
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
22 Ago 2020 | 09:26
As linhas do Sporting, por pior que pareçam, nunca estão tortas (...). Acredito é que nem toda a gente saiba escrever a direito.
Esta semana a coluna será curta (felizmente para os leitores) até porque estamos em plena época de férias de Verão e os acontecimentos não são muitos.
Ainda assim, tivemos uma manifestação esta semana, em mais uma demonstração da insatisfação dos Sócios e Adeptos Sportinguistas, que ainda não obteve qualquer reacção (positiva ou negativa), da Direcção. Mais do mesmo, portanto…
Contudo, no editorial desta semana do jornal Sporting, não pude deixar de reparar em tudo o que, mais uma vez, é dito e o que fica por dizer.
Voltamos pois, a dar palco a Alcochete e à Covid-19 para justificar os pobres resultados obtidos esta época, ainda que, na anterior, já após Alcochete, se tenham conseguido dois títulos, conforme até evidencia o editorial, pelo que a culpa do fraco lugar obtido no campeonato só pode ser mesmo da pandemia.
E se há muitas verdades neste editorial, a realidade é que não são absolutas e muito menos irreversíveis, como se quer fazer passar.
É verdade que não podemos (nem devemos) arrancar páginas da nossa História, isso é deturpar a nossa identidade, é esquecer de onde vimos, é não guardar memória dos erros para aprender com eles e evitar cometê-los de novo e essas condicionantes todas certamente não ajudarão a descobrir para onde vamos.
Contudo, não é menos verdade que também não podemos continuar sempre na mesma página, havendo uma altura em que se tem mesmo de virá-la, sob pena de não se continuar o livro.
E se o livro do Sporting Clube de Portugal tem 114 anos de histórias que enchem muitas páginas, porque se teima em olhar sempre para as mesmas e, por sinal, sempre para as más?
Obviamente que não posso acreditar (nem quero) que qualquer Direcção que esteja à frente dos desígnios do Sporting não seja bem intencionada e não queira sempre fazer o melhor para o Clube, mas de boas intenções está o Inferno cheio…
Olhemos mais para as páginas boas, lembremo-nos que já houve uma identidade Sporting, um ADN Sporting que urge recuperar e o melhor caminho certamente não passa por constantemente estar a relembrar os fracassos ou momentos menos bons do Clube.
Não se deve esquecer, é certo, mas quem quererá fazer parte de um Clube depressivo, que só vive de memórias e passado e ainda por cima nem a capacidade para relembrar um passado bom tem, agarrando-se apenas ao que de negativo aconteceu?
“A credibilidade demora muito a construir, mas muito pouco a ser destruída” é igualmente referido no editorial e é uma verdade irrefutável, mas um Clube como o Sporting Clube de Portugal também demorou 114 anos a construir, para agora ser reduzido a dois acontecimentos isolados, como sejam Alcochete e a Covid-19.
E é desgastante que, semana após semana, as justificações para todos os problemas sejam sempre aquelas palavras, quais fórmulas mágicas que são resposta para tudo.
Quando o bailarino não sabe dançar, a culpa também nunca é dele, mas sim do chão que está torto…
E é por isso que, para mim, as linhas do Sporting, por pior que pareçam, nunca estão tortas, porque nunca um Clube com este passado, esta história, esta massa adepta, poderá alguma vez ter algo torto. Acredito é que nem toda a gente saiba escrever a direito.
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