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Jogadores

Beto Acosta: O 'Matador' que ajudou a quebrar o jejum de 18 anos do Sporting

Craque argentino atuava como avançado e conseguiu um dos títulos mais marcantes da sua carreira ao serviço dos verdes e brancos com desempenhos fora de série

Ao serviço do Sporting, Beto Acosta somou 39 golos em 78 partidas, para além das inesquecíveis conquistas do Campeonato Nacional e da Supertaça
Ao serviço do Sporting, Beto Acosta somou 39 golos em 78 partidas, para além das inesquecíveis conquistas do Campeonato Nacional e da Supertaça

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Alberto Federico Acosta, conhecido como Beto Acosta, nasceu a 23 de agosto de 1966 e chegou ao Sporting em dezembro de 1998, quando tinha 32 anos. Em apenas duas épocas, o craque - que aprecia as qualidades de Gyökeres - marcou o Clube de Alvalade, ao conquistar o título de campeão nacional em 1999/00 e uma Supertaça. No total, o avançado argentino somou 39 golos em 78 partidas.


Os primeiros passos


Proveniente do Unión de Santa Fé, Beto Acosta destacou-se a sério no San Lorenzo, da Argentina. O craque ainda teve uma curta passagem pelo Toulouse de França, mas quando voltou ao clube argentino, tornou-se no melhor marcador do Torneio de Abertura e conquistou o título, desempenho que lhe valeu o salto para o Boca Juniors e para a seleção. 


Na seleção albiceleste, Beto Acosta fez parte de uma geração de ouro. O craque ergueu a Taça das Confederações de 1992 e a Copa América de 1993. O avançado atuou ao lado de nomes lendários como Maradona, no entanto, nunca foi chamado para representar a Argentina num Mundial.

Em 1994, Beto Acosta rumou ao Chile para representar a Universidad Católica, onde rapidamente se consolidou como um ídolo. Não só foi eleito jogador do ano logo na primeira época, como conquistou um campeonato chileno e uma taça. Para além disso, o avançado sagrou-se, por duas vezes, o melhor marcador da liga, uma das quais com impressionantes 33 golos.


A chegada ao Sporting

Pelo meio, Beto Acosta passou um ano no Yokohama, do Japão, e acabou por regressar ao San Lorenzo, em 1997, onde esteve mais dois anos antes de assinar pelo Sporting. O craque chegou aos leões e atravessou, desde logo, algumas dificuldades. O avançado na primeira época de leão ao peito marcou três golos em 13 partidas, um mau registo que se justificava por lesões que sofreu.

No entanto, Beto Acosta deu a volta por cima e a entrada de Augusto Inácio para o comando técnico foi fundamental. O avançado argentino conseguiu um lugar no onze inicial e terminou a época com 22 golos na conquista do Campeonato Nacional de 1999/00, título que quebrou um jejum de 18 anos.

Beto Acosta destacou-se em jogos icónicos, como os encontros frente ao Benfica e ao Porto, com exibições que o eternizaram como o “Matador”, alcunha atribuída pelos adeptos. Em 2001, o craque argentino despediu-se do Sporting com a conquista da Supertaça.

O adeus em grande

O avançado marcou o golo nas Antas e o da finalíssima, encerrando da melhor forma a sua passagem por Alvalade, com 48 remates certeiros em 99 partidas de leão ao peito. Beto Acosta ainda regressou ao San Lorenzo, onde ganhou uma Copa Sul-Americana, antes de terminar a carreira.


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Oceano: Antigo capitão do Sporting que enchia os relvados

Craque que atuava como médio defensivo fez história no Clube de Alvalade ao tornar-se num dos jogadores da história com mais partidas de verde e branco

Em mais de 10 temporadas de Sporting, divididas em duas passagens, Oceano conquistou duas Supertaças e uma Taça de Portugal
Em mais de 10 temporadas de Sporting, divididas em duas passagens, Oceano conquistou duas Supertaças e uma Taça de Portugal

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Oceano Andrade da Cruz nasceu a 29 de julho de 1962, em São Vicente, em Cabo Verde. Foram mais de 10 temporadas de leão ao peito, divididas em duas passagens, onde conquistou duas Supertaças e uma Taça de Portugal. O antigo capitão dos verdes e brancos foi um dos jogadores que envergou a camisola leonina mais vezes, ao representar o Sporting em 401 partidas.


