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Histórias do Leão

António Oliveira: De treinador-jogador a autor de uma frases emblemáticas do Sporting

Figura incontornável do desporto português marcou uma era e deixou uma marca indelével na história do Clube verde e branco, que ainda hoje o recorda

António Oliveira proferiu a frase "por cada Leão que cair, outro se levantará", uma das mais repetidas pelos adeptos do Sporting
António Oliveira proferiu a frase "por cada Leão que cair, outro se levantará", uma das mais repetidas pelos adeptos do Sporting

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António Oliveira, nascido a 10 de junho de 1952, em Penafiel, foi uma figura incontornável do futebol português nas décadas de 70 e 80. Pelo Sporting, juntou às conquistas do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, enquanto jogador, mais uma Supertaça, desta feita como treinador.


Craque deu o salto para um grande ainda jovem


António Oliveira foi muito mais do que um número 10 clássico. Desde cedo mostrou ter uma visão de jogo apurada, uma técnica refinada e um instinto natural para alimentar os avançados com passes milimétricos. A sua carreira teve tanto de brilhante como de agitada, marcada por episódios de génio, alguns conflitos e uma longevidade notável como jogador, treinador e dirigente. O Sporting, Clube onde viveu quatro épocas decisivas, foi um dos palcos onde mais intensamente fez notar o talento.


O seu percurso começou muito jovem, ainda no clube da terra, mas rapidamente deu o salto para o Porto, onde se estreou na equipa principal em 1971, ainda júnior. Foi peça-chave na conquista do título de 1977/78, que quebrou um jejum de quase duas décadas para os portistas. Em 1978 rumou ao Bétis de Sevilha, numa transferência recorde para a altura, mas o desajuste ao futebol espanhol ditou o regresso precoce. Depois de uma breve e bem-sucedida experiência como jogador-treinador no Penafiel, chegou ao Sporting em 1981, contratado por cerca de 20 mil contos por João Rocha, tendo este sido um dos negócios mais certeiros do seu mandato.

Sporting não foi sempre um mar de rosas


Em Alvalade, António Oliveira integrou uma frente de ataque lendária ao lado de Jordão e Manuel Fernandes - capitão que tantas alegrias deu aos adeptos. A temporada de estreia foi mágica: 22 golos em 34 jogos e a conquista da dobradinha, Campeonato e Taça de Portugal, sob a batuta de Malcolm Allison. A sua qualidade foi premiada com o Prémio Stromp para Atleta Profissional em 1982. No ano seguinte, após a saída súbita do técnico inglês, assumiu funções de treinador-jogador,, levando o Sporting aos quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus, a melhor prestação de sempre dos leões na principal competição da UEFA até então.

No entanto, o acumular de funções e os atritos com algumas figuras do balneário, sobretudo com Jordão e Manuel Fernandes, começaram a minar o ambiente. Após uma derrota em Braga e com os resultados a oscilarem, foi afastado do comando técnico e substituído interinamente por Marinho Mateus, depois por Josef Venglos. Regressou a tempo inteiro à condição de jogador, mas as lesões começaram a limitar o seu rendimento. Ainda assim, deixou momentos de classe e uma das frases mais marcantes do imaginário Sportinguista: "Por cada Leão que cair, outro se levantará". 

A carreira longe de Alvalade

Nos seus quatro anos com a Listada verde e branca, disputou 93 jogos e marcou 43 golos, tendo conquistado um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Em 1985, após mais uma época marcada por lesões, saiu do Clube e ingressou como treinador-jogador no Marítimo, onde viria a encerrar definitivamente a carreira como futebolista. A partir daí, dedicou-se em exclusivo ao treino: começou pela seleção de Esperanças, passou por clubes como Vitória SC, Académica, Gil Vicente e Braga, até ser nomeado selecionador nacional em 1994, levando Portugal aos quartos-de-final do Euro 96.

O seu regresso ao Porto como treinador trouxe-lhe mais dois títulos de campeão nacional (1996/97 e 1997/98), uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Após uma breve e conflituosa passagem pelo Bétis, voltou à Seleção Nacional para a campanha do Mundial de 2002, onde Portugal não foi além da fase de grupos. Desligou-se definitivamente da carreira de treinador pouco depois e entre 2004 e 2007 presidiu ao FC Penafiel, clube onde tudo começou. Mais tarde, concluiu a licenciatura em Direito e assumiu o papel de comentador desportivo, mantendo-se como uma das vozes mais reconhecidas do futebol português.


