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Competições
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Quase dez anos depois do último título nacional, o basquetebol masculino do Sporting preparava-se, na época de 1968/69, para voltar à glória. Desde o triunfo no Campeonato Nacional de 1959/60, apenas troféus regionais tinham preenchido a vitrine verde e branca e, apesar de contar com talentos reconhecidos como António Encarnação, Carlos Sousa, José Augusto, José Valente, Manuel Sobreiro, Fernando Monteiro e Zé Mário, os leões tinham falhado, por escassas margens, o Campeonato Metropolitano em três das quatro temporadas anteriores.
O arranque da nova época foi promissor e dominador: o Sporting varreu por completo o Campeonato de Lisboa, vencendo os 14 jogos e apresentando um saldo pontual esmagador. A clara superioridade regional confirmou-se a nível nacional com a conquista antecipada do Campeonato Metropolitano, selada a três jornadas do fim.
A única derrota surgiu na penúltima jornada, frente ao Barreirense, num ambiente hostil e marcado por uma arbitragem permissiva que favoreceu a equipa da casa. Apesar desse tropeço, a qualidade do conjunto orientado por Hermínio Barreto era inquestionável.
Mas o título nacional exigia ainda mais. A derradeira fase do Campeonato Nacional reunia os dois melhores do continente, Sporting e Académica, e os campeões de Angola e Moçambique, o Sporting de Luanda e o Desportivo de Lourenço Marques, respetivamente.
Os jogos decorreram no Pavilhão da Ajuda, entre 11 e 17 de abril de 1969, num modelo de 'todos-contra-todos' em duas voltas. A primeira metade da competição foi praticamente irrepreensível: três vitórias, incluindo uma frente à Académica (64-62), que colocaram os leões em vantagem.
Contudo, a derrota na segunda volta frente aos 'estudantes' de Coimbra (70-67), depois de um início promissor, expôs um erro comum no desporto: o excesso de confiança. Após liderarem por 11 pontos, os leões desorganizaram-se, caíram no individualismo e permitiram a reviravolta. Foi uma lição dura, mas essencial. No jogo decisivo contra o Desportivo de Lourenço Marques, o Sporting respondeu com maturidade, vencendo com autoridade por 74-45, impulsionado por uma exibição magistral de José Valente.
O derradeiro embate com o Sporting de Luanda serviu apenas para confirmar o que já se adivinhava: os 'Doze Magníficos' do basquetebol leonino estavam de volta ao topo. O 4.º Campeonato Nacional da história do Clube foi celebrado num Pavilhão da Ajuda repleto de entusiasmo Sportinguista, encerrando com chave de ouro uma temporada marcada por superação, talento e espírito coletivo.
Equipa verde e branca dá continuidade a um ciclo de triunfos, ainda que o campeonato tenha sido feito de altos e baixos e discutido até ao fim
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Na temporada 1993/94, o ténis de mesa masculino do Sporting entrava em campo com o legado e o orgulho nas conquistas recentes. Nove Campeonatos Nacionais e nove Taças de Portugal consecutivos sustentavam a aura de invencibilidade da equipa leonina e o núcleo duro mantinha-se intacto, com um trio de elite composto por Pedro Miguel, líder indiscutível do ranking nacional, o experiente Chen Shi Chao e ainda Rogério Alfar. A estes juntava-se, ainda, o jovem prodígio Tiago Rocha, número um do ranking júnior.
Apesar da qualidade inegável, os tempos de vitórias esmagadoras e de campeonatos sem um único set perdido começavam a dissipar-se, prova do aumento da concorrência. Clubes como o Estrela da Amadora, o Casa Pia, o Sporting das Caldas e, com especial destaque, o São Roque tinham reforçado os seus planteis, enquanto que o outrora temível Benfica, agora longe da glória, lutava simplesmente pela permanência na divisão principal.
O Sporting arrancou o campeonato como se previa: a vencer. A goleada por 4-0 ao Benfica foi apenas o primeiro aviso, contudo, os primeiros sinais de desafio surgiram na deslocação às Caldas da Rainha. Aí, o russo naturalizado português Edouard Maiorov, figura de referência entre os estrangeiros no circuito nacional, conseguiu triunfar sobre Pedro Miguel e Chen Shi Chao. Ainda assim, a consistência coletiva dos leões garantiu o 4-2 final.
