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Competições
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A temporada de 1976/77 foi histórica para o hóquei em patins do Sporting e o dia 12 de março foi mais um momento marcante dessa época. Na final da Taça de Portugal, diante do Oeiras, os leões triunfaram, por 4-3, com o golo da vitória a surgir já nos minutos finais de uma partida verdadeiramente épica.
A grande figura da partida – que se realizou nos Açores, na ilha de São Miguel – foi Chana, que, com um hat-trick, mostrou-se essencial para a vitória do conjunto de Torcato Ferreira na quarta edição da Taça de Portugal. Todavia, já muito perto do final do encontro, o herói foi mesmo Jorge Costa. O jovem de 19 anos, que se encontrava na primeira temporada nos leões, recebeu um passe fantástico de Chana e atirou para o fundo das redes, apontando o tento que deu a vitória na prova rainha.
Jorge Costa: "Radiante por ter arrancado o golo da vitória"“Entrei muito nervoso, mas estou radiante por ter arrancado o golo da vitória. Fui feliz no remate, após o passe precioso do Chana. Merecemos, sem dúvida, o triunfo”, atirou Jorge Costa (declarações retiradas do Sporting Canal), jovem de 19 anos que foi o herói improvável no segundo triunfo do Sporting na Taça de Portugal.
Nota ainda para um momento infeliz por parte da equipa de Oeiras. Nos segundos finais, Joaquim Carvalho perdeu a cabeça e agrediu, de forma bárbara, Chana, deixando o craque do Sporting em mau estado. O atleta do Oeiras acabaria, naturalmente, por ser expulso pela equipa de arbitragem.
Nesta época, que se revelou histórica para o hóquei em patins do Sporting, a turma orientada por Torcato Ferreira venceu ainda a Liga dos Campeões e o Campeonato Nacional. Recorde o trajeto dos verdes e brancos na temporada 1976/77.
Recorde o percurso da equipa de hóquei em patins do Sporting até ao triunfo na Taça de Portugal de 1976/77:
• Primeira eliminatória: Sporting 23 – 4 Física
• Oitavos-de-final: Sporting 16 – 2 Infante Sagres (eliminatória a duas mãos)
• Quartos-de-final: Sporting 17 – 5 Banco Sotto Mayor (eliminatória a duas mãos)
• Meias-finais: Sporting 14 – 4 Valongo (eliminatória a duas mãos)
• Final: Sporting 4 – 3 Oeiras
Leões deixaram rivais encarnados e azuis e brancos para trás e, no derradeiro encontro, voltaram a triunfar, o que assim aumenta o palmarés do Clube
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O embate com os guarda-redes de ambas as equipas a protagonizarem intervenções decisivas logo nos minutos iniciais. Apesar da forte réplica minhota, foi o Sporting, orientado por Frederico Santos, que assumiu a dianteira, revelando maior consistência nas transições e solidez defensiva. Até ao minuto 18, o jogo manteve-se taco-a-taco, mas os verdes e brancos conseguiram, então, estabelecer uma vantagem de três golos.
Ainda assim, o ABC mostrou resiliência e aproveitou uma fase menos eficaz dos verdes e brancos na finalização para reequilibrar o marcador. A igualdade (13-13) surgiu nos instantes finais da primeira parte, mas Frankis Carol, com frieza, devolveu a vantagem ao Sporting antes do intervalo, com o resultado a ficar-se pelos 14-13.
Após o reatamento, o Sporting entrou com mais intensidade e rapidamente ampliou a vantagem para quatro golos (19-15). A partir daí, o Clube de Avalade não mais cedeu o controlo do jogo. Demonstrando maturidade tática, os leões souberam gerir o ritmo e a pressão até ao apito final e conseguiram uma merecida vitória.
A exibição de Pedro Portela foi absolutamente decisiva: o ponta leonino brilhou com 12 golos em 16 remates, sendo o artilheiro da partida. Frankis Carol também teve uma contribuição importante, com oito tentos. No lado do ABC, David Tavares foi o melhor em campo, somando também oito remates certeiros, esforço que não foi suficiente para travar o ímpeto verde e branco.
Além da qualidade individual, o coletivo do Sporting revelou-se determinante. A atuação coesa da equipa foi reconhecida pelo próprio Portela: "Tenho consciência da ajuda que dei, mas o importante foi mesmo a forma como defendemos e como encarámos este jogo. Correu tudo muito bem, fomos sempre aguerridos e mostramos que estávamos bem preparados para este desafio."
Na hora da consagração, o técnico do Sporting Frederico Santos, à comunicação social, não escondeu o orgulho: "Esta Taça é fruto do trabalho que desenvolvemos ao longo da época. Estamos muito orgulhosos por ter dado mais um troféu aos sportinguistas. Hoje provámos mais uma vez que somos uma equipa muito forte". Já Carlos Resende, treinador do ABC, reconheceu a justiça do resultado: "Hoje não fizemos uma boa partida, nomeadamente no que diz respeito à defesa, onde fomos demasiado permissivos. O Sporting esteve melhor e foi um justo vencedor."
