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No dia 5 de maio de 2002, o Sporting enfrentava o Beira-Mar na última jornada do campeonato português de 2001/2002. Já com o 18.º título nas mãos, os leões venceram o jogo no Estádio José Alvalade por 2-1, com dois golos de Mário Jardel, aos 29 e 88 minutos de jogo.
Lászlo Boloni, treinador do Sporting, apostou em Nélson, André Cruz, Beto, Facundo Quiroga, Rodrigo Tello, Diogo, Paulo Bento, Hugo Viana, Pedro Barbosa, Mário Jardel e João Vieira Pinto. António Sousa, treinador do Beira-Mar, foi para campo com Nuno Santos, Lobão, Cristiano, Areias, César Filipe, Pedro Levato, Juninho Petrolina, Luís Manuel, Marcelinho, Jorge Gamboa e Rui Dolores.
Na primeira parte, o Sporting faz a primeira substituição aos 25’, com a saída de Rodrigo Tello e a entrada de César Prates. Aos 29’, João Vieira Pinto faz a assistência para o primeiro golo do jogo, que sai dos pés de Mário Jardel, uma dupla que voltaria a faturar mais tarde no jogo.
António Sousa seguiu para a segunda parte com uma alteração na equipa do Beira-Mar, com a saída de Luís Manuel e a entrada de Fary Faye. Aos 49 minutos de jogo, ainda na equipa de Aveiro, Ribeiro entra para o lugar de Marcelinho Barros. A próxima mexida aconteceria aos 54, com a entrada de Ricardo Quaresma, para a saída de Hugo Viana.
Com 69 minutos de jogo Facundo Quiroga faz falta dentro da própria área, recebe cartão amarelo e o árbitro apita pénalti para o Beira-Mar. Fary Faye converte eficazmente o castigo máximo (70’) e empata a partida (1-1). Na reação ao golo sofrido, Boloni, técnico do Sporting, faz a última alteração na equipa (73’), com a saída de Pedro Barbosa e a entrada de Dimitris Nalitzis.
Aos 78’, Ribeiro, do Beira-Mar, recebe o seu primeiro cartão amarelo na prova e, aos 80’, Rui Dolores entra para a saída de Demétrios. Dez minutos depois, a dupla João Vieira Pinto-Mário Jardel repete-se e o Sporting faz o 2-1 na partida. Um minuto antes do apito final, Paulo Bento (Sporting), Diogo (Sporting) e Demétrios (Beira-Mar) recebem cartões amarelos (89’).
O Sporting vence, celebra o título em casa e Mário Jardel totaliza 42 golos na competição, que lhe valeram a bota de ouro desse ano. Com este título, torna-se o segundo Sportinguista a conquistá-la, isto depois de Yazalde já o ter feito.
Equipa verde e branca 'destrói' a congénere azul e branca depois de uma digressão que só deu motivos para sorrir aos Adeptos leoninos
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No início do século XX, o futebol português ainda dava os primeiros passos como prática organizada, mas já era palco de rivalidades e feitos que moldariam para sempre o imaginário dos Adeptos. Um desses momentos memoráveis aconteceu a 5 de maio de 1919, quando o Sporting realizou uma deslocação ao Porto que ficaria gravada para sempre e que conta com um triunfo por 11-0 diante daquele que é, ainda hoje, um dos seus maiores rivais.
A viagem ao Norte do país foi iniciada com um embate frente ao Sporting Clube de Espinho, equipa que se havia reforçado com três jogadores oriundos de outros clubes. Apesar dos esforços locais para compor uma equipa competitiva, o resultado foi um verdadeiro vendaval verde e branco: 16-0 a favor dos leões. A vitória esmagadora levantou murmúrios e justificações na região: diziam que os espinhenses estavam desfalcados e insinuava-se que o verdadeiro teste viria no dia seguinte.
Na tarde de 5 de maio, o Sporting enfrentou o Porto num jogo envolto em grandes expetativas. Os leões alinharam com Carlos Ferrando da Silva, Amadeu Cruz, Jorge Vieira, Joaquim Caetano, Artur José Pereira, Boaventura da Silva, Torres Pereira, Francisco Stromp, Jusa, Perdigão, Marcelino.
