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0O desporto está parado, tal como o país e, em certa medida, o mundo. Há uma incerteza sobre o futuro e, no desporto, essa é ainda maior, tomando-se, diariamente, diferentes decisões, consoante as modalidades e escalões desportivos, bem como a importância que as mesmas revestem.
Várias são as questões que ainda se encontram em debate e que nos preocupam a todos, como, por exemplo: Quando vão ser retomadas as competições? Como vão ser retomadas as competições? Os jogos vão ser à porta fechada? Se sim, como fica a questão do meu bilhete de época (no caso Sportinguista, Gamebox e Gamebox Modalidades)? Se for permitida a entrada de um número reduzido de espectadores, quais as condições desse acesso? Se tiver Gamebox tenho preferência na entrada? Serão os lugares suficientes para todos os portadores de Gamebox? Qual o critério de decisão? Enfim, são mais as questões que se levantam, do que as respostas que se encontram.
Mas, vamos por partes. O que sabemos até agora:
Ao contrário do que sucedeu noutros campeonatos, como o belga ou o holandês, no nosso País, até indicação em contrário, as competições profissionais são para terminar, vencendo assim as pressões dos direitos televisivos e os milhões das audiências, do que, propriamente, a saúde colectiva de quem é interveniente/participante num jogo de futebol.
Ora, tomada a decisão, nas imortais palavras de Freddie Mercury, de que “The show must go on”, então teremos de ver, na prática, como se processará essa retoma, para gáudio dos fervorosos fãs de bola, que já desesperam a ver os clássicos, sem a emoção do inesperado do resultado, que só uma nova partida poderá proporcionar.
Uma das soluções avançadas será a de realizar os jogos à porta fechada. Esta decisão reduzirá substancialmente (para não dizer drasticamente) a aglomeração de pessoas, numa fase que ainda será delicada a própria retoma da vida “normal” (seja lá o que isso for nos próximos tempos). É uma decisão segura, na medida em que protege os intervenientes que terão de estar em campo e envolvidos na organização, bem como os próprios adeptos, na medida em que não incentiva aglomerações de pessoas num recinto que, (ainda que maior que a Assembleia) implica um contacto próximo entre indivíduos.
Contudo, essa decisão segura, não prevê como se irá compensar não só quem já adquiriu o seu bilhete de época, como muito menos a compensação por perder um jogo de futebol ao vivo, a emoção dos cânticos, o cheiro a relva… Em suma, tudo o que faz parte não do jogo de futebol em si, mas do espectáculo desportivo.
Outra das soluções avançadas, que já contemplaria alguma desta preocupação, seria então realizar os jogos com um número “controlado” de pessoas, nomeadamente aquelas que tivessem adquirido bilhetes de época, de modo a compensar esta paragem e não haver prejuízos para os adquirentes de tais produtos, na medida em que já desembolsaram uma quantia substancial para terem a certeza e garantia de um lugar em todos os jogos da sua equipa em casa. É impossível aqui, não nos lembrarmos daquele velho ditado “Quem paga adiantado, geralmente é mal servido”....
Uma coisa é certa, retoma de competições no modelo tradicional, é para esquecer e nem vale a pena ter esperança (guardemos para o que ansiamos todos os anos, pois para alcançar a vitória no campeonato, toda a esperança é pouca…).
E nas modalidades então, mais difícil será o retomar dos jogos, pois que são disputados num recinto fechado, com lotação muito limitada, o que condiciona muito qualquer solução que se possa tentar para trazer os adeptos de volta às emoções dos grandes jogos.
Mas, não havendo ainda (pelo menos enquanto se escreve) uma solução definitiva e com moldes bem definidos sobre como será a remontada desportiva, o que podemos avançar até ao momento, em termos da questão à volta de quem adquiriu bilhetes de época para o futebol e/ou modalidades?
E, parecendo uma questão de resposta fácil, foi um caminho mais penoso do que se poderia esperar…
Começámos por ir ao site para perceber quais são os termos e condições de utilização da Gamebox, sendo que, salvaguardando desde já alguma (muita) inépcia informática, não conseguimos encontrar (nem mesmo fazendo pesquisa no velho e fiável Google).
Aliás, não se conseguiu encontrar qualquer política/condições de aquisição nos bilhetes ou gameboxes, encontrando apenas nas perguntas frequentes os indícios que guiaram a nossa demanda.
