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Competições
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O Sporting sagrou-se, pela primeira vez, campeão europeu de Atletismo em Pista no dia 18 de maio de 2000. A modalidade já era dominada pelos leões nas competições internas desde 1910, mas faltava um título continental aos verde e brancos, que queriam a 'cereja no topo do bolo'.
O Sporting conseguiu a classificação para a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Atletismo em Pista, depois de se sagrar campeão nacional em 1999, pela 38.ª vez. Os leões já tinham participado em várias competições europeias e nunca tinham conseguido vencer até então.
Para esta conquista, o treinador Moniz Pereira, que fez história no atletismo português, contou com os atletas: Francis Obikwelu, Rui Palma, Victor Jorge, Carlos Alberto Silva, João Pires, Rui Silva, Vítor Almeida, Hélder Ornelas, Silvester Omadiale, Carlos Calado, Jonas Mattes, João André, Fernando Alves, Vítor Costa e Filipe Ventura.
A competição era composta por 20 provas programadas e o favorito a vencer o tão desejado título europeu era o SC Luch, equipa que tinha quase todos os atletas que formavam a seleção da Rússia, a grande potência do atletismo mundial na altura.
No segundo dia, dia 28 de maio de 2000, já se tinham realizado 19 provas e o Sporting levava sete vitórias. Na última que faltava disputar, o conjunto verde e branco só precisava de terminar um lugar atrás do SC Luch para poder levantar o título europeu pela primeira vez na sua história.
Depois de uma prova memorável na história do Atletismo no Sporting, a equipa de 4x400m lançada pelos leões no torneio conseguiu mesmo ficar logo atrás dos russos, dando o título de campeão europeu ao Clube de Alvalade. O vencedor dessa prova não foi nenhuma das equipas que disputava o troféu, pelo que foi suficiente para definir o verdadeiro vencedor.
Na tabela que ditava as contas finais, o Sporting acabou com 105,5 pontos em primeiro lugar e o SC Luch com 105, mas em segundo, ficando apenas com uma pequena distância 0,5 na classificação. Após o resultado, muitos atletas vestidos de verde e branco começaram a chorar abraçados, muito emocionados pela conquista do título inédito.
Equipa verde e branca alcançou mais uma competição, isto depois de um percurso brilhante e vitorioso que já fazia antever a conquista do troféu
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O Estádio do Jamor voltou a ser palco, no dia 28 de maio de 2022, de uma grande festa verde e branca. Perante quase 14 mil espectadores, a maioria claramente afeta ao Sporting, a equipa feminina de futebol conquistou a sua terceira Taça de Portugal ao vencer o Famalicão por 2-1, somando assim três triunfos em três finais disputadas.
O percurso das leoas até à final foi sólido, deixando pelo caminho equipas como o UD Polvoreira (14-0), Condeixa ACD (2-0), Valadares Gaia (1-0), Marítimo (5-0) e, nas meias-finais, o Braga (3-0 em casa e 1-3 fora). A treinadora Mariana Cabral, na sua primeira temporada ao comando da equipa sénior, apostou em juventude e talento da formação, com uma média de idades de 23,5 anos e quatro atletas da casa no onze inicial.
O onze titular de Mariana Cabral contou com: Doris Batié, Chandra Davidson, Joana Marchão, Bruna Lourenço, Carolina Beckert, Mariana Rosa, Fátima Pinto, Andreia Jacinto, Vera Cid, Brenda Pérez e Diana Silva. Apesar da qualidade da caminhada, a final começou tremida para o Sporting.
A equipa entrou apática, com dificuldades em impor o seu jogo, perante um Famalicão aguerrido, mas pouco incisivo. O calor intenso e a pressão do momento pareciam pesar nas pernas e nas decisões das jogadoras. No entanto, com o passar dos minutos, o Sporting foi equilibrando e começou a aproximar-se da baliza adversária com mais critério.
O primeiro golo surgiu na sequência de dois cantos consecutivos, ambos batidos por Joana Marchão. No segundo, um toque com o braço de Vânia Duarte levou a árbitra Ana Afonso a consultar o VAR e a assinalar grande penalidade. Marchão, com personalidade, assumiu a cobrança e inaugurou o marcador com um remate colocado. A partir daí, a equipa soltou-se e passou a controlar melhor o ritmo da partida até ao intervalo.
Na segunda parte, o jogo manteve-se equilibrado, com o Famalicão a explorar as costas da defesa leonina. A guarda-redes Doris Batié foi determinante ao antecipar várias jogadas e manter a vantagem. Aos 62 minutos, numa jogada iniciada por Chandra Davidson e com participação de Brenda Pérez, foi a própria Davidson quem, na recarga de um remate intercetado, marcou o segundo golo (2-0). A bola ainda desviou numa defesa adversária antes de entrar, mas foi um lance decisivo.
Já com a veterana Ana Borges em campo, de regresso após lesão prolongada, o Sporting enfrentou um susto nos minutos finais. O Famalicão teve direito a um penálti aos 83 minutos, mas Doris Batié brilhou novamente com uma grande defesa. Pouco depois, Carolina Rocha reduziu para 2-1, aos 89', mas a equipa leonina soube gerir a vantagem com maturidade até ao apito final.
No rescaldo da vitória, Mariana Cabral destacou o simbolismo da conquista: "Foi uma forma muito boa de acabar a época. Começámos a temporada a ganhar e acabámos igual. Temos de agradecer aos adeptos. O futebol feminino está a crescer imenso. Ter muita juventude é sinal de que temos muito futuro".
