“SEM CLAQUES, O SPORTING NÃO TEM APOIO”: PAZ ENTRE CLAQUES E DIREÇÃO JÁ!
Este é o repto de um ex-candidato à Presidência do Sporting, que falou em exclusivo com o nosso Jornal, após o episódio da apreensão do ‘gerador’ emprestado à Juve Leo
Redação Leonino
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24 de Janeiro 2023, 06:44

Há muito tempo que o Sporting e as claques, principalmente a Juve Leo, vivem em discórdia. Foram vários os episódios que contribuíram para esta história. Em conversa com o nosso jornal, Fernando Tavares Pereira, antigo candidato à Presidência do Clube de Alvalade, acredita que a atual Direção tem culpas no cartório, apesar de nenhum dos lados estar 100% correto.

Tavares Pereira foi responsável por doar um gerador de energia à ‘casinha’, habitual ponto de encontro da claque verde e branca, após Frederico Varandas ter mandado cortar a água e a luz do edifício (Saiba mais AQUI). Na última sexta-feira, durante o encontro entre Sporting e Vizela, a Polícia Municipal removeu esse gerador, algo que manifestou desconforto entre a claque. O Leonino teve acesso ao auto da policial (Saiba mais AQUI).

“Foi só mais uma situação triste para o Clube”

Para o ex-candidato, o que se sucedeu foi mais uma situação infeliz, que poderia ter sido resolvida a dialogar: “Ligaram-me a dizer que tinham um mandado da Polícia para levantar o gerador. É muito triste. Devia ter-se resolvido a bem e acho que não é com situações destas que as coisas se resolvem. As coisas resolvem-se é com diálogo e não com prepotência. Até porque o importante é o Clube”.

“Direção? Hoje estão lá e amanhã não. O Sporting fica e eles vão!”

Tavares Pereira não tem dúvidas: a situação não beneficia ninguém e só prejudica o Sporting, relembrando que só os leões são eternos e quem lá passa tem os dias contados: “Eles estão lá, amanhã já não estão. O Sporting fica, eles vão, mas o mal que se fez ao Clube continua. Foi só mais uma situação triste para o Sporting. Mas vamos tentar recuperar o gerador e estou confiante de que o vamos conseguir. Espero também que possa voltar ao sítio onde o tiraram, se o Sporting tiver coragem de voltar atrás com tudo aquilo que fez.”

Juve Leo quer paz, Direção não

“A Juve Leo, e outras claques, já estiveram de braço dado com o Sporting e, por eles, ainda estavam. Conheço-os, dou-me bem com eles e isto é uma situação complicada. Tudo aquilo que se faça para que o Sporting não fique com a dignificação necessária e com a paz que deve existir, é mau. Por mais que se queira fazer o bem, não se consegue”, afirma, admitindo que “já me prontifiquei para dialogar e ofereci-me, caso queiram, para fazer os contactos entre a claque e a Direção. Caso queiram, não tenho problema nenhum em fazê-lo, até porque só assim é que as coisas se resolvem”

Conciliação? Havia um contrato, mas foi rasgado…

“Conciliação? Sempre acreditei, até porque, do que ouço das claques é que a conciliação é o que querem. Havia um contrato que foi assinado por eles e, até hoje, não sei porque é que esse contrato foi rasgado”, atira.

O contrato em causa viria a estabelecer a Juventude Leonina como uma claque legal, mas a Direção de Alvalade acabou por cancelar o mesmo, alegando que foi o grupo quem falhou com o acordado (Saiba mais AQUI).

Carga policial: “Dá que pensar… qual foi o objetivo?”

O antigo concorrente ao cargo de Varandas ‘rebobina a cassete’ e relembra a carga a que a Curva Sul foi submetida diante do Casa Pia (Saiba mais AQUI), admitindo não entender o objetivo da mesma. Afinal, o que se queria dali? “Os estádios portugueses, que foram feitos para o Euro 2004, vão buscar a imagem ao milímetro. À partida devem, ou deviam, saber quem enviou a tocha. Então porquê carregar em toda bancada? Se estivesse no Sporting a situação era muito fácil. Era verificar as câmaras e, com tanta Polícia que lá estava, removia-se essa pessoa, e apenas essa pessoa. Aí começa o respeito. Essa pessoa, ou pessoas, tinham de ser punidas. Dependendo da gravidade, ficavam afastadas dos recintos um, dois, três, quatro anos, o que seja”.

“Perde-se tempo a pensar como fazer advertências às claques e depois não se pensa no futuro do Sporting”

“O início desta Direção foi: ‘claques não’. Mas sem claques, o Sporting não tem o apoio necessário. É um Clube triste e sem o futuro que deve ter. Anda-se aqui a perder tempo em coisas supérfluas, a pensar como fazer advertências às claques e depois não se pensa no futuro do Sporting. Têm de se preocupar é com o bem-estar do Sporting, os resultados e a união de todos. Só assim se vence”, defende.

Certo é que toda a inimizade criada em torno das claques e da atual Direção já valeu diversas multas pesadas ao Sporting, bem como revoltas por parte dos adeptos. Em consequência, o Estádio José Alvalade vive dias difíceis e regista assistências muito abaixo do exigível para um Clube como o Sporting.

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