O início nos leões


Oceano chegou ao Sporting na temporada 1984/85, após destacar-se ao serviço do Nacional da Madeira. Foi Pedro Gomes, então adjunto de John Toshack, que recomendou a contratação do craque. Sem formação de base, mas com uma garra inesgotável, o jogador conquistou de imediato o lugar na equipa principal, alternando entre médio defensivo e terceiro central, num esquema táctico arrojado.


Logo na sua primeira época em Alvalade, Oceano somou mais de 30 jogos. O craque estreou-se pela Seleção Nacional a 30 de janeiro de 1985, frente à Roménia, camisola das quinas que envergou na campanha olímpica de 1988 e no Europeu de 1996, acumulando ao todo 54 internacionalizações e oito golos por Portugal.

Rapidamente Oceano se tornou numa referência em campo e no balneário dos leões. O jogador caracterizava-se por um porte físico absurdo e uma dedicação única. A 20 de dezembro de 1987, três anos após depois de reforçar os verdes e brancos, ergueu o seu primeiro troféu pelo Sporting, ao conquistar a Supertaça frente ao eterno rival, o Benfica, e ainda com o estatuto de capitão.


A despedida que culminou num regresso

Em 1991, o craque partiu para a Real Sociedad, juntamente com Carlos Xavier. Em San Sebastián, Oceano continuou a brilhar durante três épocas. Sempre combativo e fiável, foi uma peça importante na equipa espanhola. Após essa aventura, o médio-defensivo regressou a casa em 1994, para mais quatro temporadas com o Sporting, onde voltou a conquistar títulos.

Em 1994/95, ano que marcou o seu regresso, Oceano venceu mais uma Taça de Portugal e outra Supertaça, continuando a ser a grande voz do balneário leonino. Mesmo na conturbada temporada 1997/98, o craque marcou 12 golos e foi decisivo para evitar danos maiores ao Clube de Alvalade. Contudo, com quase 36 anos, acabou dispensado no final da época.

Recusando-se a terminar a carreira de forma amarga, o médio rumou a França para representar o Toulouse. Por lá, Oceano ainda mostrou  qualidade, totalizando mais de 30 jogos, com seis golos apontados. Assim acabou a carreira, a disputar futebol ao mais alto nível. 

Uma nova vida

Depois de pendurar as botas, Oceano foi chamado para vários cargos técnicos, incluindo na Seleção Nacional. Em 2009, juntou-se à equipa técnica de Carlos Queiroz nos sub-21 e, mais tarde, passou por Leiria e voltou ao Sporting, em 2012, para liderar a Equipa B, antes de assumir interinamente o comando técnico do plantel principal após a saída de Sá Pinto.

Apesar do esforço, a breve passagem como treinador principal não correu da melhor forma para o antigo craque. Seguiu-se um papel como adjunto de Vercauteren e Jesualdo Ferreira, no entanto, com Bruno de Carvalho na presidência, Oceano acabou por sair em 2013. Pouco depois, voltou a trabalhar com Carlos Queiroz, integrando a equipa técnica da seleção do Irão em dois Mundiais.

Em 2019, o antigo craque dos leões manteve-se ao lado de Carlos Queiroz, agora ao serviço da Colômbia. Mais recentemente, em julho de 2023, Oceano assumiu o comando técnico da seleção nacional sub-20, função da qual está encarregue até aos dias de hoje.

