O que falta, como dizia o outro, é deixarem o Sporting fazer o seu trabalho sem interferências, sem forças de bloqueio que erguem muros no nosso caminho de sucesso.
Nos últimos dias, o Sporting dedicou-se a seguir em frente.
Seguiu em frente na Taça de Portugal, após exibição convincente e um resultado sólido de três a zero frente a uma das melhores equipas da Liga, o Paços de Ferreira.
Seguiu também em frente na Taça da Liga, para a final a quatro, depois de vencer o Mafra, num jogo em que o treinador apostou nos jogadores com menor utilização. Estes fizeram por justificar a oportunidade e, apesar de não terem rotinas e ritmo para jogarem juntos, fizeram questão de mostrar a Rúben Amorim e aos sportinguistas e adeptos do futebol em geral, que o plantel tem soluções e outros jogadores ávidos de poder demonstrar todas as suas qualidades.
No plantel do Sporting, ninguém pode, portanto, “dormir na forma”.
Momento marcante foi, no entanto, o surgimento do movimento espontâneo #OndeVaiUmVaoTodos .
A onda de apoio verificada à saída de Alcochete, no acompanhamento do autocarro que transportou a equipa e à chegada a Alvalade é notável. E não tem dono. A iniciativa não foi do Sporting, não foi das claques, não foi de qualquer “notável”. Eu sei bem, vi-a nascer, sei quem pegou nas palavras de Rúben Amorim e a transformou em hashtag para as redes sociais, sei quem ajudou a torna-la movimento de coesão de adeptos, onda de apoio e também, é preciso não ignorar, de repúdio por todos os sistemas e subsistemas que se agitam, um pouco por todo o lado, dos poderes do futebol à arbitragem, da comunicação social aos labirintos de influencias obscuras, para tornar muito difícil a caminhada do Sporting até ao topo e, uma vez lá chegado, a sua manutenção lá em cima.
Porque futebol, a equipa tem. Apoio, também. Ganas e vontade de vencer, estão lá todas. O que falta? O que falta, como dizia o outro, é deixarem o Sporting fazer o seu trabalho sem interferências, sem forças de bloqueio que erguem muros no nosso caminho de sucesso.
Para nos deitar abaixo, bastam as nossas fraquezas e fragilidades, os erros próprios dos quais somos únicos responsáveis. Mas, se superarmos tudo isso, se formos mais fortes do que nós próprios, se somos mais fortes que os nossos adversários, deixem-nos ao menos pensar que é possível.
Seguimos em frente na Taça de Portugal. Seguimos em frente na Taça da Liga. Seguimos na Frente na Liga. Se ganharmos amanhã ao Sporting Farense, o nosso presente de Natal será a liderança e esta promessa, esta esperança, esta vontade, que não deixamos morrer. Não deixámos nos piores momentos, não deixamos certamente agora. A esperança do Sporting nunca morre. Porque o Sporting somos nós.
Seguir em frente. É disso que o Sporting precisa. Em tudo. Os erros passados, tudo o que de mal já nos aconteceu, é isso: passado. Deixemo-lo lá, onde ele está. O Sporting tem de encarara sempre o futuro, um futuro melhor, em que o leão reina de novo sobre todos os animais, reais ou mitológicos.
O leão está vivo. O leão, o rei Leão, somos nós quando somos apena um. #OndeVaiUmVaoTodos