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Sporting - Guimarães obriga ao fecho de cafés e donos revoltam-se: "Alguém tem de fazer barulho"
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O Sporting está de novo debaixo da mira do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. A autoridade disciplinar abriu um processo ao clube de Alvalade na sequência do jogo da 32.ª jornada da Liga, frente ao Gil Vicente, que decorreu no passado dia 4 de maio e terminou com uma vitória dos leões por 2-1. Embora a razão concreta da instauração do processo não tenha sido divulgada, os indícios apontam para comportamentos que escapam ao regulamento e que agora serão analisados em detalhe.
O mapa de castigos divulgado esta quinta-feira indica que o Sporting já tinha sido multado em 18.560 euros na sequência da receção aos gilistas. Parte desse valor está relacionada com a entrada em campo de jogadores não convocados após o apito final. Entre eles, estiveram três atletas lesionados: Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões, que se juntaram aos colegas nas comemorações com os adeptos no relvado de Alvalade.
Segundo o relatório do Conselho de Disciplina, a presença de jogadores não inscritos na ficha técnica dentro da zona técnica e do relvado constitui uma infração. O documento é claro ao referir: "Após o final do jogo os jogadores não convocados e não inscritos em ficha técnica Daniel Santos Bragança com a licença 912634, o jogador Nuno Miguel Gomes dos Santos com a licença 820756, e o jogador João Pedro Arnauth Barrocas Simões com a licença 1145255 acederam a zona técnica e ao retângulo de jogo". A atitude valeu sanções individuais: 230 euros para Nuno Santos e Simões, e 510 euros para Bragança.
Apesar de parecer um gesto espontâneo de celebração com os adeptos, o episódio não passou despercebido às autoridades. A abertura de um novo processo poderá levar a mais consequências, dependendo das conclusões da investigação. A presença não autorizada de elementos no relvado é uma violação do regulamento de segurança e disciplina da Liga.
O Clube de Alvalade ainda não reagiu publicamente à abertura do processo, mas é expectável que acompanhe a situação com atenção, sobretudo numa fase tão decisiva da temporada. O Sporting recebe o Vitória de Guimarães, amanhã às 18h, naquela que será a grande final do I Liga. A equipa de Rui Borges, apesar de ter os mesmos pontos que o Benfica (79), segue na liderança no campeonato devido à vantagem do confronto direto. Com uma verdadeira final a poucas horas, os jogadores estão mais unidos do que nunca, e adeptos ajudam na luta pelo bicampeonato.
Antigo avançado leonino acredita que a equipa de Alvalade vai conseguir conquistar o título nacional, deixando vários elogios ao técnico e à peça-chave do Clube
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Paulinho Cascavel, antigo goleador de Sporting e Vitória de Guimarães, vive com o “coração dividido” este fim de semana, mas acredita que os leões vão garantir o título de campeão nacional. Ídolo dos anos 80 e figura incontornável do futebol português, o ex-avançado acompanha de perto o desempenho das duas equipas do seu coração.
“Confesso que estou com o coração dividido para este fim de semana. O Vitória de Guimarães poderia ter facilitado a minha vida se não tivesse falhado contra o Farense, mereciam todos uma surra...”, começou por brincar. A viver no norte do Brasil, entre a construção civil e a vida na fazenda, Cascavel não perde os jogos do campeonato: “Estou convencido de que o Vitória vai qualificar-se para a Liga Conferência e o Sporting só pode ser campeão. É evidente que pela dimensão dos títulos, estou a puxar mais pelo Sporting. Não podem perder a oportunidade. Fico com o coração partido, mas é mesmo assim a vida.”
Paulinho acredita que o jogo frente ao Vitória de Guimarães será decisivo, mas vê o Sporting em vantagem: "O Sporting joga em casa, num ambiente favorável, junto dos seus adeptos, parece-me que dificilmente alguém consegue alterar o figurino do jogo. Portanto, penso que o Sporting irá ganhar e dar mais um título de campeão nacional aos seus adeptos."
Sobre Viktor Gyokeres, o ex-jogador só tem elogios. “Realmente o Gyokeres está noutro patamar. É um jogador fantástico. Pensei até que deixasse o Sporting a meio da época, mas isso seria trágico para a equipa. É um jogador com muita qualidade e apesar de estar focado na baliza e marcar muitos golos, trabalha imenso para a equipa, aliás, como se viu no fim de semana contra o Benfica. Infelizmente, não deve ficar mais tempo. É impossível mantê-lo.”
Cascavel torce para que o sueco conquiste a Bota de Ouro e elogia também o espírito do jogador: “Trata-se de um troféu muito significativo e ele merece ganhá-lo. Quando estive em Lisboa, tive oportunidade de estar alguns momentos com um familiar dele e fiquei com a sensação de que se trata de um jogador que faz também bom balneário, é um bom amigo.” Quanto à grande decisão, já tem tudo planeado: “No sábado, vou ficar colado à televisão a ver o jogo. Não vou comer feijoada porque pode dar sono. Vou assistir ao jogo e beber uma cervejinha. Não podem facilitar, com o Gil Vicente foi em cima da hora"
No final, o antigo avançado destacou ainda o papel de Rui Borges, atual treinador dos leões e antigo colega do seu filho, Guilherme, conhecido como “Cascavel”: “Está a fazer um bom trabalho no Sporting e isso tem muito a ver com o seu estilo disciplinado. Estou convencido de que terá um futuro brilhante. Está muito próximo dos jogadores, usa a mesma linguagem que eles. Hoje em dia, muitas vezes, mais do que um treinador, as equipas necessitam de um psicólogo e ele desempenha bem essa função.”
