do que isso. A menos que salte mais do que 14,65 metros. Ainda assim, nos JO tudo pode acontecer, até posso saltar menos do que o habitual e ser medalhada. Gostava de alcançar o pódio. Um pódio nos JO muda vidas e é muito especial”. A atleta do Sporting CP confessou também que, apesar dos 31 anos, quer continuar no ativo até, pelo menos, aos próximos Jogos Olímpicos: “Queria fazer mais outros JO, os de Paris. Depois disso, talvez pense mais na minha vida, no que perdi e no que quero recuperar, mas até posso estar muito bem para competir e, se estiver, continuo. O que vier agradeço. Vou aguardar”. Por fim, Patrícia Mamona referiu como gostava de ser lembrada após deixar de competir: “Para além das marcas e dos recordes, gostava, acima de tudo, que me recordassem como alguém que ajudou alguém a ser melhor, independente do quê e em quê. Claro que ganhar uma medalha olímpica era fantástico, porque é um objetivo pessoal, mas gostava era que esse objetivo ajudasse a inspirar alguém”.
Fotografia de Sporting CP
Guardião internacional brasileiro dos verdes e brancos termina contrato no final da presente temporada e tem perdido espaço nas escolhas de Nuno Dias
03 Nov 2025 | 12:11 |
Henrique Rafagnin não tem tido vida fácil no futsal do Sporting, tendo caído nas escolhas de Nuno Dias. Neste Exclusivo Leonino, o nosso Jornal revela que o guardião internacional pelo Brasil não deverá continuar no Clube de Alvalade para lá do final do contrato, que termina esta temporada.
Henrique Rafagnin chegou ao Sporting para substituir Guitta, na temporada 2023/24, assumindo a titularidade. No entanto, o desempenho do ex-Jaén levantou algumas questões, tendo em conta que os leões tinham, nos últimos largos anos, o melhor guarda-redes do mundo.
Ainda durante a época passada, Henrique Rafagnin perdeu lugar para Bernardo Paçó. O brasileiro também sofreu uma lesão que o impossibilitou de jogar, mas, mesmo totalmente recuperado, o 'camisola 16' vem sendo a escolha principal de Nuno Dias.
Assim sendo e visto que Henrique Rafagnin ocupa uma vaga de jogador Não Formado Localmente - NFL - na ficha de jogo, o Sporting poderá deixar sair o guardião, de modo a reforçar outras posições mais adiantadas do terreno, com atletas estrangeiros.
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Henrique Rafagnin leva cinco jogos, tendo marcado um golo, diante do Novo Vrijeme, na Liga dos Campeões. No total, desde que chegou ao Pavilhão João Rocha, o guarda-redes fez 76 jogos e ajudou a conquistar um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga.
Responsáveis verdes e brancos estão a avaliar situação do jogador, uma vez que espaço na equipa ficou reduzido nos últimos tempos
03 Nov 2025 | 03:00 |
Henrique Rafagnin pode deixar o Sporting no final da temporada. Tal como revela o nosso Jornal neste Exclusivo Leonino, o 'camisola 92' da equipa de futsal dos verdes e brancos poderá estar a cumprir a última época no plantel de Nuno Dias.
Henrique chegou ao Sporting para substituir Guitta, na temporada 2023/24, assumindo a titularidade. No entanto, o desempenho do ex-Jaén levantou algumas questões, tendo em conta que os leões tinham, nos últimos largos anos, o melhor guarda-redes do mundo.
Ainda durante a época passada, Henrique perdeu lugar para Bernardo Paçó. O brasileiro também sofreu uma lesão que o impossibilitou de jogar, mas, mesmo totalmente recuperado, o 'camisola 16' vem sendo a escolha principal de Nuno Dias.
Assim sendo e visto que Henrique ocupa uma vaga de jogador Não Formado Localmente - NFL - na ficha de jogo, o Sporting poderá deixar sair o guardião, de modo a reforçar outras posições mais adiantadas do terreno, com atletas estrangeiros.
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Henrique Rafagnin leva cinco jogos, tendo marcado um golo, diante do Novo Vrijeme, na Liga dos Campeões. No total, desde que chegou ao Pavilhão João Rocha, o guarda-redes fez 76 jogos e ajudou a conquistar um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga.
Clube de Alvalade triunfou no reduto do eterno rival sem espinhas e com toda a justiça e está agora no primeiro lugar da competição
02 Nov 2025 | 22:40 |
O voleibol do Sporting foi, este domingo, 2 de novembro, vencer ao reduto do Benfica. Em jogo da terceira jornada da Liga Una Seguros, os verdes e brancos dominaram toda a partida e triunfaram por 3-0, com os parciais de 25-19, 25-18 e 26-24, assumindo a liderança isolada da competição.
Após um começo de encontro equilibrado diante do Benfica, o voleibol do Sporting, com Edson Valencia e Lourenço Martins em destaque, arrancou para o triunfo no primeiro set (25-19). No segundo parcial, a história foi semelhante, e os comandados de João Coelho colocaram-se a vencer por 2-0.
No terceiro e decisivo parcial, o voleibol do Sporting até liderou grande parte do parcial, mas permitiu uma aproximação final do Benfica. Porém, confirmando a superioridade nos últimos dérbis com os encarnados, o Clube de Alvalade acabaria por vencer (26-24) e somar uns importantes três pontos.
Com esta vitória – a terceira em quatro partidas na presente temporada –, o voleibol do Sporting, que tinha vencido no dia anterior, passa a somar sete pontos em três jogos na Liga Una Seguros, assumindo o primeiro lugar isolado. A Académica São Mamede e o Benfica, com seis pontos, estão no segundo e terceiro lugar.
O voleibol do Sporting volta a entrar em ação no próximo sábado, às 15h00, na receção ao Santo Tirso, no Pavilhão João Rocha. O jogo diz respeito à quarta jornada da Liga Una Seguros e a turma orientada por João Coelho quer dar seguimento ao bom início de temporada que está a realizar.