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Competições
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No dia 1 de maio de 1966, o Sporting defrontou a formação do Varzim, na condição de visitante. Neste jogo, a formação verde e branca bateu os poveiros por 2-1 e conquistou assim mais um campeonato nacional para o palmarés do Clube, o 16.º da história dos leões.
No início da temporada 1965/66, o Sporting fez regressar Anselmo Fernandez para o comando técnico do Sporting, mas a fase inicial da época foi algo irregular. Os leões bateram os franceses do Bordéus para a Taça das Cidades com Feiras, por 4-0, mas após dois empates seguidos, o treinador colocou o seu lugar à disposição. Chamado para substituir Fernandez, a Direção do Clube chamou Otto Glória e Juca como seu adjunto, que tinha acabado de conquistar um campeonato nacional ao serviço da equipa de juniores.
Para além de novos treinadores, o Sporting também viu necessária a entrada de alguns jogadores para o seu plantel, nomeadamente Fernando Peres (ex-Belenenses) e Oliveira Duarte (ex-Académica de Coimbra). Este sangue novo foi aliado à experiência de alguns dos mais antigos símbolos do plantel como Carvalho, José Carlos ou Hilário.
O campeonato da temporada 1965/66 foi, na sua totalidade, uma corrida a dois, disputada entre Sporting e Benfica. Os rivais de Lisboa eram, à altura, tricampeões e procuravam igualar o tetracampeonato, que apenas tinha sido conquistado pelos leões. A formação verde e branca chegou a ter quatro pontos de vantagem, mas a vitória por 2-0 dos encarnados no Estádio José de Alvalade, encurtou a diferença por apenas um ponto. Com essa mesma diferença, as formações chegavam à última jornada.
No dia em que tudo ficaria decidido, o Sporting dependia apenas de si para se sagrar campeão e, com esse objetivo em mente, deslocou-se ao Norte do país, para jogar contra a formação do Varzim, já o Benfica jogou no Estádio do Restelo contra a equipa do Belenenses.
Em terras poveiras, ambas as equipas sabiam o que estava em jogo: para o Sporting, a conquista de mais um título nacional e, para o Varzim, um prémio monetário chorudo pago pelo Benfica, caso vencessem os comandados de Otto Glória.
Quando o jogo terminou, a taça veio mesmo para Alvalade, com os leões a levarem a partida de vencida por 2-1, deixando em festa os adeptos que esperavam a equipa no autocarro e mais tarde, no Aeroporto da Portela, quando os jogadores e equipa técnica chegaram a Lisboa. Na capital, a festa do 16º Campeonato Nacional, foi pintada com tons de verde.
Neste jogo, o Sporting apresentou-se de início com Carvalho, José Carlos, Alexandre Baptista, Hilário, Fernando Peres, Daniel Silva, Morais, Oliveira Duarte, Figueiredo, Lourenço e Carlitos, com Figueiredo e Peres a serem os heróis da conquista do campeonato, ao apontarem os golos da vitória aos 27 e 61 minutos, respetivamente.
Equipa verde e branca jogou o derradeiro duelo em Paris, diante de Adeptos emigrantes, e impôs-se com qualidade sobre o rival do Norte
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A 30 de abril de 1996, o Parque dos Príncipes, em Paris, foi palco de um duelo português inédito e inesquecível. Sporting e Porto, após dois jogos inconclusivos em solo nacional, decidiram fora de portas quem levantaria a Supertaça da temporada 1994/95. O desfecho não deixou margem para dúvidas: vitória clara dos leões por 3-0, num encontro que quebrou o equilíbrio das partidas anteriores e ficou gravado na memória dos emigrantes que lotaram as bancadas.
A Supertaça da época 94/95 arrastou-se por quase dois anos devido à ausência de um vencedor nos dois jogos iniciais: em Alvalade, registou-se um empate sem golos, nas Antas, uma igualdade a duas bolas. O regulamento previa um terceiro jogo de desempate, mas só em 1996 se encontrou local e data: Paris, numa tentativa simbólica de aproximar o futebol português das suas comunidades no estrangeiro. A escolha revelou-se acertada, dado que mais de 30 mil espectadores, maioritariamente emigrantes, marcaram presença no estádio do Paris Saint-Germain.
Ambos os técnicos apresentaram onzes experientes. O FC Porto alinhou com Eriksson, Secretário, João Manuel Pinto, Aloísio, Rui Jorge, Emerson, Paulinho Santos, Edmilson (Matias, 75’), Rui Barros (Folha, 63’), Drulovic e Domingos. O Sporting respondeu com: Costinha, Nélson, Naybet, Marco Aurélio, Luís Miguel, Peixe (Iordanov, 69’), Afonso Martins (Paulo Alves, 88’), Vidigal, Sá Pinto, Amunike e Pedro Barbosa (Carlos Xavier, 39’).
