Português que Rui Borges quer no Sporting em 2025/26 está mais longe de rumar a Alvalade

A revolução de Ruben Amorim no Manchester United já está em andamento. O treinador português prepara a equipa para a final da Europa League frente ao Tottenham. No entanto, as suas atenções também estão voltadas para as mudanças no plantel, sendo Pote um dos alvos do clube que já venceu três Ligas dos Campeões.

Os red devils pretendem reforçar o plantel para atacar os primeiros lugares da Premier League 2025/26 e veem no jogador do Sporting uma opção válida para aumentar a criatividade do meio-campo. Apesar de ter passado grande parte da época lesionado, Pote ainda conseguiu realizar 19 jogos, marcando seis golos e somando seis assistências.

Ruben Amorim conhece bem Pedro Gonçalves, tendo sido o treinador responsável por explorar todo o seu potencial em Alvalade. A possível contratação poderá significar uma aposta num jogador de confiança e já adaptado às ideias do técnico português, que está prestes a disputar a final da Liga Europa ao serviço do United.

Pedro Gonçalves tem contrato com os leões até 2027 e uma cláusula de rescisão fixada nos 80 milhões de euros, o que representa um desafio para qualquer clube interessado nos seus serviços. Ainda assim, o Manchester United poderá tentar negociar o passe do jogador por um valor inferior, aproveitando o histórico recente de lesões.

Caso se concretize a transferência, será mais um nome da era Amorim a sair de Alvalade rumo ao futebol inglês. Para já, não há proposta oficial, mas a ligação entre treinador e jogador poderá pesar na decisão final do médio ofensivo. Recorde aqui, a mensagem que Pedro Gonçalves deixou nos festejos do bicampeonato no Marquês de Pombal.

Após a vitória do Sporting (2-0) na receção ao Vitória de Guimarães, Artur Fernandes, presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol e colega de profissão de Jorge Mendes, fez uma análise à temporada realizada pelo Clube de Alvalade e atribui grande mérito a Rui Borges pelo título.

“Sim, o Sporting Clube de Portugal merece ser campeão em 2024/25 – e há razões naturais para isso, desde logo, a arrojada proposta do futebol praticado. Tirando o período de transição de João Pereira, os leões foram sempre dominantes, com posse, pressão alta e muita qualidade coletiva”, começa por referir Artur Fernandes, num artigo de opinião publicado pelo jornal Record.

“Rui Borges foi o responsável para estabilizar o balneário e continuar a potenciar os jovens Inácio, Debast, Quaresma, Quenda e Diomande"

O agente destaca o papel do atual treinador na conquista da equipa leonina: “Rui Borges foi o responsável para estabilizar o balneário e continuar a potenciar os jovens Inácio, Debast, Quaresma, Quenda e Diomande. O transmontano trouxe um pragmatismo resultadista só ao nível de Robson e Trapattoni. Consolidou a flexibilidade tática, uma identidade clara e com uma adaptação rápida a uma nova estrutura e à filosofia de aposta clara na formação. A ‘Escola de Alcochete’ está viva e contribuiu diretamente para o título”.

Artur Fernandes enaltece também a estabilidade da equipa como fator determinante para o sucesso: “Superação e constância foram palavras chave, mesmo com a pressão do rival direto, o Benfica. Os leoninos mantiveram uma estabilidade dentro e fora de casa, com uma capacidade única de dar a volta em momentos difíceis”.

A terminar, Artur Fernandes destaca ainda um lance do recente dérbi frente ao Benfica: “O Sporting foi melhor, mas ainda assim aquela bola ao poste do Pavlidis mudaria a história e o texto de hoje a lembrar o falhanço de Bryan Ruiz que teria dado um campeão diferente. Esta é a maravilha do futebol português. Parabéns, Sporting”.

A arbitragem de João Pinheiro no dérbi entre Benfica e Sporting (1-1) ainda dá que falar. Apesar de os leões terem conseguido segurar o primeiro lugar, Manuel Moura dos Santos criticou o juiz da Associação de Futebol de Braga por não ter mostrado cartão vermelho a Nicolás Otamendi.

"O Benfica não foi capaz de ganhar o jogo, entregando numa bandeja o título ao Sporting"

“Sabe muito bem sermos bicampeões depois dos anos tão difíceis que antecederam Varandas”, começa por afirmar, num artigo de opinião que mistura análise, emoção e críticas incisivas. A jornada anterior, frente ao Benfica, continua a dar que falar, e Manuel não tem dúvidas sobre o momento-chave desse jogo: “Há um primeiro momento que é indesmentível: a não expulsão de Otamendi ao minuto 17.” Para o Sportinguista, o lance definiu tudo. “O Benfica não foi capaz de ganhar o jogo, entregando numa bandeja o título ao Sporting”, pode ler-se no jornal O Jogo.

O comentador não esconde o desgaste das discussões que dominaram a semana anterior à última jornada. “A semana que antecedeu a última jornada foi vista, revista e comentada até à exaustão. Desde os comentários mais sensatos, aos mais idiotas, houve de tudo.” Mas os factos, diz ele, são simples: “Factualmente o Sporting sagra-se campeão porque fez aquilo que era essencial para ser campeão: ganhar o seu jogo.”

Sobre a partida frente ao Guimarães, Manuel Moura dos Santos admite que não foi uma exibição de encher o olho. “Notou-se uma ansiedade enorme no jogo do Sporting. Muitos passes errados, fruto de muita precipitação.” Ainda assim, os momentos de inspiração resolveram. “Foi uma primeira parte mal jogada, que deixou nos sportinguistas ainda mais ansiedade para a segunda parte. Felizmente na segunda parte o Sporting conseguiu desenvolver jogadas de bom recorte técnico que culminaram com dois magníficos golos. Fiquei com a sensação que o Guimarães não foi a Alvalade para ganhar o jogo, mas sim para impedir que o Sporting ganhasse. Estranho não é?”

No rescaldo do título, há palavras para todos os protagonistas. O primeiro é dirigido ao presidente do Sporting que desde que assumiu a direção, tem realizado sonhos do universo leonino. “Não posso deixar de mencionar a excelente atitude de Frederico Varandas que nunca deixou de acreditar neste título, passando constantemente uma mensagem de optimismo e esperança para dentro e fora dos clube.” Também o treinador merece destaque: “Rui Borges merece uma menção pela serenidade da mensagem, mesmo nos momentos mais difíceis em que chegamos a ter 10 jogadores lesionados. Os adeptos deste clube merecem tudo porque são extraordinários. A forma como apoiam o clube, seja no futebol, seja noutras modalidades é simplesmente maravilhosa. Três títulos de campeão em cinco anos é obra!!! Viva o Sporting!”, terminou.