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Futebol
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A Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) avançou com uma queixa contra João Pereira, aquando da oficialização como novo treinador do Sporting. Após a derrota dos leões diante do Santa Clara, com uma exibição terrível e pouco competente de Cláudio Pereira, Dias Ferreira, antigo dirigente dos leões fala de um acordo entre a organização e a arbitragem para fazer cair o Clube de Alvalade.
"Já esperava que isto acontecesse. Já tinha percebido até em Braga o que se ia passar. Acabaram por ser contra o Santa Clara dois penáltis que não foram marcados para o Sporting. O Sporting teve alguns azares, como as lesões de Pote e Nuno Santos, jogadores que fazem obviamente falta, e a mudança de treinador, portanto já se sabia que iriam aproveitar esta situação", disse, ao jornal Record.
"Já esperava que isto acontecesse pelo que preparavam contra o Sporting. Viu-se logo em Braga e agora não me admirei nada que fosse logo a arbitragem a exercer a sua atividade que gosta tanto, para se juntar à ANTF, e atacar o Clube. Nada para espantar. É como sempre...", revelou, admitindo a existência de um 'acordo' para prejudicar os leões.
"Eles queriam era que João Pereira começasse a falar contra a arbitragem para estabelecer um contraste com Ruben Amorim. Mas, felizmente, não se deixou cair nisso e muito bem", reiterou, antes de deixar garantias para os próximos encontros do Clube de Alvalade.
"Temos equipa para vencer os jogos, não podemos de maneira alguma pensar que a mudança de treinador provocou isto. Agora, há que encarar isto e que a massa associativa tenha a sensatez necessária para se unir cada vez mais, porque agora é que é preciso unidade. Não é nos momentos de vitórias que temos de estar todos unidos. É sobretudo num momento destes em que já se percebeu que temos de ultrapassar aquilo que habitualmente se passa, que é o ataque da arbitragem e da ANTF", terminou.
Antigo diretor de comunicação do Clube de Alvalade fala "má interpretação" do que foi dito e que críticas a pilar dos leões não têm cabimento
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Nuno Saraiva defende Rui Borges e refere que o treinador do Sporting foi “mal interpretado” nas considerações que fez sobre o Vitória de Guimarães. De resto, o ex-diretor de comunicação dos leões diz não entender as críticas que foram dirigidas ao timoneiro do Clube de Alvalade.
"Devo dizer que o Rui Borges foi mesmo mal interpretado"
"Devo dizer que o Rui Borges foi mesmo mal interpretado. Acho que somos, de facto, um país de escritores de novela, de realizadores de cinema, de ficcionistas”, frisou. "Gostamos muito de ver muitas vezes ficção onde ela não existe”, sustentou o sportinguista, em declarações no canal V+.
"Toda a gente sabe aquilo que o Rui Borges quis dizer"
Por outro lado, Nuno Saraiva relatou que “toda a gente sabe aquilo que o Rui Borges quis dizer e que toda a gente que seja minimamente séria na análise, percebe que o que Rui Borges disse é que o Vitória de Guimarães tem jogadores tão competitivos que querem estar sempre nos grandes jogos”, esclareceu.
Por outro lado, diz que “o comunicado do Vitória até tem uma certa ironia”. Contudo, “só não conhecendo o Rui Borges, não conhecendo aquilo que é o seu perfil, a sua capacidade de análise, a sua relação com os seus antigos jogadores e com os seus antigos clubes é que se pode ver maldade naquilo que ele disse”.
Assim, Nuno Saraiva refere que os comentários às palavras do treinador do Sporting não têm qualquer cabimento: “O Rui Borges tem muito respeito pelo Vitória, tem muita gratidão e muito respeito pelos jogadores do Vitória”, concluiu sobre o tema. Na preparação para o encontro, Rui Borges teve novidades sobre condição física de Hidemasa Morita.
Advogado e sportinguista convicto escreveu uma crónica de reflexão sobre a transformação do Clube de Alvalade, destacando a quebra de um ciclo de inferioridade
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Carlos Barbosa da Cruz assinou esta, segunda-feira, mais um artigo de opinião, onde traça um retrato das mudanças profundas no Sporting nos últimos anos. Escrevendo antes do jogo decisivo frente ao Vitória de Guimarães, o advogado garantiu que o seu testemunho é válido “independentemente de qual seja o resultado”, mostrando-se confiante na vitória e lembra os altos e baixos da temporada.
Com um olhar experiente de quem viveu longos períodos de jejum, Barbosa da Cruz lembra o passado difícil do clube: “Faço parte daquela geração de sportinguistas da intermitência, ou seja, dos que tiveram de percorrer o caminho das agruras de abstinência durante dois longos e penosos períodos de dezoito anos”, pode ler-se no jornal Record.
