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O Sporting alcançou uma vitória histórica ao derrotar o Lisboa por 14-0, no jogo realizado na Quinta dos Castellos, no Campo Grande, a contar para o Campeonato de Lisboa. Esta vitória, a 12 de março de 1911, foi a maior goleada dos leões até então em jogos oficiais e permaneceu como recorde do clube até 1928.
A partida foi dominada de forma absoluta pelo Sporting, que marcou 7 golos em cada parte, com a defesa do Lisboa a ser incapaz de reagir à velocidade do ataque sportinguista. Segundo a imprensa da época, o jogo foi caracterizado pela intensidade dos avançados do Sporting, que surgiram como setas, deixando a defesa adversária sem alternativas.
A equipa leonina alinhou com Gastão Pinto Basto a guarda-redes, Francisco Santos e Jaime Cadete na defesa, António Neves Vital, António Couto e Carlos Shirley no meio-campo, e no ataque, António Stromp, António Rosa Rodrigues, Francisco Stromp, Cândido Rosa Rodrigues e João Bentes, capitão da equipa. De acordo com os relatos, o guarda-redes Gastão Pinto Basto, que era uma das novidades da equipa naquela época, teve um jogo tranquilo, já que a defesa adversária praticamente não criou situações de perigo.
Carlos Shirley, teve uma excelente atuação no meio-campo, contribuindo para a construção do jogo, embora alguns dos seus colegas de ataque nem sempre compreendessem as suas movimentações. A exibição coletiva do Sporting foi elogiada pela rapidez e pela energia dos jogadores, que já estavam habituados a jogar juntos.
O árbitro da partida foi Augusto Sabbo, que teve uma atuação considerada satisfatória pela imprensa, e a goleada histórica permanece como uma das maiores vitórias do Sporting em jogos oficiais, ocupando a 4ª posição no ranking das maiores goleadas do clube, ao lado da vitória por 14-0 contra o Leça, no Campeonato de 1941/42.
Clube de Alvalade foi derrotado em casa do rival nortenho na primeira partida de sempre entre os dois emblemas na prova rainha
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No dia 16 de abril de 1944, Porto e Sporting defrontaram-se, pela primeira vez, na Taça de Portugal (competição que os leões ainda podem vencer em 2024/25). Nessa data, jogou-se a primeira mão dos oitavos de final da prova rainha da época 1943/44. No Estádio do Lima, em Covelo, no Porto – à data, a “casa” dos azuis e brancos – os dragões venceram por 2-0, com golos de Correia Dias, aos 61 minutos, e de Pinga, aos 64, e colocaram-se em vantagem na eliminatória.
O treinador do Sporting, Joseph Szabo, fez alinhar de início os seguintes jogadores Azevedo (Guarda-redes), Octávio Barrosa, Álvaro Cardoso, Carlos Canário, Eliseu, Manecas, Fernando Peyroteo, Narciso João Cruz, Jesus Correia e Albano.
Por outro lado, o emblema azul e branco, que era treinado pelo técnico húngaro Lippo Hertzka, atuou com o seguinte onze titular: Barrigana (Guarda-redes), Guilhar, Alfredo Pais, Sarrea, Maiato, Álvaro, Faria, Lourenço, Araújo, Pinga e Correia Dias.
A primeira parte do encontro - arbitrado por José Lira, da Associação de Futebol de Braga - não teve golos. As redes só abanaram na segunda metade do desafio e, no período de três minutos, o Porto conseguiu dois remates certeiros. Aos 61 minutos, o avançado Correia Dias fez o primeiro tento e, aos 64, foi a vez do madeirense Pinga bater o guarda-redes dos leões Azevedo.
Uma semana depois, as duas equipas voltaram a defrontar-se, no jogo da segunda mão. No recinto dos verdes e brancos, no Lumiar, registou-se um empate 3-3 e o Porto apurou-se para os quartos de final da Taça de Portugal, com um resultado agregado de 5-3. Na fase seguinte da competição, os dragões viram a ser eliminados pelo Estoril, numa edição da prova conquistada pelo Benfica.
Apesar da precoce eliminação da Taça de Portugal, a temporada 1943/44 foi positiva para o Sporting. Nessa época, o Clube de Alvalade sagrou-se campeão nacional, com o registo de 14 vitórias, três empates e apenas uma derrota, que se traduziram num total de 31 pontos - na altura, os triunfos eram premiados com dois pontos. A equipa leonina teve também o segundo melhor ataque da competição, com 61 remates certeiros, e a melhor defesa, com 22 golos sofridos. Nessa edição do campeonato, os verdes e brancos venceram o Porto por duas vezes (2-0, em casa, e 3-1, fora) e ainda levaram a melhor no dérbi frente ao Benfica, triunfando por 1-0, no Lumiar.
Já no Campeonato de Lisboa, os leões terminaram no terceiro lugar da classificação, com 22 pontos - menos quatro do que o Benfica e menos seis do que o vencedor Belenenses. O Sporting venceu cinco partidas, empatou duas e perdeu três, tendo marcado 28 golos e sofrido 24.
