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Efemérides
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Paulo Freitas nasceu a dia 3 de junho de 1968, no Porto, e consagrou-se como um dos grandes nomes do Hóquei em Patins em Portugal. O antigo treinador do Sporting acabou por deixar o Clube num patamar superior. Como técnico, foi um dos grandes responsáveis pelas conquistas entre 2017 e 2022, sendo que mais tarde, em 2023, assumiu o comando da seleção nacional.
Ainda como atleta, a jogar entre os postes, Paulo Freitas chegou à equipa de seniores do Porto, onde começou, também, a sua carreira enquanto treinador, nas camadas jovens, entre 2001 e 2004, antes de tomar outro rumo na carreira. Começou a orientar equipas seniores em 2004, ao assumir o comando técnico pelo Académico da Feira, onde ficou dois anos até dar o salto para a Académica de Espinho.
Paulo Freitas ficou cinco anos no novo clube, entre 2006 e 2011, chegando aos sete anos de carreira a treinar o escalão principal da modalidade. Depois da Académica de Espinho, decidiu fazer uma pausa de dois anos e voltou a orientar um novo conjunto em 2013, ano em que se tornou treinador do Óquei Clube de Barcelos. No conjunto de Barcelos, conquistou a Taça CERS, na época 2015/16, e em 2017 preparou-se para dar o primeiro grande salto da sua carreira.
Paulo Freitas chegou ao Sporting a 14 de março de 2017, dia em que foi apresentado como a nova figura do comando técnico da equipa principal de hóquei em patins do Clube de Alvalade. No conjunto verde e branco reencontrou João Pinto e Ângelo Girão, dois craques que já tinha treinado anteriormente.
Com um sistema defensivo muito sólido, Paulo Freitas incutiu no Sporting uma atitude fora do normal. A equipa passou a ser muito regular e a ter muito cuidado para não perder a posse de bola. Montou um plantel que conquistou o Campeonato Nacional 30 anos depois do último e o grande triunfo na Liga Europeia, já 42 anos depois do mítico Cinco Maravilha.
Em 2020/21, Paulo Freitas atingiu a dupla conquista de Campeão Europeu e Campeão Nacional e chegou àquela que foi a segunda vitória da história do Clube na Taça Continental. No final da época 2021/22, terminou a sua ligação de cinco anos com o Sporting e regressou ao Óquei Clube de Barcelos.
Em 2023 assumiu o comando da seleção portuguesa de Hóquei em Patins ainda quando treinava o Óquei Clube de Barcelos, clube do qual se despediu em 2024. Paulo Freitas deixou um legado histórico e uma revolução a diversos níveis. Os adeptos Sportinguistas nunca se vão esquecer do técnico que, em 2019, até foi coroado com o prémio Stromp.
Antigo presidente no conjunto verde e branco viu a sua vida dividida entre duas grandes paixões: o seu Clube de coração e a política
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Pedro Miguel Santana Lopes foi eleito presidente do Sporting no dia 2 de junho de 1995. O antigo líder do Clube verde e branco, apesar de ter comandado o Clube apenas durante 10 meses e sete dias, conquistou a Taça de Portugal em 1995, pouco tempo depois de assumir o cargo, e foi o responsável por contratar Octávio Machado para o comando técnico.
Santana Lopes nasceu a 29 de junho de 1956, mas foi admitido como sócio do Sporting a 9 de setembro de 1960, quando tinha apenas quatro anos. Formou-se em Direito na Universidade de Lisboa e, com a exceção da passagem pelos leões, fez toda a carreira na política. Foi Secretário de Estado, Presidente das Câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa e, também, primeiro-ministro.
O governante tornou-se presidente do Sporting no dia 2 de junho de 1995, o primeiro do tão conhecido ‘Projeto Roquete’. Segundo consta, José Roquete não se queria envolver diretamente no futebol, então decidiu pagar a Santana Lopes, que tinha uma imagem pública mais forte, para desempenhar este cargo.
O período inicial deste projeto trouxe grande entusiasmo para os Adeptos Sportinguistas, mas alguns problemas começaram a surgir. Santana Lopes teve algumas desavenças com Carlos Queirós, treinador que acabou por despedir em fevereiro de 1996, meses depois de ter iniciado o seu mandato.
Octávio Machado, que na altura já era uma das ideias de Santana Lopes para integrar a equipa técnica, foi o nome escolhido para assumir a liderança do plantel de futebol do Sporting, ainda em 1996, tendo sido contratado pouquíssimo tempo depois do anúncio da demissão do antigo treinador, Carlos Queirós.
A verdade é que Santana Lopes teve uma curta passagem pela presidência do Sporting, porque mais alto continuou a falar a sua outra grande paixão, a política. O presidente dos leões não resistiu e voltou a ligar-se ao PSD em abril de 1966. Por respeito ao Clube, o antigo primeiro-ministro demitiu-se do conjunto verde e branco.
Quem acabou por assumir a presidência do Sporting por inteiro foi José Roquete, que deu continuidade ao seu projeto. Em março de 2011, Santana Lopes ainda se candidatou à presidência da Mesa da Assembleia Geral dos leões, mas só conseguiu 9,81% dos votos no ato eleitoral e não pôde assumir este cargo.
Antigo capitão dos leões teve o seu adeus perante os Adeptos no Estádio José Alvalade, numa partida que foi determinada em tribunal
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No dia 5 de maio de 2010, realizou-se no Estádio José Alvalade a partida de despedida de Ivaylo Iordanov, num jogo amigável que opôs uma equipa de antigas estrelas do Sporting a uma equipa de figuras selecionadas pelo antigo capitão dos leões.
Do lado do Sporting, os convocados foram Melo, Beto, Naybet, André Cruz, Rui Jorge, Nélson Alves, Oceano, Vidigal, Pedro Barbosa, Sá Pinto, Acosta, Néson, Marco Aurélio, Filipe, Luisinho, Freire, Dominguez, Venâncio e Virgílio e a compor a equipa convidada estavam Vítor Baía, Paulinho Santos, Mozer, Fernando Couto, Leal, Poejo, Pedro Gomes, Capucho, Stoichkov, Pauleta, Peixe, Carlos Xavier, Dani, Domingos, Hélder, José Eduardo, Veloso e José Carlos. Iordanov dividiu o seu tempo entre as duas formações.
Apesar das melhores intenções, as circunstâncias que viram nascer este jogo, não foram as melhores. Ivaylo Iordanov colocou o Sporting em julgamento no Tribunal de Trabalho de Lisboa, reclamando o cumprimento do seu último ano de contrato de trabalho enquanto treinador adjunto da equipa B dos leões, vínculo esse onde estava acordada a realização de uma partida de despedida para o búlgaro.
Em relação à sua insistência com este jogo, Iorda explicou: “Queria despedir-me de uma forma digna dos associados, das pessoas que sempre me apoiaram nos problemas que tive, que sempre me disseram para levantar a cabeça. Só isso. Nada mais”.
Os 16 mil adeptos que se deslocaram ao Estádio de Alvalade no dia 5 de maio de 2010 presenciaram um dia de celebração da carreira de um dos maiores capitães que o Clube já viu passar. Iorda, como ficou conhecido, foi a figura central do jogo, sendo o protagonista dos momentos bons e menos bons: o búlgaro acertou nos ferros da baliza, falhou uma grande penalidade e ainda sofreu um penálti que não foi assinalado.
Apesar do resultado não ser o mais importante neste jogo, a partida estava empatada 6-6, perto do final do jogo e quem mais para decidir o vencedor: Iordanov resolveu o jogo para o lado do Sporting e todos os jogadores em campo correram para abraçar o búlgaro (7-6).
No final do jogo, ainda houve tempo para um pequeno discurso de Iordanov: "Vou sair pela porta grande. Estou emocionado. Obrigado a todos. Quando precisei do vosso apoio, vocês foram capazes de o dar. Continuem a apoiar a equipa do Sporting porque ela merece. Viva o Sporting", disse o búlgaro antes de receber uma ovação de pé da plateia de Alvalade.