Ao contrário dos duelos anteriores, o reencontro em Paris foi tudo menos equilibrado. O Sporting, orientado por Octávio Machado, entrou mais determinado e eficaz, impondo-se ao FC Porto de Bobby Robson com uma exibição sólida e sem contestação. O guarda-redes sueco do Porto, Eriksson, viveu uma noite desastrosa, sendo responsável direto pelos dois primeiros golos.
Sá Pinto foi a figura da noite, ao apontar dois tentos ainda na primeira parte (9’ e 38’), explorando as fragilidades defensivas e más abordagens do guardião nórdico. Carlos Xavier, já nos instantes finais, fechou a contagem em 3-0 com um penálti convertido aos 86 minutos. Antes do apito final, Amunike acabaria expulso com vermelho direto, o quinto cartão vermelho da eliminatória, sinal do quão intensa foi esta disputa.
Esta vitória do Sporting não só selou uma Supertaça que parecia interminável, como também simbolizou a força do Clube fora de portas. Para o Porto, ficou a frustração de uma noite atípica e um desfecho muito distante da competitividade que havia marcado os jogos anteriores.
Este título, no entanto, foi o único de uma época que não correu de feição. No campeonato, os leões ficaram-se pelo terceiro lugar, enquanto que na Taça de Portugal caíram na final, aos pés do Benfica (3-1). Em relação à Taça das Taças, o plantel então comandado por Carlos Queiroz (um dos três treinadores que passaram por Alvalade nesta temporada) não foi além da 2.ª ronda, tendo sido eliminado pelo Rapid de Viena, por 4-2 no total do agregado.
Num jogo em que os verdes e brancos lutaram contra tudo e todos, Clube de Alvalade triunfou na tão desejada Liga dos Campeões
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No dia 28 de abril de 2018, a equipa de futsal do Sporting defrontou, em Almaty, os cazaques do Kairat, naquela que foi a final da Champions League da modalidade, da temporada 2018/19. A partida terminou com um resultado final de 2-1, com os golos da turma de Alvalade a serem apontados por Diego Cavinato (22’) e Alex Merlim (27’).
Para defender o Sporting em mais uma final europeia, Nuno Dias e a sua equipa técnica chamaram a jogo Guitta, Erick Mendonça, Alex Merlim, Diego Cavinato, Dieguinho, Gonçalo Portugal, Léo Jaraguá, Pedro Cary, João Matos, Deo, Pany Varela, Alex, Fernando Cardinal e Rocha.
A Liga dos Campeões de futsal sempre foi um desejo antigo do Sporting. O Clube de Alvalade esteve muito próximo de se sagrar campeão europeu por três ocasiões, ao atingir finais contra as equipas do Montesilvano (2010/11) e Inter Movistar (2016/17 e 2017/18), mas saiu sempre derrotado do derradeiro jogo da competição.
Em 2018/19, o Sporting procurou, finalmente, alcançar a glória no futsal europeu, e desde cedo, a sua caminhada não começou fácil. Na primeira fase da competição, os leões apuraram-se em segundo lugar, após ter sido derrotada pela equipa do Kairat Almaty, formação que já tinha vencido esta competição na temporada 2015/16, em Lisboa.
O segundo lugar permitiu que o Sporting avançasse para a ronda de elite, onde foi o organizador dos jogos do seu grupo. No Pavilhão João Rocha, os leões receberam e venceram as equipas do Sibiryak (4-0) e do Novo Vrijeme (6-0). O último jogo desta fase foi contra o seu eterno rival, Benfica, naquele que foi o primeiro dérbi europeu de futsal. A partida terminou com um empate a um, o que permitiu que o Clube de Alvalade avançasse para a final-four por diferença de golos.
O Sporting chegou a Almaty sabendo que, para chegar à final, precisava de “matar um borrego”. O sorteio ditou que, na meia-final, os leões teriam de jogar contra a equipa que os levou de vencido na final nos últimos dois anos consecutivos, o Inter Movistar, a equipa de Ricardinho. Mas os verdes e brancos entraram sem medo e venceram os bicampeões por 5-3, com golos de Deo (5’), Dieguinho (23’, 29’ e 35’) e Cardinal (39’). Com este resultado, o Clube de Alvalade garantiu a presença na final pelo terceiro ano consecutivo.
No derradeiro jogo da prova, o Sporting encontrou o Kairat Almaty, e jogou com dois fatores contra si: os leões já tinham sido derrotados pela equipa cazaque na primeira fase da prova e, desta vez, tinham ainda pela frente toda uma arena contra si. Mas isso acabou por não ser fator para os comandados de Nuno Dias.
A primeira parte da partida foi marcada pelo equilíbrio entre as duas equipas, onde quem verdadeiramente brilhou foram os guardiões: Guitta e Léo Higuita fizeram com que o nulo se mantivesse durante a primeira parte, mas, no segundo tempo, o Sporting abriu o marcador. Aos 22 minutos, Diego Cavinato recebeu um passe perfeito de Cardinal e só teve de encostar ao segundo poste (1-0). Pouco tempo depois, os leões aumentaram a vantagem através de Merlim, que com um remate de fora de área, faz a bola entrar no ângulo da baliza do Kairat, fazendo o 2-0 no marcador (27’). Antes do final do jogo, ainda houve tempo para o tento de honra dos cazaques, através de Douglas Júnior aos 38 minutos, que fez o 2-1 final e os leões puderam finalmente celebrar o seu primeiro título europeu da secção de futsal.