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Recém-eleito Presidente, Sousa Cintra recebeu plantel do Sporting com promessas à mistura

Pilar que acabou de assumir a função mais importante da direção leonina esteve presente na apresentação da equipa verde e branca em casa

Sousa Cintra foi eleito Presidente do Sporting a 23 de junho de 1989, depois do Clube de Alvalade atravessar por um período negro da sua história
Sousa Cintra foi eleito Presidente do Sporting a 23 de junho de 1989, depois do Clube de Alvalade atravessar por um período negro da sua história

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No dia 10 de julho de 1989, José de Sousa Cintra, que era o mais recente Presidente do Sporting - depois de ter sido eleito a 23 de junho do mesmo ano -  recebeu o plantel dos leões em Alvalade, para dar início aos trabalhos. No total apresentaram-se 39 jogadores, onde também constavam muitos jovens que não tiveram lugar na equipa principal posteriormente.


O discurso de Sousa Cintra


Entre tantos jogadores, nenhum deles era Forbs, que acabou por se transferir para o Boavista, nem Fernando Mendes, que trocou o Clube de Alvalade pelo Benfica, o eterno rival. A apresentação começou com o discurso de Sousa Cintra, que falou diretamente com todo o plantel.


Durante o tempo em que falou, Sousa Cintra lamentou por não estarem presentes todos os jogadores, dado que o Sporting ainda estava a tratar de reforços para atacar a temporada 1989/90 a lutar por títulos. Para além disso, o recém-chegado à direção do Clube de Alvalade ainda deixou alguns elogios.

O novo Presidente dos verdes e brancos motivou os jogadores ao parabenizá-los por serem os melhores a atuarem em Portugal. Sousa Cintra terminou o discurso a reforçar a ideia de que Manuel José era o treinador escolhido para a época inteira - e não apenas para alguns meses.


As declarações do treinador 

A RTP teve a oportunidade de obter declarações de Manuel José, técnico leonino, que mostrou esperança para o Clube de Alvalade: "O Presidente do Sporting [Sousa Cintra] disse que há treinador para todo o ano, não é para seis meses, portanto, isto é um sintoma de mudança. Durante os últimos tempos, o Clube tem trocado de treinadores todos os anos, só não mudou um ano, que foi o meu primeiro".

"O meu primeiro ano foi, de facto, o que estivemos mais perto do título. Só perdemos o título a duas jornadas do fim e ficámos apenas a dois pontos do primeiro classificado", acrescentou Manuel José, relativamente ao trabalho que tinha iniciado no Clube de Alvalade na época passada.

O técnico leonino revelou que queria reduzir o plantel verde e branco a 23 jogadores e, apesar de não o ter dito diretamente, tinha a intenção de dispensar um guarda-redes para contratar outro. Ainda questionado sobre as promessas de pré-época que nem sempre se tornam realidade, Manuel José respondeu ao jornalista: "Essas coisas não se dizem, logicamente".


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Sporting apresenta-se em Alvalade e Presidente faz promessas grandes: "Virá esta semana..."

Presidente do Clube leonino recebeu o plantel verde e branco dentro de casa para dar início aos trabalhos da nova época e deixou algumas revelações bombásticas

Sousa Cintra foi eleito Presidente do Sporting, em Alvalade, a 23 de junho de 1989, depois do Clube de Alvalade atravessar por um período negro da sua história
Sousa Cintra foi eleito Presidente do Sporting, em Alvalade, a 23 de junho de 1989, depois do Clube de Alvalade atravessar por um período negro da sua história

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No dia 9 de julho de 1990, José de Sousa Cintra, Presidente do Sporting que tinha sido eleito a 23 de junho de 1989, recebeu a equipa verde e branca em Alvalade. Houve uma cara nova na apresentação leonina, para além de uma promessa deixada pelo pilar do Clube, que expressou a vontade de contratar um ponta-de-lança.


Uma pequena


A equipa leonina apresentou-se em Alvalade para começar os trabalhos apenas com um novo nome. Vlado Bosinovski, médio da Macedónia do Norte que tinha estado ao serviço do Beira-Mar durante a temporada 1989/90, foi o grande reforço para o meio-campo verde e branco. 


Para além de um reforço, registaram-se também duas ausências. O guardião croata Tomislav Ivkovic e o craque canarinho Paulo Silas ainda estavam a descansar do Mundial de seleções, então só começariam a trabalhar com a equipa a partir de outra data, quando já tivessem desfrutado das devidas férias.

As promessas de Sousa Cintra


Via-se claramente que a época 1990/91 era perspectivada com muito otimismo por parte do plantel verde e branco, mas principalmente por Sousa Cintra, que fez uma grande revelação: "Falta um ponta-de-lança, que virá esta semana. Não vou perder mais tempo, a situação continua complicada uma vez que o jogador está a ser negociado com dois clubes". 

