
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Competições
|
No dia 26 de abril de 2015, a equipa de hóquei em patins do Sporting defrontou em Igualada, os espanhóis da equipa do Reus, naquela que foi a final da Taça CERS da época 2014/15. O jogo terminou por 2-1 no desempate das grandes penalidades, após uma igualdade a dois no tempo regulamentar, com os golos dos leões a serem apontados por Tiago Losna e João Pinto.
Os jogadores que defenderam as cores do Sporting naquela “final-four” disputada na Catalunha, foram Ângelo Girão, Zé Diogo, Tiago Losna, André Pimenta, André Moreira, Poka, Ricardo Figueira, Nico Fernández, João Pinto e Carlitos Martins. Outros jogadores que não se sagraram campeões europeus, mas também fizeram parte do plantel foram André Gaspar, João Campelo e Pedro Delgado.
A grandeza do hóquei patinado dos leões, já ia muito para trás desta conquista. O Sporting foi o primeiro emblema português a vencer a Taça dos Campeões Europeus, quando em 1976/77, os comandados de António Livramento venceram a formação do Vilanova por 12-3 em agregado. Menos de uma década depois, em 1983/84, o emblema de Alvalade sagrou-se campeão da Taça CERS (12-7 em agregado ao Novara) e tornou-se no segundo clube do país a vencer esta prova europeia, apenas atrás do vencedor inaugural, o Sesimbra.
Apesar do peso histórico do Sporting na modalidade, a direção do decidiu encerrar o departamento de hóquei-em-patins na temporada 1994/95 e esta secção só teve o seu regresso na época 2010/11, e apesar de não ter uma equipa profissional, os objetivos já estavam traçados: regressar à glória europeia.
Passaram-se três épocas, e ainda sem uma equipa profissional, o Sporting já tinha alcançado uma parte importante na caminhada para o seu objetivo final, ao garantir a sua subida da III para a I Divisão Nacional. Mas, o mais importante passo, chegou no IX Congresso Leonino, quando o então presidente, Bruno de Carvalho, anunciou que o hóquei seria de novo modalidade oficial e profissional do Clube, a partir da temporada 2014/15.
Para alcançar a fase das decisões importantes, o percurso do Sporting foi tudo menos fácil. Os leões eliminaram algumas das melhores equipas do universo do hóquei patinado europeu, como o Calafell, o Basel e os portugueses da Oliveirense e garantiram assim o acesso à “final-four” da Taça CERS. Na meia-final da prova, a turma verde e branca defrontou a equipa da casa, o Igualada, e após um jogo difícil para ambas as equipas, Ricardo Figueira disparou um livre certeiro na baliza adversária e fechou o resultado final em 3-2, após o prolongamento.
Com isto, o adversário da final seria o Reus, e num jogo em que teve o pavilhão contra si,o Sporting foi quem entrou melhor: golo madrugador de Tiago Losna (3’) fez o 1-0 para os leões. Os restantes remates certeiros ficaram guardados para a segunda parte e chegaram em rápida sequência, quando aos 12 e 16 minutos, Marc Coy bisou e deu a vantagem para a equipa catalã. Mas os jogadores leoninos não baixaram os braços e aos 22’, o capitão João “Mustang” Pinto marcou o golo que repôs a igualdade no marcador (2-2).
O tempo regulamentar terminou empatado e o prolongamento também, ditando que a partida teria de ser decidida nas grandes penalidades, onde o herói foi Ângelo Girão. O guardião estava endiabrado e apenas permitiu um golo nas quatro tentativas adversárias, já os de Alvalade converteram duas oportunidades através de Poka e Nico Fernández, fazendo com que o Sporting levantasse novo troféu europeu no hóquei em patins, 31 anos depois.
A conquista da Taça CERS, marcou o início daquilo que seria o retorno do Sporting às grandes decisões do hóquei patinado, em palco nacional e europeu. Desde então, o Sporting não voltou a ganhar essa competição, mas já levou para o museu do Estádio José Alvalade dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21), uma Supertaça António Livramento (2015) três Champions League (2018/19, 2020/21 e 2023/24) e duas Continental Cups (2019/20 e 2021/22).
Com grande hegemonia na partida decisiva, Clube de Alvalade pode comemorar troféu que nunca foi visto antes no seu palmarés
|
O Sporting encontrou a Académica de Coimbra para disputar a final do Campeonato de Portugal, no dia 24 de junho de 1923. Os leões saíram vencedores do confronto e, desta forma, ergueram o seu primeiro troféu na história da competição. Os responsáveis pelos golos do triunfo foram Francisco Stromp (12’) - fundador do Clube de Alvalade - e Joaquim Ferreira (18’ e 53’).
