Iván Fresneda, lateral do Sporting, tem tido uma adaptação diferente do que era expectado e tem demorado algum tempo a ganhar espaço no plantel de Rúben Amorim. Roberto Antolín, jornalista espanhol que conviveu com o atleta no Valladolid, falou, esta quarta-feira ao Record sobre o jovem espanhol.

“Iván Fresneda é ainda muito jovem, mas um jogador com enorme potencial, atualmente, mais físico do que futebolístico. Acho que não se teve a paciência suficiente com ele e chegou demasiado rápido a um clube tão grande e de elite como o Sporting – não estava preparado. Os seus agentes não geriram muito bem esta fase da sua carreira”, começou por dizer.

“Quiseram ganhar dinheiro numa transferência ‘suculenta’; quiseram fazer dele o novo Cafu (internacional brasileiro, campeão do Mundo) – e ele não é o novo Cafu, nem de perto. Mas a culpa não é do Iván, mas sim de quem lhe colocou a pressão com esta transferência.”, continuou.

“Antes de dar um salto para uma equipa grande, o Iván Fresneda precisava de se consolidar numa equipa de menor dimensão, como era o caso do Valladolid, que em Espanha lutava para não descer”, lembrou Roberto Antolín.

“Falou-se de muitos clubes além do Sporting – e só o Sporting avançou: do Bayern, da Juventus, do Milan, do Dortmund, nenhum deles apresentou qualquer oferta. Eu próprio falei com dirigentes de alguns destes clubes e me disseram que não havia interesse”, completou.