O jogo começou de forma equilibrada. O Porto até marcou primeiro e conseguiu manter um ritmo competitivo até ao intervalo, com momentos de bom futebol, disputado com vigor e inteligência. No entanto, o que se seguiu foi uma autêntica aula de futebol por parte dos verdes e brancos.
Na segunda parte, o Sporting libertou todo o seu potencial: acelerou o jogo, dominou todos os setores do campo e exerceu uma pressão constante sobre os portistas. O resultado foi uma goleada surpreendente por 11-1. Não houve polémicas nem condicionantes externas e o resultado justificou-se por uma superioridade avassaladora.
No dia seguinte, o jornal O Primeiro de Janeiro não poupava nas palavras. A derrota suscitou uma crítica contundente ao estado do desporto nortenho: "Não devemos trazer cá grupos de futebol sem primeiramente estarmos preparados para os receber, e hoje completamos essa afirmação declarando que os revezes que agora sofremos não são senão o resultado da decadência em que presentemente vive o nosso meio desportivo".
A publicação em causa prosseguiu o texto com mais críticas: "Não é com jogadores que passam as noites em diversões pouco próprias de gente do desporto que se pode arranjar uma boa equipa de futebol para se defrontar com agrupamentos como o do Sporting, cuja sólida organização em tudo e por tudo deixa a perder de vista todos os nossos clubes. Em rapidez, combinação e energia não têm quem os igual".
Golo do defesa português apontado aos 120' salvou os leões da eliminação e carimbou a passagem ao derradeiro duelo, que viria a ser disputado em Alvalade
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Chovia sobre Alkmaar na quinta-feira 5 de maio de 2005 e um 'mar de lágrimas' cairia sobre o mesmo mais tarde: umas de felicidade pelos Adeptos do Sporting, outras de tristeza por quem apoiava o AZ. O modesto estádio De Alkmaarderhout parecia preparado para um milagre e foi isso que aconteceu já perto do final do prolongamento, com o golo de Miguel Garcia que carimbou a presença dos leões na final da Taça UEFA.
O Sporting chegou à Holanda em vantagem mínima, após um triunfo por 2-1 em Alvalade frente ao AZ Alkmaar. Com uma final europeia à vista, que, curiosamente, seria disputada em casa, no Estádio José Alvalade, a 18 de maio, os leões sabiam que precisavam de dar tudo por tudo... mas a noite começou tortuosa.
Para este encontro, o Sporting de José Peseiro alinhou de início com Ricardo, Miguel Garcia, Anderson Polga, Beto, Rui Jorge, Custódio, Rochemback, João Moutinho, Sá Pinto, Douala e Liedson. Já o AZ Alkmaar, de Co Adriaanse, apresentou-se com Timmer, Jaliens, Opdam, Ron Vlaar, Tim de Cler, Landzaat, Adil Ramzi, Van Galen, Tarik Sektioui, Robin Nelisse, Kenneth Pérez.
Logo aos cinco minutos, Kenneth Pérez, a grande figura do AZ, obrigava Ricardo a aplicar-se. Um minuto depois, o mesmo Pérez surgiu livre de marcação na área e, de cabeça, abriu o marcador após canto cobrado por Sektioui. O Sporting estava em desvantagem na eliminatória.
A equipa de José Peseiro demorou a reagir. O jogo partiu-se, com oportunidades em ambas as balizas. Liedson e Miguel Garcia estiveram perto do empate, mas foi só mesmo antes do intervalo que o golo chegou. Anderson Polga colocou a bola na área e Liedson, com instinto matador, fez o empate: 1-1 no jogo, leões novamente em vantagem na eliminatória.
O segundo tempo trouxe um Sporting mais confiante, impulsionado por Douala e pelo incansável Liedson. Ainda assim, aos 78 minutos, Huysegems recolocou o AZ na frente (2-1), aproveitando uma confusão na área provocada por uma saída incompleta de Ricardo e um corte desesperado de Polga. O resultado em causa eliminaria o Sporting e Van Galen e Huysegems desperdiçaram, ainda neste período, oportunidades de ouro nos últimos minutos do tempo regulamentar.