Ivaylo Iordanov representou o Sporting entre as temporadas 1991/92 e 2000/01, nas quais apontou 69 golos em 222 jogos realizados. Ao serviço dos leões, fez parte da equipa que terminou o jejum de 18 anos sem conquistar o campeonato nacional, em 1999/00, e foi um dos maiores capitães da história recente do Clube.
Antiga casa do leão começou a receber visitas em junho de 1956, tendo sido este o início de uma fase bonita passada neste recinto
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O desenho do recinto esteve a cargo de dois nomes importantes: António Augusto Sá da Costa e Anselmo Fernandez. Este último, mais do que arquiteto, foi um verdadeiro homem do Sporting. Ao longo de 17 anos, vestiu as cores do Clube como atleta, ofereceu o projeto do estádio sem pedir nada em troca e viria, ainda, a conduzir, como treinador, a equipa que levantou a histórica Taça das Taças em 1964. Um Sportinguista completo, ao serviço da sua paixão.
Na vertente de engenharia, o responsável foi Ruy José Gomes, e a execução da obra coube à construtora Alves Ribeiro, supervisionada por Mário Themudo Barata. O plano original previa duas bancadas centrais cobertas, simetricamente colocadas a poente e a nascente, mas só a primeira foi efetivamente erguida. O lado oposto só contou em 1983 com a "bancada nova", já distante do projeto inicial.
A edificação do estádio representou um enorme desafio económico. Com os cofres do Clube longe de serem suficientes, um grupo de mais de 40 Sócios ofereceu-se para garantir os pagamentos iniciais à construtora e ao banco, assumindo pessoalmente riscos financeiros. O apoio dos Adeptos foi igualmente extraordinário: antes mesmo das máquinas entrarem em ação, os Sportinguistas já tinham doado milhões de escudos. As célebres sessões de “picaretada” - em que os sócios pagavam para participar simbolicamente na demolição do antigo campo - tornaram-se símbolo da devoção popular à causa leonina.
Durante meio século, o Estádio de Alvalade foi palco de inúmeras emoções e memórias. A Porta 10-A, em particular, transformou-se num ponto de encontro sagrado, onde adeptos e jogadores cruzavam destinos e onde muitas histórias começaram.
A inauguração do novo recinto foi celebrada com pompa e circunstância. Mais de 60 mil pessoas encheram as bancadas para testemunhar um espetáculo vibrante, que contou com o desfile de centenas de atletas do Clube e a presença de representantes de dezenas de entidades desportivas nacionais.
O jogo inaugural foi frente ao histórico Vasco da Gama do Brasil, num encontro em que o Sporting, reforçado com jogadores cedidos por outros clubes, acabou por perder por 2-3. Apesar do resultado, o espírito da festa manteve-se intacto.
Na equipa Leonina desse dia figuravam nomes como Carlos Gomes, Caldeira, Juca, Vasques e João Martins - que anos antes contribuiu, por exemplo para a maior goleada sobre o Estoril. O primeiro golo da história do novo estádio surgiu de forma insólita - um autogolo de Juca - mas o Sporting respondeu com um tento de Miltinho, que fez vibrar a multidão pela primeira vez neste novo palco.
Um momento especialmente simbólico ocorreu quando uma comitiva de motas Vespa entrou em campo, uma delas trazendo consigo terra vinda diretamente de Olímpia, a mítica cidade grega onde nasceram os Jogos Olímpicos. Essa terra foi misturada com o solo do novo estádio, numa cerimónia que reforçava a ideia de que Alvalade não era apenas um estádio de futebol, mas também um espaço dedicado ao desporto em toda a sua expressão, com uma pista de ciclismo e vocação multidisciplinar que refletia o espírito ecletista do Clube. O Estádio José Alvalade recebeu 50 anos da história do Sporting, até ser substituído pela nova casa do leão.