Joaquim Coutinho Duarte
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23 Jul 2020 | 14:25

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Joaquim Coutinho Duarte

A acção do Conselho de Arbitragem deve pugnar pelo bom funcionamento do espetáculo e da sua verdade desportiva, e não pela defesa da classe!

Caras amigas e caros amigos sportinguistas, Este domingo acaba a época da Liga Nós 2019/2020. Uma época que, na sua fase final, fica indelevelmente marcada por esta situação terrivelmente adversa que vivemos. Já há muito que queria escrever sobre isso, mas, não querendo utilizar o “esquema” de alguns dirigentes da nossa praça, esperei que o campeão estivesse encontrado e que a época estivesse no seu fim. Falo da arbitragem e, em especial, da sua supervisão, ou falta dela! O Conselho de Arbitragem – designado daqui em diante por CA - não pode funcionar como o sindicato dos árbitros! Ele existe, de acordo com a redação do Regimento do Conselho de Arbitragem, no seu artigo 2º, para: “Compete ao Conselho de Arbitragem coordenar e administrar a actividade da arbitragem nas competições que decorram no âmbito das provas organizadas pela AFP”. Assim, não se compreende como o CA venha constantemente a terreiro em defesa da arbitragem, quando esta comete os mais elementares e comprovados erros! O CA deve exigir profissionalismo aos seus funcionários. Sim, funcionários, pois estes são pagos, e de momento bem pagos, para exercerem esta função! Note-se que alguns árbitros ganham mais do que alguns dos jogadores. Nesta fase final do campeonato, sem espectadores nos estádios, os árbitros deixaram de ter a “desculpa” da pressão que é estar a arbitrar, perante milhares de espectadores. Tiveram todas as condições para poderem mostrar o que valem, e, como sabemos, foi o que se viu. Uma vergonha os grosseiros erros que foram cometidos, mesmo com o recurso ao VAR. Onde esteve o CA, nestes momentos em que devia repreender estes árbitros que não foram profissionais? Que consequências reais se reflectiram nas suas carreiras e renumerações? Que medidas foram colocadas em prática pelo CA para debelar estes constantes erros e, por vezes, de forma sistemática com os mesmos árbitros? Pois, como sabemos, tudo é abafado! Mas, quando alguns dirigentes, - que não todos, pois os há privilegiados, - atacam a arbitragem, são logo punidos! A acção do CA deve pugnar pelo bom funcionamento do espectáculo e da verdade desportiva do mesmo, e não pela defesa da classe! Isso é uma competência dos sindicatos e não dos órgãos “reguladores”! Se queremos verdade desportiva e se o CA nada teme, então que sejam públicos os relatórios dos árbitros e os seus métodos de avaliação! Como pode ser aceitável que um qualquer presidente de um clube diga que não quer este ou aquele árbitro a arbitrar a sua equipa, sem que nada lhe aconteça? Onde está a mão do conselho disciplinar nestes casos gravíssimos de pressão sobre os árbitros? Pois, não existe! Pelo menos para certos clubes, porque, para o Sporting, até greve aos jogos do Sporting os árbitros já fizeram! Algo de muito errado se passa, onde se devia apitar os erros! A Federação Portuguesa de Futebol tem estado muito calada sobre este enorme elefante branco, que está no meio da sala! Parece que só se aplica na sua projecção internacional, desmerecendo a sua competência interna.  Assim, o futebol em Portugal será sempre um espectáculo pobre, pouco profissional e sem verdade desportiva! Será isso que queremos? Para certos adeptos e sócios, até parece que sim, logo que levantem o caneco! Para mim não! Eu não quero ganhar sem verdade desportiva e exijo que as instâncias desportivas actuem para o que foram criadas sem estarem hipotecadas a interesses obscuros! Muita saúde e saudações leoninas!


*O autor não escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico


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