O prolongamento começou com os leões mais agressivos. Tello e Pedro Barbosa elevaram o ritmo e Ricardo manteve o sonho vivo com uma defesa brilhante a remate de Vlaar. Mas aos 109 minutos, um novo golpe: Jaliens fez o 3-1 para o AZ, num novo lance de bola parada. O Sporting estava cada vez mais fora da prova.
Do lado direito, Tello cobrou um canto em cima do fim do prolongamento. Na pequena área, Miguel Garcia, até então discreto, apareceu ao primeiro poste e, com um desvio de cabeça, fez o 3-2. Um golo com peso histórico. Foi o seu primeiro golo com a camisola do Sporting e foi também aquele que recolocou os leões numa final europeia, 41 anos depois da mítica conquista da Taça das Taças, frente ao MTK Budapeste, em 1964.
O Sporting chegou à grande final e recebeu os russos do CSKA Moscovo no Estádio José Alvalade. O percurso memorável até este derradeiro jogo não se traduziu, no entanto, num título, até porque os leões não foram além de um 3-1. O golos verde e branco foi apontado por Rogério, ao minuto 28.
Recorde, abaixo, o golo de Miguel Garcia ao AZ Alkmaar:
Leões voltaram a derrotar o seu eterno rival depois de mais um intenso dérbi, para o delírio dos Adeptos Sportinguistas nas bancadas
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No dia 5 de maio de 1940, voltou-se a jogar mais um “episódio” do dérbi eterno de Lisboa. Desta vez, o Sporting recebeu no Stadium de Lisboa o rival Benfica, numa partida a contar para a 16.ª jornada do campeonato nacional 1939/40, que os leões venceram por 3-1. Os golos da equipa visitada foram marcados por Adolfo Mourão (3’), Fernando Peyroteo (20’) e Mário Galvão (37’).
Nessa tarde de futebol, o técnico Sportinguista Joseph Szabo apostou em Azevedo, Mário Galvão, Aníbal Paciência, Manecas, Gregório dos Santos, Rui Araújo, Armando Ferreira, Pedro Pireza, João Cruz, Adolfo Mourão e Fernando Peyroteo. Do lado do Benfica, os escolhidos foram António Martins, Eloy, Gaspar Pinto, Francisco Albino, Raúl Baptista, Francisco Ferreira, Alexandre Brito, Miguel Lourenço, Alfredo Valadas, Semilhas e Francisco Rodrigues.
O Sporting entrou dominador desde o início da partida e não foi preciso muito para inaugurar o marcador, quando no terceiro minuto de jogo, Adolfo Mourão fez o 1-0 para os leões. De seguida, o Benfica respondeu, quando aos 11 minutos, Francisco Rodrigues faz a bola passar por Azevedo e igualou a partida (1-1).
Com um golo para cada lado em apenas 11 minutos de jogo, era de prever que o resto da partida seria equilibrada, mas Fernando Peyroteo calou quem pensou assim, quando apenas nove minutos depois, o “Violino Goleador” fez abanar as redes adversárias e repôs a liderança por 2-1 para a equipa do Sporting (20’).
Ainda houve tempo para mais um golo: o árbitro Eduardo Augusto assinala falta para o Sporting dentro da grande área encarnada e, chamado para converter o castigo máximo, foi o defesa central Mário Galvão, que não facilitou. Aos 37 minutos de jogo, fez o 3-1 final da partida.
Ao entrar para a 16.ª jornada, o Benfica estava no quarto lugar, posição onde se manteve até ao final da prova, em igualdade pontual com o Belenenses, mas com esta derrota acabaram por se atrasar na luta pelo pódio e deixaram os azuis do Restelo fugir.
Já para o lado do Sporting, a vitória foi importante para se manter na luta pelo campeonato e os leões mantiveram-se na segunda posição com um ponto de atraso para o primeiro lugar, o Porto. A prova terminou com os dragões a celebrarem a conquista do título, com 34 pontos, enquanto que a formação de Alvalade, apesar do melhor ataque, ficou a dois pontos do primeiro classificado.