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Numa temporada marcada por lesões, castigos e mudanças técnicas, a equipa leonina ergueu-se contra todas as adversidades e selou, a 16 de maio de 1954, contra o eterno rival, o seu quarto título consecutivo, coroando uma recuperação épica e uma campanha que ficará para sempre na história do Sporting.
O início de campeonato não foi fácil para os leões, que enfrentaram um cenário de dificuldades pouco comum. Lesões em série, castigos injustos e derrotas inesperadas deixaram o Sporting na quinta posição, a três pontos do líder Belenenses. A demissão de Álvaro Cardoso, em dezembro, abriu caminho para uma mudança no comando técnico. A equipa passava a ser liderada por Tavares da Silva e por Joseph Szabo, uma decisão que mudaria o rumo da época.
Sob nova liderança, o Sporting transformou-se. João Galaz recuou no terreno, Hrotko reforçou o meio-campo e Travassos e João Martins voltaram à melhor forma. Mendonça agarrou a titularidade na esquerda, após nova lesão de Albano. Com estas alterações e uma recuperação impressionante, os verde e brancos encaixaram uma série de 14 vitórias e dois empates rumo ao título.
Na jornada 26 do Campeonato Nacional, os leões reencontravam o Benfica, num dérbi que dava o título aos verde e brancos. Numa época que já contava com a grande reviravolta no comando técnico, agora o Sporting viria a fazer mais uma, mas contra o eterno rival. As águias foram a vencer para o intervalo por 1-2, mas João Martins, jogador do conjunto leonino, não se deixou ficar e fez um bis que deu a vitória à equipa da casa por 3-2.
A verdade é que a temporada não terminaria sem mais uma conquista. Para levantar a sua quinta Taça de Portugal, o Sporting teve de derrotar sucessivamente Benfica, Porto, Belenenses e Vitória de Setúbal. O jogo de desempate com os encarnados terminou com um expressivo 4-2. No Norte, uma nova vitória por 4-2 silenciou as Antas. E depois da derrota em casa frente ao Belenenses, os leões deram a resposta com uma histórica goleada por 6-0.
Na final, o Vitória de Setúbal ainda ameaçou, mas dois golos de Mendonça e um de Vasques garantiram a vitória por 3-2. João Martins, autor de 31 golos no campeonato, foi o melhor marcador da temporada, apesar de um susto sofrido num acidente rodoviário. Mesmo com lesões no final da época, o grupo manteve-se unido e venceu com muito esforço.
Com o título e a taça no bolso, os leões partiram numa longa digressão africana, composta por vários jogos amigáveis que divulgavam o Clube. Durante 53 dias, o Sporting somou 11 vitórias e apenas um empate em países como Moçambique, Angola, Congo e África do Sul. Esta tournée foi essencial porque elevou ainda mais o prestígio do emblema verde e branco no panorama internacional.
Com grande hegemonia na partida decisiva, Clube de Alvalade pode comemorar troféu que nunca foi visto antes no seu palmarés
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O Sporting encontrou a Académica de Coimbra para disputar a final do Campeonato de Portugal, no dia 24 de junho de 1923. Os leões saíram vencedores do confronto e, desta forma, ergueram o seu primeiro troféu na história da competição. Os responsáveis pelos golos do triunfo foram Francisco Stromp (12’) - fundador do Clube de Alvalade - e Joaquim Ferreira (18’ e 53’).
Augusto Sabbo, técnico germânico dos leões, avançou para campo com Cipriano dos Santos, José Leandro, Jorge Vieira, Joaquim Ferreira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Francisco Stromp, Carlos Fernandes, Torres Pereira, Jaime Gonçalves e João Maia. Já o conjunto adversário, alinhou com João Ferreira, Prudêcio, Ribeiro da Costa, Joaquim Miguel, Teófilo Esquível, António Galante, Gil Vicente, José Neto, Armando Batalha, Guedes Pinto e Augusto Pais.
O jogo começou e meia hora foi o tempo suficiente para o Sporting conseguir fazer os primeiros estragos na defesa da Académica. Francisco Stromp, capitão e um dos fundadores dos leões, aos 12’, chegou ao 1-0 na partida com um remate muito potente, após receber um centro de Carlos Fernandes, que estava no lado esquerdo do campo.
O segundo remate certeiro da partida surgiu seis minutos depois do primeiro, aos 18’. Agora, o responsável foi Joaquim Ferreira, craque dos leões responsável por marcar as grandes penalidades, converteu a primeira que teve com sucesso depois de um defesa do conjunto adversário ter colocado a mão na bola.
Com isto, o Sporting foi para o intervalo com uma vantagem de 2-0, que resultava de um futebol muito ofensivo. A segunda parte começou e a tendência do jogo não mudou, o conjunto verde e branco continuou por cima na partida, com uma assinalável exibição de Francisco Stromp.
Infelizmente, o craque teve de sair depois de um choque com o adversário e, até à metade do segundo tempo, o Sporting ficou a jogar apenas com 10, mas isto não impediu os verdes e brancos de marcarem mais um golo.
