
Um pedaço de ouro no caminho das pedras do Sporting
Se há coisa que a vida nos ensina é que o que parece certo, adquirido, rapidamente se transforma num cenário diametralmente oposto.
24 Mar 2020 | 09:00
Varandas rodeia-se de colaboradores de baixo perfil, nunca teria capacidade de gerir um relacionamento com um Jorge Jesus. Geração que se deixa representar por Varandas é uma geração que nunca o foi.
Vou ser direto. A contratação de Rúben Amorim é das decisões mais estapafúrdias que vi uma Direção de um Clube de futebol fazer. Digo estapafúrdia para não virem depois os arautos do purismo linguístico dizer que estão ofendidos com outra expressão mais adequada. A esses, lembro-os sempre de Almada Negreiros, no seu manifesto contra Júlio Dantas. Duas pessoas da história das artes portuguesas, que hoje são reconhecidas, mas que nunca impediu que seja louvada e saudada a contenda ocorrida no início do século XX.
Os tempos são de contenção, segundo me dizem. Ainda há pouco, ouvia Nuno Markl dizer que Ricardo Araújo Pereira se queixava que agora só havia um tema, o COVID-19. Mas bolas! Vamos lá a aproveitar o tempo, senão ainda mais malucos ficamos. E precisamos de ajudar todos os que têm paciência para nos ler a ter outros focos de loucura, que não a de assistir às notícias e terríveis imagens que nos ultrapassaram há muito.
Ponto um. O Sporting já tinha ultrapassado a fase de ser uma escola de formação de treinadores para a sua equipa sénior. O Sporting tem de ter treinadores formados, competentes, com histórico de vitórias, com estofo de aguentar a pressão, com capacidade de programar épocas (coisa que Rúben Amorim nunca fez em nenhum Clube onde esteve, com a honrosa exceção do Casa Pia), com o conhecimento que os faça descobrir, com o scouting, o atleta subvalorizado, que se revelará o novo ídolo da juventude. Já tivemos treinadores de mais que ao fim de uns tempos acabam como comentadores televisivos ou quejandos. O Sporting não pode ser um cemitério de treinadores.
Ponto dois. Não posso ter um orçamento de 60 milhões de euros e com a contratação de um treinador passar para 50 milhões para jogadores e estrutura. E pior. Não posso fazer com que um dos meus concorrentes, que me anda a morder mais que os calcanhares, passe de um orçamento de 30 milhões de euros para um de 40 milhões. E que ainda goza, prazerosamente, dizendo que está em causa a verdade desportiva. Os atuais dirigentes do Sporting têm de perceber que o Presidente do Sporting Clube de Braga é dos que mais desenvolveram capacidades reais de gestão do mundo do futebol. É ele que motiva jogadores e técnicos, e que os critica em privado ou em público quando entende justificar-se, que acode, com uma estrutura que funciona, às necessidades dos atletas e suas famílias. Não digo que o Presidente do Sporting Clube de Braga escolha as equipas que entram em campo, mas anda lá perto. Coisas que o Presidente do Sporting Clube de Portugal não sabe fazer. Seja por inépcia e arrogância de quem acha que tudo sabe. Porque se rodeia de colaboradores de baixo perfil, pois ele nunca teria capacidade de gerir um relacionamento com um Jorge Jesus ou com um Leonardo Jardim (já que ele próprio os observou in loco e foi, quanto a mim, fator de desestabilização, com um permanente leva-e-traz, qual coscuvilheira).
Assim, só me resta encerrar este texto escrito em quarentena com uma afirmação do início de século XXI. Uma geração que se deixa representar por um Varandas é uma geração que nunca o foi. PIM.
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