Sempre me interessei pelo ciclismo e há mais de 30 anos que apoio esta modalidade em Portugal.

A última das vezes foi o apoio ao Sporting Clube de Portugal – Tavira. E que todos os anos acompanhava algumas das provas efetuadas pela equipa do Sporting – Tavira, na presença do seu presidente e responsáveis pelo ciclismo do Sporting.

Onde muitas das vezes, o Presidente do Sporting de Tavira, que era o Marcelino, e outros intervenientes do Sporting, havia muitas queixas e rumores de que alguns ciclistas do FC Porto chegavam ao final das etapas sem qualquer tipo de problema físico e não apresentavam cansaço, o que o Sr. Marcelino, à minha frente, muitas vezes me disse: “isto não pode ser!”.

Já tinha feito diversas queixas aos departamentos portugueses responsáveis pelo ciclismo, mas que nunca lhe deram qualquer tipo de resolução para a verdade desportiva da modalidade. O que é lamentável. Não só no ciclismo, como, em minha opinião, em algumas das demais modalidades. Aliás, o jogador Walter Casagrande (futebol) ainda aqui há uns dias fez uma publicação onde veio a confirmar situações anómalas e perigosas no desporto.

Foram necessárias equipas portuguesas de ciclismo irem para outras provas internacionais, onde a UCI – União Ciclismo Internacional – veio a detetar, de acordo com as notícias publicadas hoje na imprensa desportiva, anomalias no passaporte biológico de Raúl Alarcón (uso de métodos e/ou substâncias proibidas): “doping” no ciclismo.

Amigo Marcelino: a razão estava do seu lado! Os meus parabéns a si, aos ciclistas que estavam no Sporting, assim como a toda a equipa técnica e responsáveis da época pelo departamento de ciclismo do Sporting Clube de Portugal.

O Sporting deveria ter sido vencedor da Volta a Portugal, tudo seria diferente e haveria respeito desportivo, coisa que infelizmente ainda hoje não existe.

Será que ainda hoje não poderia haver ciclismo no Sporting de Tavira, se a verdade desportiva tivesse existido?