SAÍDA DE AMORIM DO SPORTING? “UMA INEVITABILIDADE”, MAS IMPRENSA NÃO VÊ "MACHADADA" PARA VARANDAS
Comunicação social acredita na eventual saída do técnico de Alvalade, mas defende que este não será um "fim de ciclo" nos na Era do atual Presidente
Redação Leonino
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12 de Abril 2024, 11:01
Frederico Varandas, Rúben Amorim, Sporting, Exclusivo Leonino

Desde que começou a treinar o Sporting, na época de 2019/20, Rúben Amorim tem vindo a dar muitas alegrias ao clube de Alvalade, mas a sua qualidade não se fica por território nacional, e o técnico português já suscita interesse em grandes clubes internacionais. Eduardo Dâmaso, responsável do Correio da Manhã, comentou a eventual saída de Rúben Amorim do Sporting.

“A saída de Amorim parece ser uma inevitabilidade, ditada, desde logo, por um critério de racionalidade na gestão da sua própria carreira”, declara Dâmaso, diretor geral editorial adjunto do órgão de comunicação, detentor do jornal desportivo ‘Record’, prosseguindo: “Se for campeão, o treinador do Sporting tem uma nova e irresistível chance de sair em alta, pela porta grande e para um projeto aliciante, seja o Liverpool ou outro grande clube europeu”.

Na corrida por Amorim, destaca-se o Liverpool, em busca de um substituto para Jürgen Klopp, que estará de saída do emblema britânico no final da corrente época desportiva. Eduardo Dâmaso desfaz-se em elogios ao treinador dos leões, mas sem deixar de destacar que há ainda trabalho por realizar até ao final da presente época.

“Rúben Amorim é um dos maiores trunfos da gestão de Frederico Varandas. Criou uma equipa ganhadora, valorizou jogadores com inegável vantagem para os cofres do clube, recolocou o Sporting num caminho desportivo de primeira grandeza, onde não só vence como joga um futebol de primeira água. Tem ainda de ser campeão, é certo, e faltam jogos muito difíceis, que vão ser jogados, dentro e fora do relvado, com um misto de ansiedade e ímpeto ganhador”, admitiu o diretor geral editorial adjunto do CM.

“A eventual saída de Rúben Amorim pode ser complicada e difícil de preencher, mas não é uma machadada no projeto do Sporting e em tudo o que ele simboliza”, prossegue Dâmaso, elogiando, de seguida, a gestão que Frederico Varandas tem vindo a protagonizar com ajuda do trunfo leonino: “Ele é o resultado de uma gestão e de uma pacificação que tem vindo a produzir inequívocos resultados”, concluiu.

De resto, o responsável lança-se na justificação do ponto de vista defendido: “Se Amorim sair o Sporting perde um dos seus pilares mas não significa, necessariamente, o fim de um ciclo. Para lá de Amorim, a gestão de Frederico Varandas e da sua equipa tem sido, em si, um enorme ativo, tanto no plano das contas e da saúde financeira do clube , como no que representa de uma viragem de página no futebol português”.

O diretor editorial defende que o futebol não tem de ser aquilo que se retrata dele tantas vezes, e que está a começar a percorrer-se um caminho para alterar as coisas: “O Sporting tem sido o pivot de uma necessária mudança de ciclo, num tempo em que se vão apagando velhas lideranças, velhos métodos de controlo e de vitórias nos bastidores. Varandas tem conseguido demonstrar que é possível ganhar e perder com honra. Que é possível reconduzir o futebol e a sua gestão à essência de uma certa pureza original, dando espaço à comunidade de jogadores, técnicos, adeptos e simpatizantes, ao diálogo institucional entre rivais e à eliminação da lógica tribal que tem dominando excessivamente no futebol”, terminou.

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