*Atualizado a 9 de julho de 2025


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Vadinho: Craque da "mamãe" com momentos insólitos pelo Sporting

Jogador que atuava no ataque verde e branco tem histórias muito engraçadas no Clube de Alvalade. Passagem acabou devido a alguns problemas familiares

Vadinho deixou o Sporting depois de quatro temporadas, nas quais apontou 32 golos em 57 jogos e conquistou apenas um Campeonato Nacional
Vadinho deixou o Sporting depois de quatro temporadas, nas quais apontou 32 golos em 57 jogos e conquistou apenas um Campeonato Nacional

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Osvaldo Chaves Cordeiro, conhecido como Vadinho, nasceu no dia 8 de julho de 1933 em Minas Gerais, no Brasil. O avançado canarinho representou as cores do Sporting durante um total de quatro temporadas, tendo comemorado um Campeonato Nacional - em 1957/58. O craque terminou a sua passagem nos leões com 32 golos apontados em 57 jogos oficiais. 


Os primeiros passos


Vadinho começou a jogar futebol no Madureira, mas rapidamente foi descoberto pelo Vasco da Gama, um grande emblema canarinho. O craque, ainda jovem, destacou-se no gigante da colina ao mostrar muito talento, o que lhe valeu uma transferência para o Sporting, no verão de 1957.


A chegada aos leões

A estreia de Vadinho aconteceu a 15 de setembro de 1957, frente à Académica, numa vitória por 1-0, em Coimbra, mas a verdade é que o seu primeiro golo de verde e branco só aconteceu duas semanas depois, num empate que culminou num 3-3 contra o Belenenses, no Restelo.


Época de sonho com momento caricato

Nesse ano, o Sporting ergueu o título de campeão nacional, com Vadinho a tornar-se num dos protagonistas, ao marcar 17 golos em 29 partidas. O craque canarinho fica eternizado por um momento caricato depois da vitória frente ao Caldas, por 3-0, no último jogo da época. Após o apito final, o avançado encontrava-se emocionado a prestar declarações à rádio e, no instante seguinte, desmaiou: "Dedico esta vitória à minha mamãe...".

Acabou a primeira época e Vadinho viu-se envolvido numa verdadeira novela. A mãe não o queria deixar voltar para Portugal, no entanto, o avançado conseguiu o regresso a 19 de dezembro, quando a época já tinha começado. Desta forma, o craque acabou prejudicado, disputando apenas 10 jogos na temporada, nos quais apontou seis golos.

Para a temporada 1959/60, o Sporting foi buscar Fernando Puglia, também goleador canarinho. Assim, Vadinho teve algumas dificuldades em segurar o lugar. No entanto, manteve uma boa média de golos, ao efetuar nove finalizações certeiras em 17 partidas oficiais, onde se inclui um belíssimo hat-trick frente ao Porto.

A despedida leonina

Em 1960/61, Vadinho só disputou um jogo, frente ao Benfica, mas sem quaisquer golos. O avançado canarinho teve de se despedir do Sporting neste ano, depois de quatro épocas no Clube. No total, alinhou em 57 partidas e marcou 32 golos, conquistando o Campeonato Nacional logo na sua primeira época.

A verdade é que qualidade nunca faltou a Vadinho. O avançado brasileiro, que acabou prejudicado devido a alguns problemas familiares, mostrou sempre uma grande eficácia e um potencial tremendo. Talvez se não fosse aquele período de instabilidade após o primeiro ano no Sporting, o craque podia ter conseguido mais protagonismo de verde e branco.


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Pedro Barbosa: Capitão é um dos mais utilizados no Sporting, mas saída foi para esquecer

Médio chegou a Alvalade para substituir Luís Figo e, ao longo de vários anos, conquistou a titularidade de forma indiscutível, até à polémica que ditou o fim

Pedro Barbosa assinou pelo Sporting para desempenhar a missão de colmatar a saída de Luís Figo, uma das grandes referências do Clube à época
Pedro Barbosa assinou pelo Sporting para desempenhar a missão de colmatar a saída de Luís Figo, uma das grandes referências do Clube à época

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Pedro Barbosa nasceu a 6 de agosto de 1970, em Gondomar, e desde cedo revelou um talento raro com a bola nos pés. Pelo Sporting, Clube onde viveu os melhores anos da sua carreira e onde pendurou, inclusive, as chuteiras, realizou 342 partidas, num total de 52 golos marcados.


