Grandes, mas inevitáveis novidades…
Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados
16 Jul 2020 | 11:35
0O que é certo é que já perdi a conta às vezes em que nos prestámos a fazer o papel de “bombos” nas festas do FC Porto. Não obstante o hábito, isto é algo que nunca aceitarei de ânimo leve.
É notório o enfraquecimento do plantel, nas duas últimas épocas.
Para além de contratações nada duvidosas, atendendo à notória falta de categoria de muitos dos atletas contratados, os sportinguistas têm que ver as notícias de jornal, que vão dando conta do sucesso de alguns atletas dispensados pelo Sporting.
O último caso é o de Domingos Duarte, de quem se diz estar às portas de um dos grandes de Espanha, após uma época de alto rendimento, num campeonato de primeira linha.
Depois das pechinchas que foram Demiral e Matheus Pereira, temos agora Domingos Duarte como o último exemplo de promoção do Bazar de Alvalade, onde os saldos são, de facto, difíceis de resistir. Qualidade a baixíssimo custo.
É certo que foram propagadas notícias sobre as dificuldades financeiras do Clube mas, enquanto se iam carpindo algumas mágoas decorrentes de falta de dinheiro, o plantel ia sendo forjado com elementos sem qualidade suficiente para honrar a história do Sporting Clube de Portugal, de avultado custo sem qualquer correspondência com o retorno de produtividade. Estou para perceber, no entanto, de que forma é que vender Domingos Duarte por 3M€ é um negócio necessário à solvência financeira, quando se contratam Ilori, Neto e Borja (este último é um caso peculiar, já que foi contratado como lateral esquerdo mas pouco jogou nessa posição, tendo todos nós assistido à adaptação de Acuña, um médio que custou 9M€, à posição para a qual foi o colombiano contratado), sendo razoável pensar que qualquer um dos contratados tem um salário mais elevado. Se compararmos o custo de cada operação, no que diz respeito ao valor das transferências e dos salários, com o potencial de valorização desportiva (e financeira, como consequência), fica por perceber onde está a mais valia para o plantel e para as finanças do Sporting. E se uso o caso de Domingos Duarte, podia muito bem usar o caso de Demiral que é um peculiar acto de gestão desportiva da Comissão de Gestão (e, infelizmente, não foi o único).
A falta de qualidade do nosso plantel é notória e isso tem que ser obra de algum responsável.
Quanto a Rúben Amorim, teve no Dragão um fortíssimo sinal de alarme. A equipa do novo campeão nacional, que subiu ao relvado, é um aglomerado de jogadores recolhidos na I Liga e nem sequer eram do melhor que havia nos respectivos clubes. Salvo 2 ou 3 casos, a qualidade daquela equipa é modesta. O sinal de alarme decorre do facto de a nossa equipa ser ainda pior.
E se ainda vamos tendo algum alento no talento dos miúdos, que agora tiveram oportunidade para jogar, é facilmente identificável em que áreas o Sporting precisa de jogadores de melhor qualidade. E se a qualidade se paga bem, é bom lembrar que o dinheiro gasto, só na última época, em atletas de qualidade notoriamente insuficiente ajudaria a procurar a qualidade necessária. O exemplo lapidar reside no valor recebido por Dost e o valor pago por Sporar. Se o holandês tinha a condicionante negocial do seu elevado salário, no caso do esloveno parece-me ser claro que o valor pago não corresponde a uma boa relação custo benefício. A administração da SAD limitou-se a trocar o custo dos respectivos salários, já que o valor de ambas as transferências se equivale. Mas isso tem um reflexo evidente na valia de cada um dos atletas mencionados e no número de golos que a equipa consegue marcar.
A redução da massa salarial anunciada parece-me ser demasiado curta para as necessidades de gestão financeira. Por sua vez, a quebra da qualidade média dos atletas teve um impacto negativo maior do que o efeito positivo (de redução de encargos) verificado na contabilidade. Eu percebia a qualidade deste plantel se o seu custo fosse metade do que é.
O que é certo é que já perdi a conta às vezes em que nos prestámos a fazer o papel de “bombos” nas festas do FC Porto. Não obstante o hábito, isto é algo que nunca aceitarei de ânimo leve e com que nunca me conformarei. Serei, porventura, um ser humano menos feliz, quando está em causa a minha paixão clubística, mas não consigo gostar deste papel, nem de perder jogos com equipas com notória falta de classe, como foi o caso.
Resta-me exigir à administração que se iniba de trazer jogadores do quilate daqueles que chegaram no último fôlego do mercado ou que não traga jogadores de pior qualidade do que aqueles que já temos, especialmente, quando transferimos os passes de elementos com potencial, sem termos uma necessidade evidente de o fazer.
E resta-me ter alguma fé que o treinador, independentemente do valor da sua contratação, tenha a fibra moral de exigir que, no mínimo, não o obriguem a aceitar jogadores sem qualidade para jogar no Sporting.
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CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO SPORTING, FREDERICO VARANDAS!
Nem está tudo bem quando se ganha, nem tudo mal quando se perde! Chega de lutas de egos, chega de falar do passado e casos mal resolvidos, chega do eu em vez do nós.
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02 Nov 2024 | 17:40
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30 Out 2024 | 14:26
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19 Jul 2024 | 15:49
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