Quanto aos bilhetes, a política versada nas perguntas frequentes é muito clara: não existem reembolsos, a não ser que os jogos sejam cancelados ou adiados. Contudo, isto levanta mais discussão do que concórdia. Os jogos foram adiados, logo, há direito ao reembolso. Mas a gamebox não é propriamente um bilhete, porém pode ser encarado como um conjunto de bilhetes. Mas não se trata bem de um adiamento porque os jogos em falta nunca chegaram a ter data e hora marcada para se falar de um adiamento propriamente dito. Mas todo o campeonato foi adiado e é mais do que de conhecimento geral que não terminará na tradicional altura (Maio)... Enfim, as questões que uma pequena frase pode causar.
Tratemos então a Gamebox como “uma coisa” à parte, para efeitos da nossa missão! Temos um outro indício nas nossas queridas perguntas frequentes que nos poderá ajudar a perceber quais os direitos e deveres associados à mesma: a definição de gamebox.
Segundo o site, uma gamebox (futebol ou modalidades) é um produto. Então, se estamos perante um produto e não temos os termos e condições de aquisição e utilização desse produto (pelo menos, não de forma a que um utilizador normal consiga ter acesso), estaremos perante um caso de consumo geral.
São, assim, os sócios e adeptos mais fiéis, reduzidos à condição de um mero consumidor… Mas, não desesperando, porque sabemos que, no final, para a indústria, é tudo uma questão de dinheiro e do que nos levam a consumir, explorando a nossa paixão e emoção, fomos atrás do Regulamento do Estádio, na expectativa de lançar alguma luz sobre o que eventualmente poderia acontecer com os bilhetes comprados para toda uma época.
Percebemos que há uma extrema preocupação em que só sejam admitidos espectadores com títulos de ingresso válido, que se sujeitem às revistas e, mesmo, a testes de alcoolemia se assim se entender e, como sabemos, dispostos até a descalçar os sapatos, em nome de ver o seu grande amor jogar.
Porém, quanto a uma eventual devolução de dinheiro ou outro tipo de solução para o impedimento de assistir a jogos já pagos, nem uma palavra… (Disclaimer: naturalmente sabemos que o Regulamento do Estádio não é o local indicado para tratar desta questão, mas à falta de informação oficial no site, estávamos por tudo).
Percebemos, chegados a este ponto, que na vertente concreta do Sporting, não iríamos chegar a lado nenhum, pelo que, relativamente às Gameboxes, tivemos de pensar “out of de box”.
Já sabíamos que os bilhetes não são reembolsáveis e que as Gameboxes são produtos, mas que teria a Liga a dizer sobre o assunto, uma vez que é a responsável pelas competições em causa (no que à Gamebox futebol concerne)?
A única referência que encontrámos no Regulamento das Competições da Liga foi no art. 106º nº 6, que prevê que quando um jogo não se realize, há direito ao reembolso em dois dias úteis. Mas esta premissa só é válida no caso de bilhetes já emitidos para jogos já programados, com data e hora para acontecer. Além de que voltamos a ter a discussão que já tivemos acima, acerca da natureza de uma gamebox.
Não querendo perder mais tempo às voltas, mas aproveitando ter já o Regulamento das Competições aberto, pensámos então num outro prisma: se não conseguimos perceber a natureza de uma gamebox, vamos tentar perceber, em termos legais, o que é um jogo de futebol (sim, para tudo nesta vida tem de haver uma definição legal e não é assim tão glamoroso como o jogo em si).
Diz o Regulamento das Competições da Liga, no seu art. 3º al. s) o que é considerado um jogo oficial: aquele que é disputado no âmbito das competições organizadas pela FPF e pela Liga Portugal.
Porém, mais interessante ainda, é a definição que estipula na al. m) do mesmo artigo, concernente a um espectáculo desportivo: o evento no âmbito do qual se realiza o jogo oficial, decorrendo desde a abertura até ao encerramento do recinto desportivo.
Assim, conseguimos, pelo menos, perceber que um jogo está englobado num espectáculo desportivo. Assim, um portador de bilhete/Gamebox, tem direito a usufruir de tudo o que pode ser proporcionado pelo promotor do evento - Sporting - desde que abrem as portas do estádio, até que as fechem, em dias de jogo.