“Nos momentos decisivos, normalmente o Sporting falhava"
Durante esses anos, o Sporting, na sua ótica, desenvolveu “alguma cultura de inferioridade”, muito por culpa de fatores externos, mas também por uma fragilidade emocional que impedia a equipa de triunfar nos momentos mais importantes: “Nos momentos decisivos, normalmente o Sporting falhava, acrescente-se, as mais das vezes, induzido por fatores externos que ajudavam à desestabilização.”
A crítica vai ainda mais fundo: "Esse síndroma do medo de triunfar causava na equipa e nos adeptos compreensível frustração, porque havia sempre alguma coisa que se interpunha entre o Sporting e o sucesso, a ponto de se instalar, com permanência, um déficit de ambição, mais conhecido pelo atraso que assentava arraiais em Alvalade, por alturas do Natal."
Contudo, o autor reconhece uma clara mudança de paradigma no clube, particularmente nesta época. Para Barbosa da Cruz, o Sporting de hoje é mais maduro, mais ambicioso e mais preparado para vencer: “Este último ano, porém, veio revelar uma atitude diferente e uma relação com o sucesso totalmente transfigurada. O Sporting responde quando é preciso, não se inferioriza, não se enerva, não abana e trocou o discurso de vitimização pelo discurso de ambição.”
Mesmo perante adversidades, desde lesões a polémicas e campanhas externas, o clube manteve-se firme e coeso: “Todas as adversidades que podiam acontecer, aconteceram, numa cadência assustadora que desencorajaria qualquer um, mas que se foram superando com muita abnegação e pragmatismo.”
A crónica termina com um aviso aos críticos e uma mensagem de confiança para os adeptos leoninos: "Novo ventos de mudança sopram, e estão de feição para os de Alvalade; penso que agora os adeptos do Sporting perceberão a razão profunda de haver tanta gente que não gosta de Frederico Varandas. A equipa leonina já se encontra em preparações para o duelo no Estádio de Alvalade, apontado para as 18h.
Jornalista do Record deixa muitos elogios a um dos jogadores mais influentes da equipa verde e branca e destaca as suas qualidades
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Maxi Araújo é um dos jogadores em maior destaque na equipa do Sporting. Contratado ao Toluca, no passado mercado de verão, o internacional uruguaio é um dos jogadores mais utilizados do plantel leonino, tendo já participado em 44 jogos. Rui Dias, jornalista do Record, deixa muitos elogios ao “camisola 20” e diz que o atleta “ainda não atingiu o máximo” das suas capacidades.
“Começa por ser um jogador apetecível, um multifuncional sempre procurado pelos treinadores, mas é tão eficaz, fiável e até brilhante que constitui mais-valia em cada função específica. Ruben Amorim chegou a utilizá-lo como avançado, Rui Borges começou por pensar nele como defesa, mas acabou por consolidar-se como ala, função na qual se tem notabilizado”, começa por referir Rui Dias, num artigo de opinião publicado no jornal Record.
"Desarma, conduz e executa com clareza espantosa, principalmente junto à grande área"
O jornalista destaca as qualidades futebolísticas de Maxi Araújo - que é um dos jogadores mais rentáveis do futebol europeu: “A tensão que põe no jogo não afeta a precisão dos gestos; a contundência nos duelos não interfere na refinada técnica individual; a dinâmica e intensidade nas intervenções nunca ficam órfãs da inteligência. No vaivém pelo flanco, que repete vezes sem conta em hora e meia, Maxi diversifica o reportório. Desarma, conduz e executa com clareza espantosa, principalmente junto à grande área, prova de que a aparente leveza dos gestos largos, mais indefinidos e nem sempre minuciosos, se transforma em ações seguras e executadas com sentido prático”.
Rui Dias considera ainda que Maxi Araújo “ainda não atingiu o máximo que tem para oferecer ao Sporting”: “Já mostrou qualidades, consolidou estilo, perspetivou o desenvolvimento e confirmou um destino para o resto da carreira. Mas ainda não bateu no topo da escala, mesmo partindo do princípio de que o essencial para chegar tão alto já lá está: joga curto e longo; leva a bola em drible ou prossegue o caminho atropelando quem lhe surge pela frente”.
A terminar, o jornalista aponta à continuidade da evolução de Maxi Araújo, nos próximos anos: “Aos 25 anos, demorou a adaptar o conceito futebolístico e a sua própria natureza pessoal aos padrões estéticos e competitivos do futebol europeu. Internacional uruguaio, uma das paixões de Marcelo Bielsa na seleção celeste, beneficiou dos conselhos e ensinamentos que os seus treinadores lhe transmitiram em Alvalade – Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges. O enquadramento foi dimensionado pela abertura para continuar a aprender e fortalecer-se como futebolista, cumprindo o objetivo de apetrechar-se com armas para voar cada vez mais alto […]. O futuro será o que ele quiser”.