André de Serpa Soares
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24 Jul 2020 | 09:05

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André de Serpa Soares

Esta é para já, e aconteça o que acontecer no dérbi de Lisboa, uma das piores épocas da história do Sporting.

Já só falta um jogo para terminar a época futebolística 2019/2020 do Sporting.


Não é um jogo qualquer. É o jogo dos jogos em Portugal. Nenhum outro desafio de futebol desperta tantas paixões e emoções no nosso País. Este é o dérbi dos dérbis, o clássico dos clássicos, a disputa eterna entre os dois maiores clubes de Portugal.

Para decidir está ainda a classificação final que o Sporting vai alcançar na tabela este ano. Só uma muito infeliz conjugação de resultados, em que o Sporting não consiga somar qualquer ponto, e o Braga vença o Porto, nos remeterá do terceiro para o quarto lugar.


Isso não vai acontecer porque, desde logo, os rapazes da verde e branca têm de entrar na Luz para ganhar o jogo. Fácil, não é. Para o Sporting, aliás, nunca nada é fácil. Mas temos de acreditar. Acreditar sempre. Os sportinguistas acreditam. Também por isso são sportinguistas.

Após o dérbi, com tudo definido e encerrado no campeonato, podemos e devemos fazer todos os balanços duma época infeliz e que não deixa boas memórias a ninguém. Ainda não é o tempo, mas temos mesmo de fazer esse balanço, para tirar dos muitos erros cometidos lições para o futuro.


Gostava muito de, daqui a vários anos, poder dizer “a época 2019/2020? – Ah, sim, essa foi a época em que contratámos o nosso Alex Ferguson, o Ruben Amorim, que já treina o Sporting há vários anos e lançou, nessa primeira temporada em que chegou ao Sporting, um conjunto enorme de putos da formação, que são agora a espinha dorsal desta nossa equipa penta campeã e da selecção nacional.”

Gostava mesmo de poder dizer isto. É bom sonhar, não é? Vai acontecer? Acho que não.

Esta é para já, e aconteça o que acontecer no dérbi de Lisboa, uma das piores épocas da história do Sporting. A juntar ao péssimo desempenho desportivo, chegou-nos esta horrível pandemia, que tem impactos graves não só na saúde pública, como também, como mais tarde perceberemos ainda melhor, na economia, no trabalho e na nossa qualidade de vida.

Sintomático é este fim de campeonato sem público nas bancadas. O futebol, sem público, tem a mesma graça? A mesma beleza e emoção? Não, não e não. O publico nos estádios é o “sal” do futebol.

Obviamente, para proteção de todos nós, não faria sentido permitir jogos com público, pelo menos nos mesmo moldes em que antes se realizavam, sem equipamentos de protecção individual (máscaras, principalmente) e sem “distanciamento associal”, como prefiro chamar-lhe.

Este é, portanto, por todas as razões, o campeonato do descontentamento dos sportinguistas. Mais um. Esta é, entre outras coisas, aquela época em batemos o recorde de anos consecutivos sem sermos campeões. E em que somámos o maior número de derrotas da nossa história.

O Sporting afunda-se nestes registos, e dificilmente vemos uma saída a curto prazo, uma luz ao fundo do túnel, uma centelha de esperança verde.

Mas onde e como se distingue um verdadeiro sportinguista? O jogo, a última partida da época, o dérbi dos dérbis, o clássico dos clássicos, ainda não começou. Ainda falta bastante tempo até o árbitro – esperemos que saiba estar à altura do desafio e em bastante melhor nível do que os árbitros que têm apitado o Sporting nestes últimos jogos – apitar para dar início aos 90 minutos a que nunca conseguimos ficar indiferentes.

A época foi má.

O futuro próximo preocupa.

O presente não é nada brilhante.

Mas o Sporting vai jogar. Quando os rapazes entrarem no relvado, com a verde e branca vestida e de leão ao peito, nós vamos acreditar. É desta massa que um sportinguista é feito, Nunca se rende, nunca desiste. Dá sempre luta. Tenta sempre ganhar.

É assim que tem de ser. Sempre.

Força, rapazes. Nós acreditamos em vocês. Acreditem também.

O futuro imediato é ganhar e depois contruir um futuro melhor que o presente.

Cabe-vos demonstrar quais de você devem fazer parte desse futuro.

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