No âmbito do que é classificado como espectáculo, muitos são os diplomas que regulam tal matéria, consoante o espectáculo em causa (existe legislação para cinema e audiovisual, espectáculos de natureza artística, livro e leitura, música, rádio, teatro, televisão e até tauromaquia) mas nada de específico encontrámos para o futebol…
Somos então obrigados a concluir que, ainda que seja chamado de espectáculo, o desporto, como sempre, continua num mundo à parte (daí talvez termos de suportar IVA a 23%, ao contrário do que acontece nos outros sectores).
Aqui, acabámos por nos dar por vencidos, percebendo que não existe uma solução concreta para o nosso problema. Contudo, vencidos não significa, obrigatoriamente, derrotados e, assim, voltámos à definição de Gamebox: um produto.
Se é um produto e nós meros consumidores, então, como último bastião, temos a Lei de Defesa do Consumidor. E nessa, encontrámos logo no art. 8º, a falha que nos fez andar às voltas até aqui: o direito à informação em particular.
De facto, diz o referido artigo que o fornecedor do bem, tanto nas negociações como na fase de celebração do contrato, tem de informar o consumidor, de forma clara, objectiva e adequada e prestar todas as informações necessárias para que o consumidor se encontre esclarecido.
Ora, tal não se verificou no nosso percurso, pois que não encontrámos, de forma clara, objectiva e condensada quais as condições, direitos e deveres que temos quando adquirimos uma Gamebox.
De facto, sabemos que temos direito a um certo número de jogos, que temos possibilidade de transmissão do cartão dentro de certos limites e que podemos pagar em prestações, entre outros. Mas nunca foi dito o que acontece em caso de eventualidades de força maior, o que agora se verifica.
Nada temos contra ser optimistas ao ponto de achar que o futebol é tão seguro que nunca vai acabar e que os jogos nunca vão falhar, mas imprevistos acontecem e o mundo fez agora uma entrada a pés juntos ao futebol e ele, perante os seus consumidores, continua deitado no chão a queixar-se e sem entrar a maca que permite retomar o jogo.
Uma das mais elementares regras do direito e da negociação contratual em espectáculos é, exactamente, prever sempre os casos de força maior ou eventuais falhas devido a situações alheias ao promotor do evento.
Isto é uma prática comum e corrente quando se fala em espectáculos musicais como concertos e festivais, pois que a sua perfeita realização depende não só da vontade do promotor do evento, mas, por vezes, de condições climatéricas ou dos artistas.
O futebol, na sua sobranceria, pensou como pensam os mais incautos: “A mim, não me acontece”. E agora, temos o “berbicacho” para resolver…
Nos próximos dias, todas estas questões serão respondidas, conforme forem anunciadas as medidas de retoma do campeonato e, naturalmente, a situação dos bilhetes de época não poderá ser ignorada.
Contudo, mais do que certo é também, que qualquer que seja a solução que se encontre, não será de agrado de gregos e troianos e a parte mais fácil de “descartar” serão, por uma questão de logística, os adeptos que tornam exactamente um jogo de futebol, num espectáculo.
Em noite de homenagens e distinções, Clube de Alvalade foi reconhecido pelos feitos da última temporada e trabalho de excelência em anos recentes
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0Realizou-se na segunda feira, dia 11 de novembro, a gala Quinas de Ouro 2024, da FPF - que ignorou Manuel Fernandes. Com o tema "Portugal sou eu", foram homenageados diversos atletas, figuras e clubes que promovem o desenvolvimento do desporto nacional. O Sporting recebeu vários prémios e Frederico Varandas discursou.
Por ser Presidente de uma das equipas com mais atletas a representar a Seleção Nacional, Frederico Varandas foi o primeiro representante dos leões a subir ao palco. “Parabéns a todos os premiados e obrigado ao presidente da FPF por todo o trabalho realizado em prol do nosso futebol. Enquanto presidente do Sporting CP, tenho o dever de continuar a tentar formar jogadores para vestir a camisola da nossa Seleção e é um orgulho olhar para a plateia e ver tantos que jogadores formámos, inclusive o melhor de todos os tempos, que está aqui à minha frente [Cristiano Ronaldo]”, disse.
Apesar da ausência, Rúben Amorim, agora ex-treinador dos leões, também deixou um agradecimento, pela distinção de treinador campeão de futebol masculino em 2023/2024. “Gostaria de agradecer esta distinção, fico muito honrado por este prémio. Aproveito para dizer que vou ter muitas saudades do futebol português. Obrigado a todos”, agradeceu, no dia em que rumou ao Manchester United. Do plantel, quem também recebeu uma distinção foi Daniel Bragança, capitão da equipa principal de futebol, pela conquista da Liga Portugal Betclic 2023/24.
