KRASIMIR BALAKOV: UM 10 À ANTIGA

Miguel Sousa Tavares voltou a atacar o Sporting. Desinteressado pela época do Porto, pois o clube que apoia publicamente "está tão atrás (na classificação" que já não interessa", segundo palavras do próprio, o jornalista acusa os verdes e brancos de condicionarem a arbitragem e saírem da visita ao terreno do Santa Clara com "dois pontos oferecidos".

"Durante a semana e pelos canais habituais, fui informado de que reinava a indignação em Alvalade pela nomeação da dupla de arbitragem/VAR Cláudio Pereira/Hélder Malheiro para o jogo do Sporting nos Açores. Eles, recordavam os indignados sportinguistas, teriam sido responsáveis diretos pela derrota dos leões perante o mesmo Santa Clara na primeira volta e em Alvalade. Recorrendo à sua conhecida e inesgotável memória seletiva, os influencers Sportinguistas lembraram-nos que aquela dupla perdoara dois penáltis a favor do Sporting nesse jogo", disse, ao jornal Record.

"Penáltis em Alvalade? Um não existiu, outro depende da boa vontade de um leão"

No entanto, contrariamente aos especialistas (recorde AQUI), Miguel Sousa Tavares considera que nenhuma das grandes penalidades teria motivos para ser marcada: "Um (penálti), não existiu de todo, e o outro depende da boa vontade de um leão. De qualquer modo, o recado estava dado – não confundir com tentativa de condicionar os árbitros, essa prática justamente denunciada e repudiada por Frederico Varandas".

"Só vi a primeira parte do jogo, mas chegou-me para perceber o enredo: nada condicionado, o árbitro começou, por dá cá aquela palha, a mostrar cartões amarelos única e exclusivamente a jogadores do Santa Clara (três até ao intervalo), a exibir uma chocante dualidade de critérios de decisão técnica e disciplinar e a culminar com o perdão ao Sporting", atirou.

"Ficou por marcar penálti a favor do Santa Clara. Sporting teve dois pontos oferecidos"

Para o escritor, "logo aos 11 minutos", ficou por marcar a favor dos açorianos "um penálti tão inquestionável que só há uma explicação possível para que nem o árbitro nem o VAR o tenham visto: não viram porque não quiseram, e agora quem de direito que tire daí as consequências".  "Assim, de S. Miguel e nesta altura de todas as decisões, o Sporting trouxe, pelo menos, dois pontos oferecidos pela arbitragem: vão diretos para a Secção “Esquecidos e Sem Importância” das memórias Sportinguistas", terminou Miguel Sousa Tavares.

Rodrigo Zalazar, médio do Braga, é desejo do Sporting para a próxima temporada. Tal como revela o nosso Jornal, neste Exclusivo Leonino, o jogador é muito apreciado por Rui Borges, mas Frederico Varandas está ciente das dificuldades numa eventual negociação.

O centrocampista uruguaio tem sido destaque na formação orientada por Carlos Carvalhal e, face à falta de opções para o miolo, os verdes e brancos pensam no jogador que é conhecedor do futebol português, tendo também passagens por Espanha, Polónia e Alemanha.

No mercado de janeiro, Rodrigo Zalazar esteve muito perto de rumar ao Zenit, tendo inclusive viajado para os Emirados Árabes Unidos, onde fez exames médicos para assinar com a equipa russa. No entanto, a transferência, que seria realizada na casa dos 20 milhões de euros, falhou e o jogador voltou a Braga. O valor pedido pelo clube da cidade dos arcebispos torna um possível negócio bastante complicado para Frederico Varandas, Presidente do Sporting.

Na próxima temporada, o Sporting terá, caso não venda qualquer médio, Morten Hjulmand, Giorgi Kochorashvili - já oficializado - , Daniel Bragança e João Simões. Hidemasa Morita vai deixar Alvalade e Rui Borges ainda pode contar com alguns miúdos da formação, como Eduardo Felicíssimo, Henrique Arreiol e Alexandre Brito. No entanto, os leões não descartam a hipótese de contratar mais um jogador de créditos firmados, para evitar percalços como o desta temporada.

Em 2024/25, Rodrigo Zalazar - avaliado em 16 milhões de euros - soma seis golos e oito assistências ao longo de 25 partidas com 1.668 minutos de utilização. O médio é muito influente no jogo dos Minhotos e, na época anterior, fez o gosto ao pé em oito ocasiões, fazendo o último passe para companheiros por 10 vezes.

Giorgi Kochorashvili é reforço do Sporting para a próxima temporada. Já oficializado, o médio chega a Alvalade no final da temporada, mas há quem já pense numa possível saída. Rafa Esteve, jornalista do Superdeporte, acredita que o jogador tem qualidade para "dar o salto" para, no mínimo, um candidato a jogar na Europa".

"Kochorashvili é um médio que vive atualmente o seu melhor período como jogador de futebol profissional. Considerado um diamante em bruto desde que chegou à base do Levante na temporada 2019/20, o georgiano sempre foi um jogador de futebol muito capaz que, nos seus anos de formação, era considerado um pivô destrutivo, mas à medida que progredia, fortaleceu as suas capacidades técnicas e consciência tática para se tornar um verdadeiro polivalente em campo”, disse, ao jornal O Jogo.

"Passagem de Kochorashvili pelo Sporting não será em vão"

Para o especialista, o reforço do Sporting “não será apenas titular, mas também uma peça importante nos planos de Rui Borges". "Quando surge interesse no mercado de transferências de janeiro, tenho a sensação que é por necessidade e para corrigir imperfeições no plantel", explicou. Ainda assim, garante que "a intenção do clube da capital portuguesa de adquirir Giorgi Kochorashvili estendeu-se para além dos parâmetros da janela de transferências de inverno", o que "denota vontade, desejo e convicção de que é o jogador certo para o meio-campo, sinalizando que a sua passagem pelo José Alvalade não será em vão”.

"Os valores acordados para a transferência de Giorgi Kochorashvili representam, do meu ponto de vista, um grande negócio para o Sporting. Isto também se aplica ao Levante, embora sintam que não corresponde ao seu valor de mercado, uma vez que a marca dos 5,5 milhões de euros é uma tábua de salvação para as suas finanças em dificuldades", afirma Rafa Esteve.

"Vejo Kochorashvili a dar o salto"

Desafiado a caracterizar o novo médio do Sporting, o jornalista explica que "o seu estilo de jogo o define como um jogador "box-to-box". Tem o número '6', mas, ao mesmo tempo, é um '8' e um '10'. Na altura em que estava na equipa de reservas do Levante, parecia um Moisés Caicedo, mas hoje associo as suas características às de um Enzo Fernández ou de um Gavi”, atirou, deixando água na boca dos adeptos "Se continuar a crescer como tem vindo a crescer até agora, aspira a ser, tendo em conta as diferenças de altura e o facto de não ter o mesmo passo, um Yaya Touré”.

“O teto de Giorgi Kochorashvili é indetetável. Estou convencido que vai ter sucesso em Portugal, mas tenho a sensação que este não será o seu último clube, dada a filosofia dos clubes portugueses de explorar os seus recursos e vendê-los a quem pagar mais. Operações como as de João Félix, Renato Sanches ou Enzo Fernández fazem-me dizer isso. No futuro, vejo-o a dar o salto para, no mínimo, um candidato a jogar na Europa, na Premier League ou numa das três melhores equipas da Serie A.” terminou.