
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
24 Ago 2020 | 10:02
Da parte do Leonino, não teremos pejo, nem complexos, em informar os Sportinguistas sobre as movimentações de terceiros que possam impactar fatalmente o desempenho desportivo e financeiro do Sporting!
Terminou ontem a fase final da Champions League que, dados os constrangimentos originados pela COVID-19, decorreu em Lisboa. O Bayern de Munique venceu pela sexta vez esta prova, alicerçando na força do coletivo, ao qual as individualidades se subordinam, a base do seu sucesso. O PSG, que vive dos rasgos de individuais de Neymar, Mbappé e Di Maria, não foi capaz de contrariar a formação bávara, que fez um percurso tranquilo até á final. Como tenho vindo a aflorar nas minhas crónicas recentes, prevaleceu, mais uma vez, a equipa com mais “espírito de corpo” e disciplina, conquistando assim o tão desejado título de campeão europeu. Centrando a atenção no mercado de transferências, ate ao momento, por parte do Sporting, nota particular para as contratações de Pedro Gonçalves e Nuno Santos. Contratados a clubes que são “praças fortes” de Jorge Mendes, apesar de serem discutíveis os valores das suas aquisições, os médios lusos têm, caso não se perturbe a liderança de Amorim, mantendo o “balneário” saudável e focado, existe potencial para renderem desportiva e financeiramente, ainda para mais, com a proximidade do Euro 2021, onde Portugal irá defender o título de campeão Europeu. Há que dizer que também Adan, ex-Real e Atlético de Madrid, é uma opção interessante para a baliza, caso Luís Maximiano seja levado a abandonar Alvalade. Já no que respeita a vendas, existe uma manifesta má gestão deste dossier. João Palhinha e Marcos Acuña não foram integrados no estágio, estando, aparentemente, com guia de marcha. Assim, o Sporting declara ao mercado que não conta com estes jogadores, desvalorizando imediatamente o seu poder negocial em futuras negociações. Pior ainda quando verificamos que são dos jogadores mais valorizados no plantel do Sporting (1), com a particularidade de serem dois jogadores que viveram os acontecimentos de Alcochete e não rescindiram com a instituição Sporting. Mas, observando os restantes dispensados, verifica-se a extensão do desastre que foi a preparação, feita por Varandas e Viana, da época 19/20. Mais de 15 milhões de euros em contratações falhadas em Camacho, Eduardo, Ilori e Rosier (com a agravante de se ter de somar a entrega de Mama Baldé) sem retorno desportivo mas, certamente, com prejuízo financeiro. Tal facto, ao qual acresce a classificação final no 4º lugar, deveria motivar profunda reflexão na administração e, no mínimo, ao afastamento do diretor desportivo, Hugo Viana. Mas não. Quem saiu, e pelo próprio pé, foi Beto Severo, que desempenhava as funções de Team Manager. Quem entrou foi Bernardo Morais Palmeiro (em 2018 apresentava-se como Moraes Palmeiro ao DN (2), pós Alcochete, declarando que os jogadores, para terem mais força para rescindir, não deveriam jogar a Taça de Portugal frente ao Aves), contratado para assessor da área jurídica e negocial (3). Em resumo, até pela ligação familiar a Palmeiro, Francisco Salgado Zenha reforça poder na administração da SAD, esvaziando João Sampaio, administrador para área jurídica, atual figura maior da sua família dentro do Sporting. Tendo estas decisões o beneplácito de Varandas, será este um convite a João Sampaio para sair, tanto da SAD, como da vice-presidência do Clube? Folheando a edição da semana passada do Jornal Sporting, encontramos mais um editorial ridículo de André Bernardo, ao melhor estilo do iraquiano Mohammed Saeed al-Sahhaf (4), cheio de inverdades (5), prontamente postas a nu nas redes sociais. Por decoro, prefiro acreditar que se trataram de vários lapsos e não de “chico-espertismo” para defender a gestão de Varandas, seu companheiro, tanto no liceu D. Filipa de Lencastre (6), bem como na Juve Leo (7). Tito Arantes Fontes, por seu turno, manteve a sua demanda quixotesca contra o jornal A Bola, com o nome de código Pravda, em alusão ao conhecido meio de comunicação da ex-URSS, o que diz bem da contemporaneidade do espírito do presidente do Grupo Stromp. Observe-se também que Tito ficou, junto com Benedito, em silêncio sobre a deselegância que Peter Schmeichel fez, ao desvirtuar a oferta duma camisola da instituição Sporting, integrada na campanha “Sou Sporting” (8), pois há que saber sempre distinguir a instituição de quem, momentaneamente, as lidera. Causou alguma perplexidade o facto de o Leonino ter publicado, em exclusivo, a notícia de como Luís Filipe Vieira anda a pressionar outros clubes para safarem o Setúbal (9), um clube que está sobre o “protetorado” de Vieira e seus pares, há vários anos. Quando existe uma notícia deste calibre, sobejamente conhecida e comentada nos meandros do futebol português, sabendo-se inclusive dalguns detalhes, com potencial impacto na integridade do campeonato, trazendo assim desvantagem competitiva ao Sporting, ela não pode ser ignorada. É pois do interesse do Sporting e dos Sportinguistas que se saiba o que nos pode afetar e perceber que aquilo, que Dias da Cunha apelidou de “o Sistema”, existe, continuando a funcionar e a beneficiar os “espertos”. O que se estranha é que, perante este caso, quem anda e tem, supostamente, perfeito conhecimento do mundo do futebol, se remeta ao silêncio, quando ao invés, por “dá cá aquela palha”, aparecem logo a comentar na comunicação social. Estranheza sobretudo para com alguns Sportinguistas que não quiseram marcar posição, quiçá por não se sentirem acompanhados pelos órgão sociais do Sporting, que deveriam, sem assombro, ter vindo a público solicitar esclarecimentos, liderando contra o “chico-espertismo” e a “batota”. Da parte do Leonino, não teremos pejo, nem complexos, em informar os Sportinguistas sobre as movimentações de terceiros que possam impactar fatalmente o desempenho desportivo e financeiro do Sporting!
Diretor Leonino
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