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O Sporting recebia o Vitória de Guimarães, no Estádio do Lumiar, na altura já denominado José Alvalade, dia 2 de maio de 1954. A partida culminou num resultado de 5-0 e deu o tetracampeonato aos leões, depois de uma época que contou com uma mudança de chave impressionante. O feito foi conquistado há 71 anos e, com todo este tempo depois, os Adeptos Sportinguistas podem voltar a festejar o título na receção aos vimaranenses, mas desta vez, o bicampeonato.
O tetra já tinha sido iniciado na temporada 1950/1951, pela mítica equipa dos Cinco Violinos, no entanto, em 1953/1954, já estava em fim de ciclo. Peyroteo já tinha pendurado as botas, sendo substituído por João Martins, que ficou apelidado de ‘sexto Violino’. Restavam apenas Albano, Travassos e Vasques, depois de Jesus Correia ter trocado os campos de futebol pelos pavilhões, seguindo a paixão do hóquei em patins.
A temporada da equipa verde e branca teve muitos altos e baixos devido a lesões e um início atribulado. Álvaro Cardoso, antigo adjunto de Randolph Galloway, foi o escolhido para assumir o comando técnico, mas os resultados não apareceram e foi preciso fazer um grande esforço para conseguir o regresso do mestre Szabo. O Sporting -Vitória de Guimarães foi jogado na jornada 24 em Alvalade e, em caso de vitória, os leões iam campeões para a última jornada, que seria frente ao eterno rival.
A equipa leonina, treinada por Joseph Szabo, foi para campo com Carlos Gomes, João Galaz, Manuel Passos, Manuel Caldeira, Vasques, Juca, José Travassos, Hrotko, Hugo Sarmento, João Martins e Fernando Mendonça. O conjunto vimaranense alinhou com Meca, José Silveira, Cesário Mateus, Queirós, Francisco Costa, Juanín, Eduardo Cerqueira, António Caraça, Rola, Manuel Rebelo e Lara.
O Estádio José Alvalade encheu para receber o Vitória de Guimarães. João Martins garantiu a vantagem dos leões ainda na primeira parte, marcando aos 30’. Já no segundo tempo bisou (66’) e assegurou um triunfo que viria a ter um placar maior. Os dois golos seguintes saíram ambos dos pés de Hrotko, que também alcançou o bis. Já com foguetes postos, o Sporting termina o jogo com um 5-0 a sair da genialidade de Manuel Vasques.
Os festejos foram icónicos, porque ainda sem autocarros, os jogadores vencedores do troféu passearam pelas principais avenidas da cidade em jipes descapotáveis, que foram completamente engolidos pelos Adeptos leoninos. A festa terminou, mas ainda ia voltar na última jornada do campeonato.
O novo momento de celebração passou novamente por Alvalade 15 dias depois, quando o Sporting, já campeão, recebeu o Benfica e venceu o dérbi por 3-2. Os campeões do tetracampeonato destacaram-se novamente: João Martins volta a bisar e conquista o prémio de melhor marcador do campeonato, chegando aos 31 golos em 26 jornadas.
Leões conquistam o quarto campeonato nacional consecutivo depois de saírem vitoriosos no confronto frente ao seu eterno rival
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Numa temporada marcada por lesões, castigos e mudanças técnicas, a equipa leonina ergueu-se contra todas as adversidades e selou, a 16 de maio de 1954, contra o eterno rival, o seu quarto título consecutivo, coroando uma recuperação épica e uma campanha que ficará para sempre na história do Sporting.
O início de campeonato não foi fácil para os leões, que enfrentaram um cenário de dificuldades pouco comum. Lesões em série, castigos injustos e derrotas inesperadas deixaram o Sporting na quinta posição, a três pontos do líder Belenenses. A demissão de Álvaro Cardoso, em dezembro, abriu caminho para uma mudança no comando técnico. A equipa passava a ser liderada por Tavares da Silva e por Joseph Szabo, uma decisão que mudaria o rumo da época.