O 3-0 aconteceu aos 53’, novamente com Joaquim Ferreira a converter uma grande penalidade. Foi assim que a partida terminou e os leões, com grande hegemonia na competição, festejaram e levaram o primeiro título do Campeonato de Portugal para o seu palmarés.
Equipa verde e branca alcançou a prova rainha depois de erguer o Campeonato Nacional, para delírio dos vários adeptos leoninos
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Na viragem do milénio, o andebol leonino viveu uma das suas temporadas mais memoráveis. Depois de quebrar um jejum de 15 anos na época e recuperar o título de Campeão Nacional, o Sporting encerrou a época 2000/01 com chave de ouro ao levantar a Taça de Portugal, selando assim uma notável dobradinha, a quarta da sua história.
Sob a orientação do técnico José Tomaz, os leões enfrentaram uma Taça de Portugal exigente, disputada em eliminatórias a uma mão, num percurso que começou ainda com o Campeonato Nacional em curso. Para chegar à final, o Sporting ultrapassou o Madeira SAD, o Vitória de Setúbal e o Ginásio do Sul.
O derradeiro desafio colocava frente a frente duas equipas já bem conhecidas: Sporting e Porto, que se haviam defrontado semanas antes na final do campeonato, também aí com vitória dos lisboetas. No entanto, a final da Taça revelou-se ainda mais dramática.
O jogo começou com o Porto a entrar mais forte, construindo uma vantagem de 5-1 que parecia prometer um desfecho diferente. Mas o Sporting respondeu com raça e concentração, encurtando distâncias até alcançar o empate a 24 golos, já nos últimos cinco minutos de jogo.
Foi então, a apenas 40 segundos do fim, que Ricardo Andorinho escreveu o capítulo fina, ao converter com frieza um livre de sete metros que valeu a vitória por 25-24 e selou o nono troféu da Taça de Portugal para o emblema de Alvalade.
A época, que já era histórica com o regresso ao título nacional (o 17.º em 49 edições da prova), foi elevada a um novo patamar com este segundo troféu. A primeira fase do campeonato terminou com o Sporting no topo da classificação e a reintrodução do formato de play-off na segunda fase não impediu os leões de confirmarem a sua superioridade.
Além do sucesso interno, os verde e brancos também mostraram ambição nas competições europeias. A participação na Taça EHF foi marcada por uma campanha sólida, que evidenciou a crescente maturidade do grupo. A par disso, a exigente pré-temporada da equipa incluiu presença em três torneios distintos: São Mateus (4.º lugar), Tavira (2.º lugar) e Caminha (1.º lugar), sinais claros da preparação cuidada que antecedeu os triunfos.
Equipa verde e branca juntou a prova rainha ao Campeonato Nacional, para delírio dos adeptos, que assistiram ao triunfo sobre o maior rival
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A temporada 2005/06 ficou marcada por invencibilidade, domínio tático e conquistas inéditas da equipa de futsal do Sporting, que celebrou o seu primeiro título de Campeão Nacional no formato de play-off, isto apenas na segunda edição em que este modelo foi adotado, e que ainda celebrou na final da Taça de Portugal, sobre o Benfica.
A caminhada rumo ao título começou com uma primeira fase irrepreensível: 14 equipas em prova, todas contra todas, e o Sporting - que este ano pode chegar ao pentacampeonato - a destacar-se desde cedo ao completar essa etapa sem qualquer derrota.
Esse embalo manteve-se nos momentos decisivos. Já no play-off, onde se apuravam os oito melhores, os leões consentiram apenas uma derrota e fecharam a final em dois jogos com uma autoridade que não deixou margem para dúvidas.
A 24 de junho, depois de um triunfo por 2-3 em casa do Benfica, o Sporting recebeu os encarnados para um duelo que podia ser decisivo, em caso de nova vitória. E assim foi. Os leões triunfaram por 5-4, com os golos a serem apontados por Paulinho Roxo (7', 37'), Deo (32'), Evandro (38') e Gonçalo Alves (40'), e após o apito final ergueram a prova rainha.
Mas o domínio verde e branco não se limitou ao Campeonato Nacional. A equipa orientada na altura por Beto Aranha conquistou também a Taça de Portugal, rubricando assim a sua primeira dobradinha no futsal nacional.
Para esta temporada vitoriosa, os verdes e brancos, vale notar, reforçaram o plantel com o regresso do ala Evandro e com as contratações estratégicas de Xavier, Chiquinho e Nenê, os dois últimos integrados já em janeiro de 2006. Estas entradas trouxeram nova dinâmica ao grupo e revelaram-se fundamentais para a solidez apresentada em todas as frentes.
No entanto, o sucesso da temporada não foi apenas feito de conquistas. Duas saídas marcaram o balneário: Eduardo Miguel Fernandes, um dos nomes mais respeitados da secção, afastou-se por razões profissionais, enquanto João Marçal, figura emblemática do futsal leonino, não chegou a acordo para renovar contrato.
Confira, abaixo, o triunfo do Sporting na final do Campeonato Nacional: