Opinião - Análises e Comentários

O FC Porto talvez tenha sentido que estava na altura de reerguer a sua teia de silêncios e cumplicidades. Mas já não estamos no século passado.

Já basta de arrogância e de indignidade para alguns, deixando outros prevaricadores impunes, onde quase nada lhes acontece.

Fala-se muito das atitudes dos adeptos, mas desculpa-se em igual medida o comportamento dos dirigentes. Isto é uma cultura e mentalidade que tem de acabar, por bem do futebol.

Estamos na reta final do campeonato e não podemos ter contemplações com quem nos prejudica.

Andámos durante todos estes meses a plantar e a construir em cima um sonho que, quer se diga quer não, pertence a todos os Sportinguistas. Desde os adeptos aos jogadores e estrutura do clube.

Não devemos estar satisfeitos, nem devemos estar conformados, mas devemos sim fazer o nosso papel, dever e obrigação maior: apoiar o Sporting e não contribuir para qualquer tipo de instabilidade.

Para acreditar neles basta uma única coisa: a verde e branca vestida, porque isso é o que faz de todos nós família, e se o somos, seremos sempre, nos bons e nos maus momentos.

Embora apanhados de surpresa, a reacção de adeptos, ex-atletas e atletas à inacreditável ideia dos 12 encabeçada pelo presidente do Real Madrid, foi um claro sinal que existem limites.

Esta é a hora de acreditar com força redobrada. De mostrar de que raça é feito um leão. De entrar em campo e ganhar.

O objetivo é claro: tentar criar a narrativa de que o Sporting é beneficiado pelas arbitragens.

Grandes guarda-redes ganham campeonatos. Agora, é preciso ter mais acerto na finalização, chegar mais vezes à baliza e marcar golos que não nos deixem tão dependentes da sua (grande) forma.

A única coisa que Varandas e Viana fizeram foi contratar o homem que neste momento acaba por ter um projeto coeso, bem montado, bem definido e bem trabalhado para a equipa de futebol do Sporting.