
Miguel Sousa Tavares mostrou-se escandalizado com a dualidade de critérios do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), tendo em conta o caso dos vouchers oferecidos pelo Benfica – entretanto arquivado – e o processo Influencer, situação que levou à renúncia de António Costa, ex-Primeiro Ministro.
“O mesmo DCIAP de Lisboa, num caso semelhante como são os vouchers do Benfica, que andou a investigar durante sete ou oito anos, declarou que, o Benfica, ao dar aos árbitros e delegados, um kit que compreendia refeições, bilhetes para jogos e tudo, não havia nenhum tráfico de influências”, começou por dizer, ao Expresso.
“Mas aqui (situação de António Costa, ex-Primeiro Ministro) já considera que há vários indícios de tráfico de influências e corrupção. Gostava de saber que a mesma situação, mas neste caso com ofertas a árbitros e delegados, não constitui tráfico de influências”, acrescentou.
“Já no caso Influencer, o Ministério Público considera que há fortíssimos indícios, não só de tráfico de influências, mas de corrupção. Por aqui já vemos como… enfim… a conclusão que tiro é que mais vale ser adepto do Benfica do que ser governante, para efeitos processuais”, terminou.
Vale lembrar que, segundo informação disponibilizada pela CMTV, os encarnados abriram mão, durante três épocas, de qualquer coisa como 13.970,08 euros, distribuídos entre 11 delegados da Liga Portugal e 43 árbitros (principais e assistentes), entre eles nomes bem conhecidos como Luís Godinho, Bruno Paixão, Duarte Gomes, Hélder Malheiro e Nuno Almeida, o maior beneficiário.










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