Clube de Alvalade esteve a perder por dois golos, mas conseguiu a reviravolta e garantiu um lugar no encontro decisivo da prova rainha
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No dia 16 de abril de 2008, o Sporting recebeu e venceu o Benfica, por 5-3, em jogo a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Num dérbi de loucos, os golos dos verdes e brancos foram apontados por Yannick Djaló (68’ e 84’), Liedson (76’), Derlei (79’) e Simon Vukcevic (90+3’). Rui Costa (19’), Nuno Gomes (31’) e Cristián Rodríguez (82’) fizeram os tentos das ágias.
Paulo Bento optou por alinhar com Rui Patrício (GR), Abel Ferreira, Tonel, Leandro Grimi, Adrien Silva (35’), Miguel Veloso, Leandro Romagnoli (61’), João Moutinho - que recentemente ouviu das boas em Alvalade -, Yannick Djaló (86’), Liedson e Simon Vukcevic. Marat Izmailov (35’), Derlei (61’) e Gladstone (86’) entraram no decorrer do Sporting – Benfica.
Por sua vez, Fernando Chalana, então técnico dos encarnados, escolheu Quim (GR), Maxi Pereira, Nélson, Luisão, Léo, Petit (85’), Kostas Katsouranis, Rui Costa, Ángel Di María (66’), Cristián Rodríguez e Nuno Gomes. Laszlo Sepsi (66’) e Óscar Cardozo (85’) foram opção nos segundos 45 minutos do dérbi eterno.
Aos 19 minutos, Ángel Di María assistiu Rui Costa, que, na cara de Rui Patrício, disparou para o fundo das redes, inaugurando o marcador. Pouco depois, aos 31 minutos, Nuno Gomes ampliou a vantagem do Benfica, depois de um cruzamento quase perfeito de Léo para o antigo avançado do Clube da Luz.
Contudo, a resposta do Sporting surgiu no segundo tempo. Aos 68 minutos, Yannick Djaló reduziu para os verdes e brancos, depois de cruzamento de Simon Vukcevic. Aos 76 minutos, Liedson empatou o dérbi eterno, levando à loucura os adeptos presentes no Estádio José Alvalade.
Nos últimos minutos da partida, a turma de Paulo Bento acabaria mesmo por levar a melhor sobre o Benfica. Aos 79’, Derlei fez o 3-2, mas a resposta dos encarnados surgiu por intermédio de Cristián Rodríguez (82’). Por fim, Yannick Djaló (84’) e Simon Vukcevic (90+3’) consumaram o triunfo verde e branco.
Com esta vitória, o Sporting garantiu um lugar na final da Taça de Portugal, onde defrontou o Porto. Num jogo também ele épico, o herói acabou por ser Rodrigo Tiuí, que, no prolongamento, marcou dois golos diante dos azuis e brancos, selando o triunfo do Clube de Alvalade na prova rainha.
Confira os golos do Sporting 5 - 3 Benfica:
Verdes e brancos não conseguiram triunfar frente aos dragões e complicaram a tarefa na prova rainha, tendo missão complicada pela frente
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No dia 15 de abril de 1945, o Sporting recebeu o Porto em jogo relativo à primeira mão dos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Num encontro sem golos, o Clube de Alvalade foi superior, mas não conseguiu concretizar a superioridade, com o clássico acabar sem qualquer finalização certeira.
O Sporting, orientado pelo técnico português Joaquim Ferreira, alinhou no clássico da Taça de Portugal diante do Porto com o seguinte 11 inicial: Azevedo (GR), Octávio Barrosa, Álvaro Cardoso, António Lourenço, Veríssimo, Manecas, António Marques, João Cruz, Jesus Correia, Fernando Peyroteo e Albano.
No que ao Porto, orientado pelo treinador húngaro Lippo Hertzka, concerne, os azuis e brancos alinharam frente ao Sporting com Barrigana, Guilhar, Romão, Nano, Octaviano, Camilo, Catolino, Araújo, Pinga, Gomes da Costa e Lourenço.
Após o empate a zero na primeira mão da Taça de Portugal, o Sporting foi vencer ao reduto do Porto, por 4-1, com golos de Fernando Peyroteo (6’ e 75’) e Albano (55’ e 68’), e garantiu um lugar nos quartos-de-final da prova rainha, onde defrontou a equipa da União Desportiva Oliveirense.
Nesta temporada, o conjunto de Joaquim Ferreira haveria mesmo de vencer a Taça de Portugal. Para lá do Porto, o Sporting bateu a Oliveirense (12-2, no conjunto das duas mãos dos quartos), o Benfica (5-4, nas meias-finais) e Olhanense, na final, por 1-0, com finalização de Jesus Correia, aos 86 minutos.
No que ao Campeonato Nacional diz respeito, o Sporting terminou no terceiro lugar, com 27 pontos, em igualdade pontual com o Belenenses, mas com desvantagem no confronto direto. O Benfica, com 30 pontos em 18 partidas, conquistou o título, enquanto o Porto ficou no quarto lugar, com 20 pontos.
No capítulo individual, o destaque do Sporting foi Fernando Peyroteo, com 19 golos nos 15 encontros disputados. Recorde os registos da lenda do Clube de Alvalade. Francisco Rodrigues, do Vitória de Setúbal, foi o melhor artilheiro da prova, com 21 finalizações certeiras em 17 partidas, enquanto Catolino, do Porto, fechou no lugar mais baixo do pódio.