No futsal, João Matos foi homenageado pela também conquista do Campeonato Nacional e, ainda, pelas mais de 200 internacionalizações, estando agora a duas de bater o recorde nacional - 209. “Não fazia ideia de que ia receber esta distinção, obrigado à FPF por ela. Há 23 anos que represento o Sporting CP e nunca pensei que poderia vencer 41 títulos, alguns deles pela Seleção e ter já mais de 200 jogos por Portugal. Jamais imaginaria esta história tão bonita”, acrescentou, quanto a bater o recorde nacional, “O mister está avisado”.
Outra figura emblemática que também foi distinguida foi Cristiano Ronaldo. O avançado formado em Alcochete, recebeu o galardão principal do evento, as Quinas de Platina, por ser o maior embaixador do deporto português e pelo legado único que tem vindo a deixar.
SAD dos verdes e brancos conseguiu confirmar, com sucesso, um empréstimo obrigacionista com valores acima do esperado
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0A Sporting SAD, liderada por Frederico Varandas, conseguiu garantir, com sucesso, a realização de um empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros. A operação contou com a participação de 2.690 investidores e uma procura total válida que ultrapassou os 40 milhões e chegou aos 43,7 milhões de euros.
Os leões, na figura da sua Sociedade Anónima Desportiva, tinham colocado, recentemente, no mercado, os títulos “Sporting SAD 2024-2028". Garantiram a venda dos títulos na totalidade, valendo 40 milhões aos cofres de Alvalade, com prazo de quatro anos e taxa de 5,25%. O anúncio foi feito na segunda feira, 4 de novembro, pelo Sporting.
O exercício financeiro incluiu uma oferta pública de subscrição (que captou 33,7 milhões de euros), bem como uma oferta de troca de dívida (que gerou os restantes 6,3 milhões de euros). Contou com um total de 2.690 investidores, sendo que a procura total válida subiu até aos 43,7 milhões de euros – 1,09 vezes o total das obrigações disponíveis.
Todos estes dados foram revelados na sessão especial de mercado regulamentado, que decorreu na Euronext Lisboa, a gestora da bolsa portuguesa. A SAD leonina até tinha apontado, inicialmente, para o valor dos 30 milhões de euros – como previsto no documento disponibilizado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Aumentou, depois, o valor para 40 milhões de euros.
Esta é a segunda vez que o Sporting procura esta solução financeira em 2024, depois do encaixe de 50 milhões de euros no início do ano, em março. Nesse período, a procura pelos títulos "Sporting SAD 2024-2027", na altura com prazo de três anos e oito meses, e taxa superior à do exercício recente - de 5,75% - superou a oferta em 1,33 vezes. Essa operação tinha também integrado uma oferta pública de subscrição, a par de uma oferta de troca de dívida.
SAD dos verdes e brancos não avançou com valor inicialmente apresentado, tendo enviado um comunicado à CMVM ainda em tempo válido
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0O Sporting tinha até ao presente dia 31 de outubro para apresentar o novo empréstimo obrigacionista. O montante fixava-se nos 30 milhões de euros, conforme explicou Francisco Salgado Zenha, mas os leões aumentaram a parada para os 40M.
Num documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD verde e branca deu conta de uma subida de 10 milhões de euros no valor previamente estipulado e cujo prazo vencia no passado dia 29 de outubro.
"Informa-se que a Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD (doravante a "Sporting SAD", "Emitente" e/ou "Oferente") decidiu, através de deliberação do seu Conselho de Administração em reunião realizada a 28 de outubro de 2024, aumentar o número máximo de obrigações representativas do empréstimo obrigacionista denominado "Sporting SAD 2024-2028" para até 8.000.000 de obrigações e, por conseguinte, aumentar o respetivo valor nominal global para até €40.000.000" lê-se.
O valor em questão será para o "financiamento da atividade corrente da SAD e reforço da liquidez", enquanto que a troca dos títulos anteriores na oferta de uma nova subscrição de obrigações irá "permitir à Sporting SAD substituir a dívida com vencimento em 2024, por dívida com vencimento em 2028".
No passado dia 7 de outubro, em Assembleia Geral da sociedade, ficou estabelecido entre os acionistas que as emissões obrigacionistas poderiam atingir o máximo de 100 milhões de euros, nesta segunda incursão no mercado no ano de 2024. Em março, os leões encaixaram 50M com cerca de 4.250 investidores.