Diomande corre riscos quando joga pela Costa do Marfim; Central do Sporting vê adversários em apuros

A seleção da Nigéria viveu momentos de pânico. A equipa africana ficou presa num aeroporto na Líbia por mais de 12 horas, sendo que as duas seleções iam enfrentar-se nesta terça-feira, dia 15 de outubro, em jogo da qualificação para Taça das Nações Africanas (CAN) de 2025. Em protesto contra o que qualificou de “tratamento desumano” recebido em território líbio, as 'Super Águias', anunciaram um boicote ao encontro.

O capitão William Troost-Ekong afirmou que o voo deveria aterrar em Benghazi, local do duelo, mas a rota foi alterada no meio da viagem sem motivo aparente, explicando que a equipa foi rejeitada nos hotéis da região: “Mais de 12 horas num aeroporto na Líbia. O governo líbio negou nossa aterragem em Benghazi sem motivo" ,começou por escrever.

"Eles trancaram os portões do aeroporto e deixaram-nos sem conexão telefónica, comida ou bebida. Tudo para fazer jogos mentais. Como capitão, juntamente com a equipa, decidimos que NÃO jogaremos este jogo”, referiu o jogador no seu perfil na rede social 'X'.

Também Victor Osimhen, que ficou de fora da viagem por conta de uma lesão, não deixou de apoiar os companheiros: “Estou desiludido com o tratamento injusto que os meus irmãos e treinadores enfrentam num aeroporto da Líbia. Ações como esta vão contra o espírito esportivo. Deixo o meu apoio à minha equipe, sei que vão se manter fortes, apesar destes obstáculos. Isto é desumano. Estamos juntos, mais fortes do que nunca”, escreveu em seu Instagram.

Jogadores como Ousmane Diomande (Costa do Marfim) ou Geny Catamo (Moçambique) correm assim grandes riscos quando representam as respetivas seleções. As condições de segurança e de logística no continente africano colocam em causa, muitas vezes, a integridade física dos atletas.

De lembrar que a última edição da CAN que se realizou na Costa do Marfim aconteceu em 2024, quando na verdade era para ter ocorrido em junho e julho de 2023. No entanto, por conta da previsão de fortes chuvas no país marfinense durante o meio do ano, a competição - ganha pelos compatriotas de Ousmane Diomande - havia sido adiada em seis meses. Além do mais, em 2022, durante os oitavos de final entre os Camarões e as Comores, oito pessoas morreram numa debandada às portas do estádio de Olembé, a norte de Yaoundé.

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