Conjunto verde e branco levanta o terceiro título nacional no mesmo ano, após ver a partida decisiva estender-se durante muito tempo
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O Estádio Nacional do Jamor preparava-se, no dia 27 de maio de 2018, para receber a final feminina da Taça de Portugal. Este foi um dia histórico para o Sporting, porque viu o seu conjunto sagrar-se campeão e conquistar a tripleta nacional, com o triunfo de 1-0 sobre o Braga, após prolongamento.
A equipa responsável pela conquista era treinada por Nuno Cristóvão, que alinhou com Patrícia Morais, Matilde Fidalgo, Mariana Azevedo, Carole Costa, Joana Marchão, Carlyn Baldwin, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Ana Borges, Diana Silva - que assinou contrato com o Benfica em 2025 - e Sharon Wojcik. Ana Capeta (66’) e Nadine Cordeiro (115’) entraram posteriormente na final. Miguel Santos, treinador do Braga, foi para jogo com Rute Costa, Diana Gomes, Sílvia Rebelo, Jana, Dolores Silva, Regina Pereira, Pauleta, Vanessa Marques, Andreia Norton, Laura Luís, Edite Fernandes.
Na primeira parte da final, o Sporting teve as melhores oportunidades por intermédio de Diana Silva, que aos 9’, não conseguiu aproveitar a boa jogada de Fátima Pinto e por Sharon Wojcik, que aos 32 minutos da partida, também não conseguiu faturar para as leoas, depois de ter falhado uma grande chance.
O segundo tempo ficou marcado pelo golo anulado à equipa bracarense aos 83’ da partida e pelas inúmeras defesas de Patrícia Morais na baliza leonina. Foi mesmo no prolongamento que o jogo ficou resolvido. Aos 104 minutos, Diana Silva fez um chapéu perfeito e fechou o placar com este golo magnífico.
Os adeptos foram à loucura e viram as leoas a festejarem a tripleta nacional, depois de terem consolidado a sua hegemonia no futebol feminino português. Na época, o Sporting e o Braga eram as duas melhores equipas e disputavam sempre os grandes títulos.
No percurso até à final da prova rainha, as leoas enfrentaram o Parada, conseguindo um histórico 18-1, tiveram um duelo aceso com o Valadares Gaia, que culminou num 4-1, disputaram um dérbi com o Benfica, que acabou 2-1, e derrotaram o Estoril nas meias-finais no confronto a duas mãos por 1-0 e 6-1.
O troféu da Taça de Portugal foi levantado já depois da equipa feminina do Sporting se ter sagrado bicampeã nacional e de ter vencido a Supertaça no início da época 2017/18. Com três títulos num ano, as leoas levaram a tripleta para casa e dominaram o desporto naquele ano.
Leões e águias defrontaram-se num jogo marcado por tudo o que lhe antecedeu. Resultado, no entanto, acabou por sorrir aos verdes e brancos
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A rivalidade entre Sporting e Benfica conheceu mais um capítulo intenso a 27 de maio de 1917. A terceira edição da final da prestigiada Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa, realizada em Sete Rios, no campo do Benfica, atraiu uma multidão entusiasta e testemunhou nova supremacia leonina. Pela terceira vez consecutiva nesta competição (e pela quinta vez em finais frente ao rival), os verdes e brancos saíram vencedores por 4-1.
A organização enfrentou, desde logo, dificuldades para encontrar um árbitro disponível e aceite por ambas as partes, dado o elevado número de espectadores e o clima de rivalidade aceso. Após algumas manobras nos bastidores, foi possível assegurar a presença de Boo-Koolberg, uma figura respeitada no panorama desportivo da época, que assumiu a condução do encontro com imparcialidade e correção, de acordo com os relatos da imprensa.
O Sporting entrou em campo com: Carlos Ferrando da Silva; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Gastão Ferraz, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; Francisco Stromp - fundador e primeiro grande símbolo do Clube -, Jaime Gonçalves, Perdigão, Loureiro e Marcelino.
A partida, segundo o jornal Sport de Lisboa, foi marcada por um estilo de jogo algo desorganizado: "A maior parte do jogo foi jogada ao acaso, sem combinação, intenção ou colocação." Apesar do vento favorável, o Sporting não conseguiu inaugurar o marcador na primeira parte.
Na etapa complementar, esperava-se que o Benfica, agora com o vento a seu favor, tomasse a dianteira. No entanto, foi o Sporting quem surpreendeu: abriu o marcador num lance confuso, mas eficaz. A vantagem galvanizou a equipa de Alvalade, que rapidamente ampliou para 2-0. O ritmo acelerou, o jogo tornou-se mais físico, e Jaime Gonçalves, de grande penalidade, fez o 3-0.
O Benfica ainda tentou reagir, reduzindo para 3-1, mas o Sporting respondeu de imediato com o quarto golo. O desgaste físico começou a pesar sobre ambos os lados, e o ambiente aqueceu e três jogadores foram expulsos nos minutos finais: Artur José Pereira e Loureiro, pelo Sporting, e Francisco Pereira, do Benfica.
O diário O Século, na análise ao encontro, não deixou margem para dúvidas: "A vitória do Sporting foi incontestável. Ganhou porque é melhor, porque tem mais valor". Vários jogadores leoninos foram, ainda, destacados pela imprensa. O médio Artur José Pereira foi elogiado como “inigualável médio-defensivo-centro, com bastante colocação, muito golpe de vista e oportunidade enérgica”. O defesa Jorge Vieira mereceu destaque pelo seu "pontapé fortíssimo com bastante direção", e o guarda-redes Carlos Ferrando da Silva foi descrito como "muito seguro" entre os postes. Por outro lado, algumas figuras-chave como Boaventura da Silva, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp e Marcelino não estiveram ao nível habitual.