11 JORNADAS. 8 VITÓRIAS. JOGO A JOGO

Muitos sportinguistas têm medo de verbalizar isto, o desejo, as ganas, a aspiração, o sonho, a vontade, a legítima expectativa, o prémio merecido, o festejo incontido de vermos o Sporting campeão.

Esta é a rota do sonho. 11 jornadas, oito vitórias, cada uma delas conseguida jogo a jogo.

O foco tem de estar sempre, sempre, no próximo jogo, que é sempre o mais difícil, o obstáculo mais inultrapassável, a final do campeonato do mundo que todos disputam com apenas um único objetivo em mente: vencer.

E é com vitórias em cada um dos 11 jogos que nos falta disputar, mas com a cabeça em cada um dos passos difíceis que nos falta dar, e não no final do caminho, que vamos alcançar o que todos queremos.

Muitos sportinguistas têm medo de verbalizar isto, o desejo, as ganas, a aspiração, o sonho, a vontade, a legítima expectativa, o prémio merecido, o festejo incontido de vermos o Sporting campeão.

Sofremos já muitas desilusões, muitos sonhos foram quebrados. Morremos demasiadas vezes na praia.

Sentimos que é desta. Sabemos que tem de ser desta. Vai ser desta.

11 jornadas. Oito vitórias. Jogo a jogo

Este sábado, contra o Vitória Sport Clube. Para dar tudo. Deste jogo depende o título. Para ganhar.

Temos depois uma pausa para compromissos das selecções.

A seguir, em Abril, dia 3, visita a Moreira de Cónegos, dia 11 receção ao Famalicão, dia 18 deslocação a Faro, dia 21 recebemos a B-SAD e, para fechar o mês, no “Dia da Liberdade”, 25 de Abril, vamos a Braga.

São cinco jogos decisivos, como todos os que já jogámos, como todos os que ainda ficarão a falta.

Mas os nossos rapazes vão ser verdadeiros “capitães de Abril”. Vão ser capazes de fazer uma autêntica revolução no futebol português, que, como escrevia a poeta Sophia de Mello Breyner, acordará finalmente para o “O dia inicial inteiro e limpo; Onde emergimos da noite e do silêncio”

Sim, eu sei que comparar o futebol, a coisa mais importante de entre as coisas menos importantes da vida”, com a revolução que permitiu a Democracia em Portugal, pode parecer deslocado e abusivo.

Mas, como provam tantos e tantos indícios, a podridão, a penumbra, os corporativismo e teias de influências, os delitos de opinião, a censura e o favorecimento na comunicação social, a perseguição por causa de cores, ainda perduram no futebol português, no tal “sistema”.

A vitória do Sporting será o símbolo da libertação do futebol português. O Sporting tem sido sempre o mais visível e activo combatente anti-sistema, combate azuis, combate vermelhos, combate todos os que preferem a batota e o favorecimento à luta justa, honesta e transparente.

Sim, ao longo do mês de Abril, podemos fazer a revolução.

Terminados os jogos de Abril, teremos mais cinco jogos em Maio: dia 2, Sporting – Nacional, dia 9 Rio Ave – Sporting, dia 12 Sporting – Boavista, dia 16 o dérbi eterno, Benfica – Sporting e finalmente, dia 19, o fim do caminho, onde todos queremos chegar: Sporting – Marítimo.

Temos isto tudo. Vamos fazer a revolução no futebol português. Chega de ditaduras que nos sufocam.

Com cabeça, com sentido estratégico e táctico. Temos o nosso general Amorim, temos os nossos homens fortes, unidos, disciplinados e humildes.

Temos o espírito de leão bem presente.

Temos a férrea vontade de lutar pelo nosso sonho.

Temos, para já, o Vitória Sport Clube no nosso caminho, que vai tentar criar-nos todos os obstáculos e dificuldades.

11 jornadas. Oito jogos. Jogo a jogo. Esta é a rota do sonho