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0O antigo médio do Sporting, Oceano Cruz, abordou o tema do racismo no futebol, que tem sido cada vez mais falado em torno do futebol, nas várias esferas a que o desporto consegue chegar. O ex-internacional português considera o problema ‘estrutural’.
“Trabalhar em Portugal? Sim! Até porque seria um facto curioso: seria o único treinador negro na primeira divisão”, atirou de início Oceano, em declarações ao podcast Final Cut.
“O racismo existe, não vamos escamotear isso, porque existe. Em Portugal, que é onde posso falar de uma forma mais assertiva, existe um racismo perigoso, porque é um racismo estrutural. Achas normal não haver um treinador negro na Primeira Liga? O ano passado já não houve ninguém... A maior parte das pessoas acha que é normal e isso é que torna o racismo estrutural”, fomentou o agora técnico.
“Não é normal olharmos para a qualidade que têm os jogadores negros, para a qualidade que têm os treinadores negros e ver as poucas oportunidades que eles têm. Dou por mim a educar as pessoas quase todos os dias neste tema do racismo. Não devia ser o meu trabalho, ou melhor, devia ser o trabalho de todos”, continuou.
“O Vinícius tornou-se viral porque está no topo de pirâmide, é jogador do Real do Madrid e obriga toda a gente a falar sobre o tema. Mas existe racismo todas as semanas. O problema deste mundo é que amanhã acontece sempre outra coisa; mas às vezes o que aconteceu ontem merece ser lembrando e discutido. Este é um problema e é um problema grande”, termina usando Vinícius como exemplo.
Enquanto jogador do Sporting, Oceano alinhou em 401 partidas pela formação verde e branca, marcando por 48 ocasiões e vencendo uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.