Ex-jogador, que passou pelos escalões de formação do Clube de Alvalade, dirigiu-se aos adeptos leoninos, na véspera da receção ao Vitória de Guimarães
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O Sporting está a um pequeno passo de conquistar o bicampeonato. Em caso de vitória na receção ao Vitória de Guimarães, este sábado, os verdes e brancos celebram o feito que não alcançam há mais de 70 anos. Afonso Figueiredo, ex-jogador formado no Clube de Alvalade, recorreu às redes sociais para deixar uma mensagem de incentivo, antes do encontro decisivo.
“Sábado não será só mais um jogo, não serão só mais 90’ de futebol. Sábado podemos conseguir algo que nos foge há 72 anos, algo que tanto ambicionámos e merecemos!”, começou por escrever Afonso Figueiredo – que sagrou campeão nacional de iniciados pelo Sporting, em 2007/08 -, numa publicação na rede social Instagram.
O ex-lateral esquerdo deixou um “pedido” aos adeptos do Sporting que vão assistir ao encontro no Estádio José Alvalade: “Os 50 mil privilegiados que estarão nas bancadas que se sintam parte do espetáculo, do primeiro ao último segundo, não poupem a voz para nada que possa vir a seguir, que façam do fator casa a maior força que alguma vez se viu! Não deixem que o medo, a tensão, o jogo em Braga, nos faça perder coragem para apoiar e empurrar aqueles jogadores em todos os momentos do jogo, seja em que bancada for, contagiem quem está ao lado, isso fará toda a diferença!”.
Afonso Figueiredo reforçou a importância do apoio à equipa leonina: “Desde a saída da Academia até ao apito inicial, está nas mãos de todos os adeptos do Sporting entrar a ganhar ainda antes do jogo ter começado. Lembrem-se dos vossos familiares, que já cá não estão e gostariam de poder ver este Sporting, que seja também por eles, pelo senhor Aurélio, Manel Fernandes, Maria José Valério, entre muitos. Façam-no pelo Sporting, por vocês e por todos os que amam este clube! P. S. E que nunca se confunda festas antecipadas com apoio sem igual”.
O Sporting – Vitória de Guimarães joga-se a partir das 18h deste sábado, dia 17 de maio, em Alvalade. O jogo é referente à 34.ª e última jornada da Liga Portugal Betclic e será arbitrado por Fábio Veríssimo, da Associação de Futebol de Leiria. Os leões estão na liderança do campeonato, com 79 pontos.
Guarda redes uruguaio já venceu o campeonato nacional de leão ao peito, e tenta fazê-lo de novo. Concedeu entrevista onde aborda a estadia em Alvalade
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Franco Israel tem tido um percurso de altos e baixos no Sporting. Chegou para ser suplente de Antonia Adán, mas eventualmente ganhou a titularidade ao espanhol. Perdeu-a para Vladan Kovacevic, voltou a consegui-la, antes de Rui Silva o tirar definitivamente das balizas verdes e brancas. Concedeu uma entrevista, recentemente, ao 'Sport890', onde se mostrou contente apesar do momento complicado.
Começou por falar dos adeptos: "A forma como os adeptos sentem... Saímos da Academia e está cheio de pessoas. Aqui [Portugal] vive-se muito o futebol", atirou, para depois deixar uma nota sobre a luta pelo título nacional: "Falta o jogo com o V. Guimarães em casa. Dependemos de nós. Se ganharmos, somos campeões, bicampeões, algo que o Sporting não consegue há 70 anos. Tive sempre a sorte de estar em equipas que lutam por títulos e que jogam para ganhar. Creio que todos os futebolistas querem lutar por isto, por ser campeão e por coisas importantes. A liga portuguesa é muito competitiva".
De seguida, falou do momento que vive, depois de perder a titularidade para Rui Silva: "Ultimamente não estou a ter tantos minutos, mas na parte inicial da temporada pude jogar. É complicado porque todos queremos jogar sempre e competir. São coisas do futebol. As coisas mudam muito, seja para o bem ou para o mal. É uma etapa. Estou pronto e à espera da oportunidade", explicou Franco Israel.
Mencionou, também, a vida na capital portuguesa: "Vivo numa zona exterior [de Lisboa], ou seja, não vivo no centro. É tranquilo, a 5 minutos da praia. Vivo em total relaxamento, embora seja bastante caseiro, não gosto muito de sair", explicou o guarda redes uruguaio.
Por último, falou dos desafios da língua portuguesa: "Em Itália [na Juventus] ou falava em italiano ou não falava, porque eles não falavam inglês. 90% dos italianos só falam italiano. Tive de aprender italiano sim ou sim. Aqui, falo espanhol. Não espanhol como falamos no Uruguai, mas uma mistura entre espanhol e português e eles percebem tudo. Adorava falar um português perfeito, mas não falo. O Seba [Coates] esteve cá 7 ou 8 anos e fala como eu, pior até. O Manu [Ugarte] defende-se um bocadinho mais", rematou Franco Israel.