Sousa Cintra foi condenado a pagar 70 milhões de euros a Walter Faria, o 17º homem mais rico do Brasil. Em causa está um negócio, que não se chegou a concretizar, entre o empresário brasileiro e a marca de cervejas ‘Cintra’.
Em 2007, o ex-presidente do Sporting comprometeu-se a vender duas fábricas de cerveja a Walter Faria, no valor de 160 milhões de euros. O contrato entre os ambos previa uma multa equivalente a 25 milhões de euros numa eventual desistência. O acordo nunca chegou a ser concretizado, e, por isso, o milionário colocou Cintra em tribunal. Com os juros, Sousa Cintra deve perto de 70 milhões de euros a Walter Faria.
Em 2020, o Supremo Tribunal de Justiça condenou o antigo dirigente leonino a pagar os referidos 70 milhões, mas este não se conformou e recorreu ao Tribunal Constitucional. Dois anos volvidos, o empresário português vai mesmo de ter de pagar a quantia em questão.
José de Sousa Cintra afirma que vai ficar “na ruína” caso seja obrigado a pagar a indeminização, mas a justiça portuguesa refere que isso não invalida que a quantia não seja paga. “Uma eventual ruína do devedor não é causa juridicamente justificativa para que este seja eximido da sua obrigação perante o credor”, escreve o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça.
O empresário português foi presidente do Sporting entre 1989 e 1995. Foi, também, líder da Comissão de Gestão leonina, em 2018, entre o mandato de Bruno de Carvalho e o de Frederico Varandas.
Fotografia de Sporting
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Ana Cabrita
O célebre Sousa Cintra é finalmente condenado no Brasil por actos ilícitos. O mesmo não aconteceu em Portugal quando defraudou mais de 3 mil investidores com a Urbanização do Vale da Telha, no concelho de Aljezur. O Município de Aljezur prevaricou ao conceder a Sousa Cintra um Alvará sem se acautelar com garantias para as infra estruturas do empreendimento. Deu continuidade aos crimes concedidos ao amigalhaço Cintra, enveredando pela especulação imobiliária via abuso de poder e nepotismo. Actualmente esse mesmo Município, apadrinhado pela teia de leis labirínticas, orquestradas e criadas pelos políticos socialistas, continua a querer apoderar-se de uma vasta área com 550 hectares a custo zero. O Estado Português, faz vista grossa a este caos, violando o que está consagrado na Constituição Portuguesa, ou seja o Direito de Propriedade Privada - Artigo 62• . Inadmissível e imperdoável ter o PS favorecido um filiado do partido, autarca condenado a perda de mandato no mega Processo 59203.2TAEVR, que perdurou no tempo cerca de 15 anos, criando propositamente, um lugar dentro do próprio município como "Secretário das Terras do Infante". Tentar inviabilizar a Urbanização por tempo indeterminado só demonstra existir "bagunça" num Estado de Direito...