Antes de levantar o troféu, vale lembrar, o Sporting superou adversários de peso. Nos quartos-de-final eliminou o Porto por 25-23, e na meia-final da 'final four' venceu o Benfica, num emocionante 23-22. Neste momento, os leões, agora orientados por Ricardo Costa, estão focados no campeonato e na Liga dos Campeões da modalidade, estando nos quartos-de-final, fase em que irão agora defrontar os franceses do HC Nantes, a 23 e 30 de abril.
*Atualizado a 14 de fevereiro
Lenda do Clube de Alvalade mostrou que a idade é apenas um número, registando mais um recorde que será para sempre recordado
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No dia 9 de abril de 1983, Carlos Lopes - que em 1985 foi Campeão do Mundo - participou na Maratona de Roterdão e o antigo atleta do Sporting não podia ter desejado melhor desempenho. Apesar de não ter vencido a prova, a lenda do Clube de Alvalade ficou com a medalha de prata e completou a prova em 02h08m39s, estabelecendo um novo recorda da Europa.
Após a experiência menos positiva de Carlos Lopes na Maratona de Nova Iorque, em que foi forçado a desistir com cãibras numa altura em que até ia bem posicionado no grupo da frente, a lenda do Sporting não atirou a toalha ao chão e voltou à tentar a sua sorte nesta prova de longa distância.
Numa prova altamente competitiva, os grandes rivais de Carlos Lopes eram Alberto Salazar (americano), Robert de Castella (australiano) e ainda o Rodolfo Gomez (mexicano). Contudo, o histórico do Sporting não se mostrou impressionado e foi com tudo à luta nesta competição bastante concorrida.
No começo da prova, Carlos Lopes conseguiu seguir com o grupo da frente, onde estavam todos os principais favoritos à conquista da Maratona de Roterdão. Todavia, na reta final da competição, a lenda do Sporting ficou apenas com Robert de Castella a fazer-lhe companhia para os quilómetros finais.
No ‘mata mata’, Carlos Lopes acabou por ser batido, ao sprint, pelo australiano, que terminou a prova em 02h08m37s, contra os 02h08m39s da referência do Sporting. Ainda, assim, o antigo atleta do Clube de Alvalade registou um novo recorde da Europa, batendo a marca anterior do neerlandês Gerard Nijboer (02h09m01s).
“Bati-me com os melhores do Mundo e fiz um tempo como pensava. Senti-me melhor que em Nova Iorque, mas julgo que ainda posso fazer muito melhor”, atirou Carlos Lopes, no final da Maratona de Nova Iorque, mostrando-se muito ambicioso quanto às suas hipóteses neste tipo de prova.
Carlos Lopes, nascido a 18 de fevereiro de 1947, em Vilemoinhos, Viseu, é um dos maiores atletas da história do Sporting e, também, de Portugal. A lenda do Clube de Alvalade conquistou 10 campeonatos nacionais de leão ao peito e ajudou os leões a conquistarem sete Taças dos Campeões Europeus de Corta-Mato, competição que ganhou individualmente por três ocasiões.
Emblema verde e branco dá provas mais uma vez do seu domínio, não dando qualquer hipótese aos seus adversários no campeonato nacional
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O Sporting sagrou-se mais uma vez campeão de ténis feminino a 4 de abril de 1992, confirmando o favoritismo que vinha com as vitórias das edições dos anos anterior. A equipa era constituída por Odete Cardoso, Margarida Lopes e Luísa Lopes, que se mantiveram no grupo e já tinham os seus créditos firmados.
Os leões eram detetores, tanto dos campeonatos individuais nacionais como de regionais de individuais masculinos e femininos, ao que acresce ainda o título em pares masculinos, femininos, e mistos. Os verdes e brancos vencera, ainda, os campeonatos individuais absolutos masculino e feminino.
Os verdes e brancos não concederam qualquer partida aos adversários. Para as três leoas, foi relativamente fácil revalidar o título de equipas femininas, sendo mesmo frequente que nas provas individuais constassem nos lugares cimeiros. As leoas bateram as equipas do Porto, Estrela da Amadora e Casa Pia e terminaram todos os jogos com o resultado de 3-0.
Mais uma prova de que domínio leonino evidente é o facto de somente Margarida Lopes ter cedido um set frente à jogadora do Porto Daniela Rute. O triunfo do Sporting foi incontestável e o ténis era mais uma modalidade onde a presença verde e branca nas fases decisivas e nas conquistas dos títulos era avassaladora.
Nesse ano, as leoas juntaram à conquista do campeonato nacional a Taça de Portugal, no final do mês de maio, desse ano de 1992, quando Odete Cardoso, Margarida Lopes e Luísa Lopes bateram primeiro a formação do Estrela da Amadora e na final o Vitória de Setúbal. Ambas as partidas terminaram, novamente, com um resultado de 3-0.
O ténis é uma das modalidade mais praticadas a nível mundial, Portugal não é exceção, embora até ao momento ainda não tenha surgido nenhum nome que alcançasse o estrelato de figuras com Pete Sampras, Roger Federer, Rafael Nadal o Novak Djokovic. Quanto ao Sporting, atualmente perdeu a importância e o domínio na modalidade que teve durante toda a década de 90 - embora no Ténis de Mesa esse impacto se tenha mantido.