A seguir, triunfos igualmente exigentes contra o Casa Pia (reforçado pelo chinês Lisheng) e o São Martinho do Porto (que contava com o russo Alexei Sorokin) também terminaram com vitórias leoninas por 4-2. O São Roque, por outro lado, liderava, fruto de vitórias mais limpas e de menor cedência de pontos.
A 9.ª jornada colocava frente a frente os dois principais candidatos ao título. No reduto madeirense, perante uma moldura humana vibrante, o São Roque impôs-se com autoridade e venceu por 4-1. Apenas Chen Shi Chao conseguiu vencer, frente a Alexandre Gomes, perdendo depois para o russo Serguei Efinov. O momento-chave foi o duelo entre Pedro Miguel e Artur Silva, com este último a vencer e a selar a superioridade insular. A derrota comprometia seriamente a defesa do título leonino.
Com o orgulho ferido, o Sporting respondeu como campeão e não mais perdeu uma única partida no campeonato. Um dos momentos determinantes foi a vitória sobre o Estrela da Amadora, onde Chen Shi Chao brilhou com exibições irrepreensíveis. Entretanto, o São Roque, até então firme, começou a vacilar: derrotas com o Ginásio Valbom (10.ª jornada), Estrela da Amadora (12.ª) e mais tarde com o Casa Pia (18.ª) abriram caminho ao regresso do Sporting à dianteira.
O campeonato ficaria resolvido em Alvalade, a 16 de abril de 1994, perante uma sala completamente cheia, na penúltima jornada (20.ª), num duelo direto que poderia sagrar os leões campeões, bastando um triunfo por qualquer margem. Chen Shi Chao inaugurou o marcador com um triunfo sobre Alexandre Gomes. O São Roque empatou por via de Efinov, que bateu Rogério Alfar após um confronto renhido. Mas Pedro Miguel colocou de novo o Sporting em vantagem ao vencer Artur Silva.
O jogo de pares revelou-se um verdadeiro teste de nervos, mas acabou por cair para o lado verde e branco. Com o marcador em 3-1, bastava mais um ponto. E ele chegou através de uma partida memorável entre Chao e Efinov, marcada por trocas de bola espetaculares e incerteza até ao fim. Chao venceu por 2-1, consumando a vingança do resultado da primeira volta e, mais importante ainda, garantindo virtualmente o título.
Mesmo que os sets não viessem a ter influência direta na classificação final, o Sporting não deu margem de dúvida: terminou com apenas uma derrota, contra quatro do São Roque, que acabou mesmo por ser ultrapassado pelo Casa Pia (com três derrotas). O 10.º Campeonato Nacional consecutivo e 22.º da história do clube foi selado oficialmente a 8 de junho, com um tranquilo 4-0 ao Estrela da Amadora, numa jornada em atraso que serviu apenas para celebrar.
Turma verde e branca demonstra, mais uma vez, superioridade, ao acrescentar um novo título nacional ao palmarés, diante do eterno rival
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A história de sucesso da temporada de 1959/60 da equipa de basquetebol do Sporting teve um início nada ideal. A mesma começou com um amargo de boca quando o Clube de Alvalade falhou a conquista de um tão desejado penta no Campeonato de Lisboa, onde as nove vitórias em 14 jogos não foram suficientes para levantar o troféu.
Para fazer uma revolução no plantel, o Sporting viu sair o jogador António Feu e deu entrada a vários jogadores. Estes passaram a jogar de leão ao peito juntamente com aqueles que eram considerados os mais fundamentais do plantel: Abílio Ascenso, Alberto de Sousa, Armando Garranha, Hermínio Barreto, José Santos e o norte-americano Walter Layne.
O Sporting iniciou o Campeonato de Portugal da melhor forma. António Feu aproveitou uma ida a Lisboa e juntou-se à sua antiga equipa para participar no primeiro jogo. O sorteio ditou que o jogo inaugural da competição fosse contra o eterno rival: o Benfica.
