Na solarenga tarde de ontem, deve-se, em primeiro lugar, ressaltar que o jogo foi histórico. Isto porque marcou o fim da obrigatoriedade de apresentação de Certificado Digital e comprovativo de realização de teste COVID-19 com resultado negativo para se entrar no Estádio. Esperemos que seja para se manter, sinal de que estes dois anos de pandemia estarão definitivamente ultrapassados. Quanto ao jogo, na ressaca do jogo para a Champions, Neto e Ugarte foram os escolhidos para substituir Coates e Palhinha, vítimas disciplinares do jogo do Dragão. A primeira parte foi complicada para o Sporting, onde não conseguia romper a boa organização defensiva do Estoril. No entanto, ao minuto 40, Pedro Gonçalves aproveitou bem uma fífia do guarda-redes adversário para marcar. Esperemos que seja um tónico para “Pote” pois tem andado bastante desinspirado, desde o início de 2022. O momento decisivo do jogo ocorre na segunda parte, quando Raul Silva, recém-entrado, tem uma entrada violenta e descuidada sobre Porro, acabando a ser expulso, mas só por indicação do vídeo-arbitro. A partir daqui a muralha canarinha ruiu, espaços abriram-se e Matheus Reis, após assistência sublime de Paulinho, amplia para o 2-0. Cinco minutos depois, Sarabia encerrou a contagem com um golaço e que ficará de fora, na Madeira, no próximo sábado, frente ao Marítimo. Tendo em conta o que se viu ontem em Moreira de Cónegos, todos os cuidados serão poucos, pois parece que o “Sistema” já tem o seu preferido para este ano…

Se ontem deu para sair de Alvalade satisfeito, do jogo da passada quarta-feira não se pôde dizer o mesmo. Com efeito, o jogo com o City foi um desastre quer no resultado, quer na exibição.  Sendo o líder da Premier League uma equipa de Top, o City também não é imbatível, como se comprovou este fim de semana, com a sua derrota caseira frente ao Tottenham. Competia ao Sporting aceitar com humildade a superioridade do City, compensando as diferenças com coesão, atitude e concentração, mas tal não aconteceu, pagando caro por isso. O Sporting entrou aberto, displicente, sem qualquer agressividade, não fazendo faltas para parar as investidas dos ingleses. Pasme-se que os ingleses totalizaram 16 faltas cometidas, contra apenas 9 dos leões.  Para não falar que jogou demasiado aberto, o que contra jogadores com a classe de Bernardo Silva, Kevin de Bruyne, Sterling, etc, é um autêntico “suicídio”. Para além dos cinco golos sofridos, ficou ainda patente a inoperância ofensiva do Sporting, ao não ter nenhuma oportunidade de golo, nem sequer um remate enquadrado. Responsabilidades, pois, para a equipa e para Ruben Amorim, que soma a sua segunda goleada europeia esta época, sendo que igualou o recorde da pior derrota europeia de sempre, também nuns oitavos de final da Champions. Note o leitor que, tal como a esmagadora maioria dos Sportinguistas, gostaria que Ruben Amorim se mantivesse por muitos e bons anos em Alvalade, mas tal não deve ser impeditivo de analisar de forma fria e objetiva dos factos, tal como eles são. Iludirmo-nos ou “meter a cabeça na areia” é o pior que podemos fazer na vida e no desporto. Que se entenda os minutos finais dos Sportinguistas como um alento para a redenção no próximo jogo, mas nunca como desculpabilização ou normalização de resultados indignos do Sporting Clube de Portugal.

Nesta quarta-feira, dia 23, pelas 21:30 na Sporting TV, teremos o debate entre os três candidatos as eleições no Sporting que ocorrerão no próximo dia 5 de março. Espera-se, pois, que o debate ocorra com a urbanidade e educação que o Sporting merece e sejam expostas as diferentes propostas e visões para a gestão do Clube. O Leonino, jornal online que se rege pela independência e imparcialidade, abriu as portas às listas concorrentes, para que possam dar a conhecer as suas ideias e esclarecer os Sportinguistas. Assim, “a bola” está do lado das candidaturas. Por cá, como sempre, estaremos para informar e difundir o pulsar do mundo Sportinguista.

Diretor Leonino