Na temporada 2018/19, o Sporting conseguiu uma temporada quase perfeita. O Clube de Alvalade juntou o título europeu à conquista da Supertaça, Taça de Portugal e Taça da Liga, ficando apenas a faltar o aquele que seria o primeiro tetracampeonato na história do futsal nacional, onde os leões perderam a final no jogo da “negra” por 4-3, contra o rival, Benfica.
Em jogo impróprio para cardíacos e com muitos golos, Clube de Alvalade levou a melhor nas grandes penalidades, triunfando no Velho Continente
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No dia 26 de abril de 2015, a equipa de hóquei em patins do Sporting defrontou em Igualada, os espanhóis da equipa do Reus, naquela que foi a final da Taça CERS da época 2014/15. O jogo terminou por 2-1 no desempate das grandes penalidades, após uma igualdade a dois no tempo regulamentar, com os golos dos leões a serem apontados por Tiago Losna e João Pinto.
Os jogadores que defenderam as cores do Sporting naquela “final-four” disputada na Catalunha, foram Ângelo Girão, Zé Diogo, Tiago Losna, André Pimenta, André Moreira, Poka, Ricardo Figueira, Nico Fernández, João Pinto e Carlitos Martins. Outros jogadores que não se sagraram campeões europeus, mas também fizeram parte do plantel foram André Gaspar, João Campelo e Pedro Delgado.
A grandeza do hóquei patinado dos leões, já ia muito para trás desta conquista. O Sporting foi o primeiro emblema português a vencer a Taça dos Campeões Europeus, quando em 1976/77, os comandados de António Livramento venceram a formação do Vilanova por 12-3 em agregado. Menos de uma década depois, em 1983/84, o emblema de Alvalade sagrou-se campeão da Taça CERS (12-7 em agregado ao Novara) e tornou-se no segundo clube do país a vencer esta prova europeia, apenas atrás do vencedor inaugural, o Sesimbra.
Apesar do peso histórico do Sporting na modalidade, a direção do decidiu encerrar o departamento de hóquei-em-patins na temporada 1994/95 e esta secção só teve o seu regresso na época 2010/11, e apesar de não ter uma equipa profissional, os objetivos já estavam traçados: regressar à glória europeia.
Passaram-se três épocas, e ainda sem uma equipa profissional, o Sporting já tinha alcançado uma parte importante na caminhada para o seu objetivo final, ao garantir a sua subida da III para a I Divisão Nacional. Mas, o mais importante passo, chegou no IX Congresso Leonino, quando o então presidente, Bruno de Carvalho, anunciou que o hóquei seria de novo modalidade oficial e profissional do Clube, a partir da temporada 2014/15.
Para alcançar a fase das decisões importantes, o percurso do Sporting foi tudo menos fácil. Os leões eliminaram algumas das melhores equipas do universo do hóquei patinado europeu, como o Calafell, o Basel e os portugueses da Oliveirense e garantiram assim o acesso à “final-four” da Taça CERS. Na meia-final da prova, a turma verde e branca defrontou a equipa da casa, o Igualada, e após um jogo difícil para ambas as equipas, Ricardo Figueira disparou um livre certeiro na baliza adversária e fechou o resultado final em 3-2, após o prolongamento.
Com isto, o adversário da final seria o Reus, e num jogo em que teve o pavilhão contra si,o Sporting foi quem entrou melhor: golo madrugador de Tiago Losna (3’) fez o 1-0 para os leões. Os restantes remates certeiros ficaram guardados para a segunda parte e chegaram em rápida sequência, quando aos 12 e 16 minutos, Marc Coy bisou e deu a vantagem para a equipa catalã. Mas os jogadores leoninos não baixaram os braços e aos 22’, o capitão João “Mustang” Pinto marcou o golo que repôs a igualdade no marcador (2-2).
O tempo regulamentar terminou empatado e o prolongamento também, ditando que a partida teria de ser decidida nas grandes penalidades, onde o herói foi Ângelo Girão. O guardião estava endiabrado e apenas permitiu um golo nas quatro tentativas adversárias, já os de Alvalade converteram duas oportunidades através de Poka e Nico Fernández, fazendo com que o Sporting levantasse novo troféu europeu no hóquei em patins, 31 anos depois.
A conquista da Taça CERS, marcou o início daquilo que seria o retorno do Sporting às grandes decisões do hóquei patinado, em palco nacional e europeu. Desde então, o Sporting não voltou a ganhar essa competição, mas já levou para o museu do Estádio José Alvalade dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21), uma Supertaça António Livramento (2015) três Champions League (2018/19, 2020/21 e 2023/24) e duas Continental Cups (2019/20 e 2021/22).