No Pavilhão dos Desportos, a partida foi jogada em condições peculiares: o atual Pavilhão Carlos Lopes necessitava urgentemente de obras, onde chovia para dentro do recinto e o jogo teve mesmo de ser atrasado para a secagem do piso. Quando reunidas as condições, o jogo não começou de feição para a formação Sportinguista, o que veio a mudar na segunda parte, na qual os leões conseguiram uma fantástica recuperação. A partida terminou com um empate a 34 pontos.
Esta prova não foi um passeio para o Clube de Alvalade. O Sporting perdeu o seu segundo jogo do campeonato frente ao campeão em título, a Académica, numa partida fortemente marcada por violência em campo e intimidação das bancadas, como era recorrente em Coimbra. As duas formações ficavam assim nos dois lugares cimeiros da competição em igualdade de pontos.
Na última jornada, a Académica sofreu um deslize, que o Sporting aproveitou da melhor forma, com uma vitória sobre o Belenenses, mas os festejos foram cortados. A Federação Portuguesa de Basquetebol atendeu aos protestos de vários clubes e viu a necessidade de criar uma finalíssima para decidir o campeão.
O jogo da decisão foi então marcado para 16 de abril de 1960, naquela que foi a maior multidão para um evento no Pavilhão dos Desportos e no final quem celebrou foi o Sporting. O Clube de Alvalade venceu a partida por 45-40 e nos 10 minutos finais da partida teve mesmo um impressionante parcial de 13 pontos sem resposta. O Sporting sagrou-se assim Campeão Nacional de basquetebol, mas isso não impediu uma nova tentativa frustrada de protesto de jogo por parte da Académica, que a Federação acabou por rejeitar.
A secção de basquetebol dos leões já conhecia bem o sabor das vitórias, até porque, vale lembrar, o primeiro título verde e branca nesta mesma modalidade remonta à época 1927/1928, altura em que foi celebrada a conquista do Campeonato de Lisboa.
Clube de Alvalade garante conquista do campeonato nacional, num jogo equilibrado contra o rival, e celebra diante dos azuis e brancos
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A caminhada deste período de hegemonia da equipa de ténis de mesa do Sporting chegava à época de 1987/88 já com um tricampeonato por parte da equipa famosa pelo “Trio Maravilha”, composto por Pedro Miguel, João Portela e Nuno Dias. Esta formação, para além do título conquistado, juntou ainda um recorde para a estatística, sendo a primeira equipa sem derrotas em competições internas.
A época de 1988/89 começou com uma alteração na equipa técnica com a entrada do treinador Hélder Araújo para o cargo que era de Óscar Lameira, mas com a permanência do famoso ”Trio”, as expectativas de continuar o domínio nacional eram altas.
Apesar da total hegemonia da equipa do Sporting em solo nacional, o percurso europeu do ténis de mesa leonino não foi o ideal. A formação leonina participou na Taça dos Clubes Campeões Europeus, onde perdeu para os atenienses do Tatavla por 5-3.
Numa competição distribuída por séries, o Sporting ficou na zona Sul do Campeonato Nacional onde mostrou domínio total em todas as partidas com um registo 100% vitorioso, muitas delas pela vantagem máxima de 7-0. Numa série sem grandes complicações, o episódio mais caricato veio na deslocação Sportinguista ao Arrudense de Alhos Vedros, onde Nuno Dias foi suspenso pela secção de ténis de mesa do Clube e não viria a jogar mais o resto da época. Chamados para o substituir, foram dois jovens de grande talento: Diogo Cardeal e Jorge Ferreira
Na fase final, o Sporting, sem surpresas, voltou a vencer todas as partidas que compunham o seu calendário, mas apenas uma das vezes por 7-0. Por ironia dos destinos, as últimas duas jornadas do campeonato foram antecipadas e o último jogo foi contra o Porto. A vitória por 4-3 frente aos azuis e brancos davam o campeonato para a formação Sportinguista e o tão desejado pentacampeonato. Para juntar a este título, o Clube leonino juntou também a conquista da Taça de Portugal numa final disputada em Évora contra o Porto, num jogo que terminou por 3-1 e garantia aos leões a 17.ª conquista desta competição.Até aos dias de hoje, a secção de ténis de mesa liderada por Chen Shi Chao, continua a dar alegrias aos Sportinguistas e a acrescentar títulos ao palmarés do Clube.