Da formação até à vaga deixada por Figo no Sporting


Pedro Barbosa começou a jogar futebol no modesto Atlético de Rio Tinto, antes de integrar as camadas jovens do Porto, onde começou a dar nas vistas. A sua ascensão no futebol sénior passou pelo Freamunde, mas foi ao serviço do Vitória de Guimarães que o seu nome começou verdadeiramente a ecoar no panorama nacional, mostrando um estilo que evocava os 'artistas da bola' de outrora, pautado pela classe, técnica refinada e uma capacidade quase poética de driblar e inventar jogadas.


Em 1995, o Sporting procurava uma figura capaz de preencher o vazio deixado por Luís Figo, que partira para o Barcelona. Pedro Santana Lopes, então Presidente dos leões, viu em Pedro Barbosa o sucessor ideal. O médio estreou-se oficialmente a 6 de agosto desse ano, frente ao Porto, na Supertaça (0-0), e rapidamente deixou marca, ao apontar, mais tarde, três golos frente ao Maccabi Haifa, a 14 de setembro, num jogo da Taça das Taças (4-0). Terminaria essa primeira época como melhor marcador da equipa, com 14 golos, em igualdade com Sá Pinto e Paulo Alves.

Capitão que viu em Portugal o seu único destino


Durante as 10 temporadas que vestiu a Listada verde e branca, Pedro Barbosa foi muito mais do que um jogador. Capitão durante vários anos, tornou-se um dos símbolos do Sporting na viragem do século, participando ativamente na conquista de dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e três Supertaças. O título de 1999/2000, que pôs fim a um jejum de 18 anos sem conquistas no campeonato, teve nele uma das figuras mais influentes. Em 2003, foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Futebolista, um reconhecimento da sua importância e desempenho.

Ao todo, somou 342 jogos pelo Sporting (sendo o 10.º jogador mais utilizado de sempre), com 52 golos marcados. Foi também internacional português em 22 ocasiões, marcando cinco golos, tendo integrado os plantéis lusos no Euro'1996 e no Mundial'2002, embora neste último não tenha chegado a jogar, devido à forte concorrência de nomes como Rui Costa e Figo.

Percurso como jogador acabou atribulado

Mas se o seu talento era inquestionável, a irregularidade também marcou a sua carreira. Capaz de jogadas brilhantes que levantavam os adeptos, podia desaparecer durante longos períodos de um jogo, o que lhe valeu assobios e até a alcunha de “pastelão” entre parte da massa associativa. Foi esta inconsistência, mais do que a qualidade técnica, que lhe impediu uma carreira ainda mais internacionalizada, escolha que ele próprio validou ao preferir jogar sempre em Portugal.

A despedida dos relvados acabou por ter contornos melancólicos. Na temporada de 2004/05, participou em 13 dos 15 jogos que levaram o Sporting à final da Taça UEFA, disputada no próprio Estádio de Alvalade. Porém, o desfecho foi amargo: derrota na final frente ao CSKA Moscovo e, poucos dias depois, terminou a carreira com uma expulsão num jogo contra o Nacional da Madeira (2-4), a 22 de maio de 2005. A sua última vez a marcar foi frente ao Middlesbrough (1-0), a 17 de março, também para a Taça UEFA.

Após desentendimentos com o treinador José Peseiro, Barbosa saiu magoado e crítico, embora mantendo o compromisso com o Clube como sócio e acionista. Pouco tempo depois, já com a saída de Dias da Cunha e de Peseiro, regressou a Alvalade para integrar o departamento de futebol, assumindo funções de dirigente. Em 2006 foi nomeado diretor desportivo, cargo que ocupou até novembro de 2009, altura em que se demitiu, em solidariedade com a saída do técnico Paulo Bento - que conseguiu um feito inédito do Sporting.

A vida depois dos relvados

Desde então, Pedro Barbosa manteve-se ligado ao futebol como comentador televisivo e analista, tornando-se presença habitual nos media desportivos portugueses, onde continua a partilhar o seu olhar técnico e ponderado sobre o jogo. Desta feita, integra o painel de comentadores do programa 'Futebol É Momento', da Sport TV, a par do radialista Pedro Ribeiro e do ex-Benfica Nuno Gomes.


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