Sob nova liderança, o Sporting transformou-se. João Galaz recuou no terreno, Hrotko reforçou o meio-campo e Travassos e João Martins voltaram à melhor forma. Mendonça agarrou a titularidade na esquerda, após nova lesão de Albano. Com estas alterações e uma recuperação impressionante, os verde e brancos encaixaram uma série de 14 vitórias e dois empates rumo ao título.
Na jornada 26 do Campeonato Nacional, os leões reencontravam o Benfica, num dérbi que dava o título aos verde e brancos. Numa época que já contava com a grande reviravolta no comando técnico, agora o Sporting viria a fazer mais uma, mas contra o eterno rival. As águias foram a vencer para o intervalo por 1-2, mas João Martins, jogador do conjunto leonino, não se deixou ficar e fez um bis que deu a vitória à equipa da casa por 3-2.
A verdade é que a temporada não terminaria sem mais uma conquista. Para levantar a sua quinta Taça de Portugal, o Sporting teve de derrotar sucessivamente Benfica, Porto, Belenenses e Vitória de Setúbal. O jogo de desempate com os encarnados terminou com um expressivo 4-2. No Norte, uma nova vitória por 4-2 silenciou as Antas. E depois da derrota em casa frente ao Belenenses, os leões deram a resposta com uma histórica goleada por 6-0.
Na final, o Vitória de Setúbal ainda ameaçou, mas dois golos de Mendonça e um de Vasques garantiram a vitória por 3-2. João Martins, autor de 31 golos no campeonato, foi o melhor marcador da temporada, apesar de um susto sofrido num acidente rodoviário. Mesmo com lesões no final da época, o grupo manteve-se unido e venceu com muito esforço.
Com o título e a taça no bolso, os leões partiram numa longa digressão africana, composta por vários jogos amigáveis que divulgavam o Clube. Durante 53 dias, o Sporting somou 11 vitórias e apenas um empate em países como Moçambique, Angola, Congo e África do Sul. Esta tournée foi essencial porque elevou ainda mais o prestígio do emblema verde e branco no panorama internacional.
Leões saem vitoriosos de confronto com clube rival português e conquistam mais um troféu continental para o palmarés do emblema de Alvalade
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A Liga Europeia de Hóquei em Patins apresentou, na época 2020/2021, um modelo adaptado à pandemia, com grupos reduzidos e uma final a quatro entre equipas portuguesas. O Sporting garantiu o apuramento como melhor segundo classificado, depois de vencer o Réus e empatar frente à Oliveirense. No dia 16 de maio de 2021, no Pavilhão do Luso, os leões iriam defender o título europeu conquistado dois anos antes.
Nas meias-finais, o adversário foi o Benfica, num dérbi que repetia o confronto de 2019. Os encarnados entraram melhor e aproveitaram um cartão azul a Telmo Pinto para se colocarem em vantagem. Ainda assim, os leões responderam com personalidade, igualando o marcador por duas vezes. Com 3-3 no fim do tempo regulamentar, foi necessário recorrer ao prolongamento para se encontrar o finalista.
No tempo extra, o Sporting voltou a adiantar-se por duas vezes, mas o Benfica não baixou os braços e empatou novamente, levando o jogo para a marca dos penáltis. Foi nesse momento que Alessandro Verona assumiu o protagonismo com dois remates certeiros, enquanto Ângelo Girão brilhou entre os postes, defendendo seis dos sete penáltis cobrados, num desempenho brilhante que valeu aos leões a presença na final.
Na decisão do título, o adversário voltou a ser o Porto, tal como dois anos antes. Os dragões tinham eliminado a Oliveirense depois de uma recuperação impressionante, virando um 4-0 desfavorável para 6-4. Apesar da boa fase portista, o Sporting levava vantagem no confronto direto e apresentava-se determinado a voltar a erguer o troféu mais importante do hóquei europeu.