"Eu não vou perder mais tempo, o Sporting não pode perder tempo, precisamos mesmo de um ponta-de-lança", insistiu novamente Sousa Cintra, que revelava uma vontade enorme em contratar o craque que parecia provocar algumas dificuldades no negócio.

Ainda questionado sobre o mesmo tema, Sousa Cintra não se descaiu e continuou a deixar tudo em segredo, sem avançar com um nome: "Vou contratar um ponta-de-lança. Já tenho negociações avançadas e vai ser um elemento muito precioso aqui para o Sporting".

"Os portugueses vão gostar, a massa associativa vai gostar. O Sporting vai este ano lutar pelo título, que sempre luta, mas, sem dúvidas, este ano teremos uma esperança mais renovada", acrescentou Sousa Cintra, ao deixar uma promessa aos adeptos Sportinguistas de que o Clube iria estar na disputa em 1990/91.



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Leonel Pontes: Treinador que já fez de tudo no Sporting e que ajudou Cristiano Ronaldo

Técnico madeirense que representou o Clube de Alvalade em diversos escalões de formação já foi o responsável pelo astro da equipa das quinas

Apesar do longo período no Sporting, Leonel Pontes não ergueu nenhum título na equipa principal, feitos que conseguiu pelas camadas jovens do Clube de Alvalade
Apesar do longo período no Sporting, Leonel Pontes não ergueu nenhum título na equipa principal, feitos que conseguiu pelas camadas jovens do Clube de Alvalade

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Leonel Pontes - que falou recentemente sobre craque verde e branco - nasceu a 9 de julho de 1972, na Madeira. O técnico, que trabalhou em todos os escalões possíveis no Sporting, foi o encarregado de educação de Cristiano Ronaldo, quando o craque chegou a Lisboa. Apesar do longo trabalho nos leões, quando foi adjunto na equipa principal, não conseguiu erguer nenhum título.


O início nos leões


Leonel Pontes começou desde muito novo a trabalhar nas camadas jovens do Sporting. Primeiro, foi adjunto das equipas de infantis e, posteriormente, começou a integrar as equipas técnicas de diversos escalões do Clube. Para além disso, e também pelo facto de ser madeirense, tornou-se o responsável legal de Cristiano Ronaldo, quando o astro chegou ainda jovem a Lisboa.


Na temporada 2004/05, Leonel Pontes foi escolhido por Paulo Bento para ser adjunto na equipa de juniores, onde juntos se sagraram campeões nacionais no escalão. Em outubro de 2005, o madeirense foi promovido à equipa principal ao lado do homem que o escolheu anteriormente.

Em novembro de 2009, Leonel Pontes teve de assumir a equipa principal do Sporting, tendo em conta que Paulo Bento se tinha demitido. O madeirense estreou-se no comando técnico num confronto frente ao Rio Ave, que culminou num 2-2, em Vila do Conde.


Já em 2010, quando Paulo Bento assumiu a Seleção Nacional, Leonel Pontes voltou a trabalhar sob o seu comando até ao Mundial de 2014. Na época de 2014/15, o madeirense arrancou para uma carreira por conta própria, aceitando o convite para orientar o Marítimo, mas em março acabou despedido.

As experiências pelo mundo

No ano seguinte, Leonel Pontes foi treinar o Panetolikos, da Grécia, mas só fez cinco jogos, acabando por sair em setembro de 2015, depois da sua equipa ter sofrido uma goleada. Em novembro, ainda na mesma época, o madeirense deslocou-se até ao Egito para treinar o Ittihad Alexandria, no entanto, voltou a ser despedido, desta vez após quatro meses.

Em agosto de 2016, Pontess assinou vínculo com o Debrecen da Hungria, mas em maio de 2017 rescindiu contrato. Seguiu-se uma passagem no Jumilla da terceira divisão de Espanha, um clube que tinha um acordo com o Wolverhampton de Inglaterra, mas apesar desse suporte, a equipa foi despromovida.

O regresso aos leões

Mais um ano se passou e Leonel Pontes voltou a casa. O treinador começou a trabalhar na equipa de sub-23 do Sporting, onde conseguiu um arranque com cinco vitórias consecutivas. Com isto, o madeirense justificou substituir interinamente Marcel Keizer no comando do plantel principal, quando o técnico neerlandês foi despedido, uma missão que desempenhou sem sucesso, regressando ao posto para que veio.

Depois de acabar a época nos sub-23, Leonel Pontes voltou a fazer uma paragem. Até que em dezembro de 2021 assinou pelo Sporting da Covilhã, onde esteve até outubro de 2022. Em agosto de 2023, o madeirense assumiu as funções de coordenador técnico do Shanghai Shenhua da liga chinesa, onde permanece em 2025.

*Atualizado a 8 de julho de 2025


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