O encontro começou mal para os verdes e brancos, que aos seis minutos já perdiam por 2-0. Matías Platero reduziu distâncias ainda na primeira parte, só que perto do intervalo, Ferran Font viu cartão azul, o que complicou a tarefa leonina. A equipa resistiu bem em inferioridade e, na segunda parte, Toni Pérez marcou o golo do empate, levando a decisão para prolongamento.
Já no tempo adicional, Toni Pérez voltou a fazer a diferença e colocou o Sporting na frente. Pouco depois, Gonzalo Romero converteu um livre direto com classe, aumentando a vantagem para 4-2. O Porto ainda reduziu de grande penalidade, por Gonçalo Alves, a dois minutos do fim, relançando o jogo numa fase de grande tensão e incerteza no marcador.
Com os dragões a apostarem tudo no 5 para 4, o treinador Guillem Cabestany acabou expulso, deixando a sua equipa com menos um. Apesar de alguma ansiedade nos instantes finais, os leões seguraram a vantagem com raça e inteligência. No fim, o marcador fixou-se em 4-3 e o Sporting voltou a fazer história ao conquistar o seu terceiro título europeu de hóquei em patins.
Disputa do troféu foi difícil, mas depois do derradeiro jogo da finalíssima, este veio mesmo parar ao museu do Clube leonino
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Após dois jogos de empate, Sporting e Porto deslocaram-se ao Estádio Municipal de Coimbra, no dia 16 de maio de 2001, para decidirem o vencedor da Supertaça da temporada 2000/01. Na finalíssima, os leões bateram a formação azul e branca por 1-0, com o golo solitário da partida a ser marcado por Beto Acosta (31’).
Neste terceiro e último jogo, o Sporting entrou em campo com Peter Schmeichel, César Prates, Hugo, Beto, André Cruz, Rui Jorge, Pedro Barbosa, Paulo Bento, Beto Acosta, Ricardo Sá Pinto e João Vieira Pinto. Já na equipa do Porto, a escolha recaiu sobre Sergei Ovchinnikov, Nélson, Secretário, Jorge Costa, Jorge Andrade, Carlos Paredes, Deco, Capucho, Pena, Clayton e Folha.
Nesta altura, a Supertaça Cândido de Oliveira era uma competição decidida em duas mãos e a primeira foi disputada no Estádio das Antas, no dia 13 de agosto de 2000. Apesar de algumas oportunidades de perigo de parte a parte, os golos só chegaram no segundo tempo.
Aos 60 minutos, Beto Acosta recebe um passe em desmarcação de João Pinto, que deixou o argentino na cara do guarda-redes portista e fez o 1-0. Mas, mesmo ao cair do pano, o Porto marcou por intermédio de Dimitri Alenichev, que a apenas um minutos dos 90 fuzilou autenticamente a baliza de Schmeichel e repôs a igualdade no marcador (1-1).
A segunda mão da Supertaça ficou marcada para o Estádio José Alvalade, a 31 de janeiro de 2001. O resultado foi novamente uma igualdade, desta vez a zero. Mas esta partida teve uma particularidade: Paulinho Santos foi expulso novamente. Na primeira mão, através de uma grave agressão a Beto Acosta, e, desta vez, por puxar a camisola de João Pinto.
Com uma igualdade nas duas mãos, foi necessária a realização de uma finalíssima, disputada no dia 16 de maio de 2001, no Estádio Municipal de Coimbra. Logo aos seis minutos, a primeira oportunidade do jogo foi para os azuis e brancos, depois de um penálti por falta de Schmeichel a Pena. Na conversão, o guardião dinamarquês redimiu-se do erro cometido, ao defender o remate de Deco ao canto inferior esquerdo da sua baliza.
Quem não desperdiçou a sua grande penalidade foi o Sporting, após Rui Jorge ter sido derrubado em falta, na grande área do Porto. Chamado para bater foi Beto Acosta, que aproveitou para fazer o 1-0, que fechou o resultado (31'). Nove meses depois do primeiro jogo, os leões sagraram-se, finalmente, vencedores da Supertaça Cândido de Oliveira da temporada 2000/01.