Augusto Sabbo, técnico germânico dos leões, avançou para campo com Cipriano dos Santos, José Leandro, Jorge Vieira, Joaquim Ferreira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Francisco Stromp, Carlos Fernandes, Torres Pereira, Jaime Gonçalves e João Maia. Já o conjunto adversário, alinhou com João Ferreira, Prudêcio, Ribeiro da Costa, Joaquim Miguel, Teófilo Esquível, António Galante, Gil Vicente, José Neto, Armando Batalha, Guedes Pinto e Augusto Pais.
O jogo começou e meia hora foi o tempo suficiente para o Sporting conseguir fazer os primeiros estragos na defesa da Académica. Francisco Stromp, capitão e um dos fundadores dos leões, aos 12’, chegou ao 1-0 na partida com um remate muito potente, após receber um centro de Carlos Fernandes, que estava no lado esquerdo do campo.
O segundo remate certeiro da partida surgiu seis minutos depois do primeiro, aos 18’. Agora, o responsável foi Joaquim Ferreira, craque dos leões responsável por marcar as grandes penalidades, converteu a primeira que teve com sucesso depois de um defesa do conjunto adversário ter colocado a mão na bola.
Com isto, o Sporting foi para o intervalo com uma vantagem de 2-0, que resultava de um futebol muito ofensivo. A segunda parte começou e a tendência do jogo não mudou, o conjunto verde e branco continuou por cima na partida, com uma assinalável exibição de Francisco Stromp.
Infelizmente, o craque teve de sair depois de um choque com o adversário e, até à metade do segundo tempo, o Sporting ficou a jogar apenas com 10, mas isto não impediu os verdes e brancos de marcarem mais um golo.
O 3-0 aconteceu aos 53’, novamente com Joaquim Ferreira a converter uma grande penalidade. Foi assim que a partida terminou e os leões, com grande hegemonia na competição, festejaram e levaram o primeiro título do Campeonato de Portugal para o seu palmarés.
Equipa verde e branca alcançou a prova rainha depois de erguer o Campeonato Nacional, para delírio dos vários adeptos leoninos
|
Na viragem do milénio, o andebol leonino viveu uma das suas temporadas mais memoráveis. Depois de quebrar um jejum de 15 anos na época e recuperar o título de Campeão Nacional, o Sporting encerrou a época 2000/01 com chave de ouro ao levantar a Taça de Portugal, selando assim uma notável dobradinha, a quarta da sua história.
Sob a orientação do técnico José Tomaz, os leões enfrentaram uma Taça de Portugal exigente, disputada em eliminatórias a uma mão, num percurso que começou ainda com o Campeonato Nacional em curso. Para chegar à final, o Sporting ultrapassou o Madeira SAD, o Vitória de Setúbal e o Ginásio do Sul.
O derradeiro desafio colocava frente a frente duas equipas já bem conhecidas: Sporting e Porto, que se haviam defrontado semanas antes na final do campeonato, também aí com vitória dos lisboetas. No entanto, a final da Taça revelou-se ainda mais dramática.
O jogo começou com o Porto a entrar mais forte, construindo uma vantagem de 5-1 que parecia prometer um desfecho diferente. Mas o Sporting respondeu com raça e concentração, encurtando distâncias até alcançar o empate a 24 golos, já nos últimos cinco minutos de jogo.
Foi então, a apenas 40 segundos do fim, que Ricardo Andorinho escreveu o capítulo fina, ao converter com frieza um livre de sete metros que valeu a vitória por 25-24 e selou o nono troféu da Taça de Portugal para o emblema de Alvalade.
A época, que já era histórica com o regresso ao título nacional (o 17.º em 49 edições da prova), foi elevada a um novo patamar com este segundo troféu. A primeira fase do campeonato terminou com o Sporting no topo da classificação e a reintrodução do formato de play-off na segunda fase não impediu os leões de confirmarem a sua superioridade.
Além do sucesso interno, os verde e brancos também mostraram ambição nas competições europeias. A participação na Taça EHF foi marcada por uma campanha sólida, que evidenciou a crescente maturidade do grupo. A par disso, a exigente pré-temporada da equipa incluiu presença em três torneios distintos: São Mateus (4.º lugar), Tavira (2.º lugar) e Caminha (1.º lugar), sinais claros da preparação cuidada que antecedeu os triunfos.
Equipa verde e branca juntou a prova rainha ao Campeonato Nacional, para delírio dos adeptos, que assistiram ao triunfo sobre o maior rival
|
A temporada 2005/06 ficou marcada por invencibilidade, domínio tático e conquistas inéditas da equipa de futsal do Sporting, que celebrou o seu primeiro título de Campeão Nacional no formato de play-off, isto apenas na segunda edição em que este modelo foi adotado, e que ainda celebrou na final da Taça de Portugal, sobre o Benfica.
A caminhada rumo ao título começou com uma primeira fase irrepreensível: 14 equipas em prova, todas contra todas, e o Sporting - que este ano pode chegar ao pentacampeonato - a destacar-se desde cedo ao completar essa etapa sem qualquer derrota.
Esse embalo manteve-se nos momentos decisivos. Já no play-off, onde se apuravam os oito melhores, os leões consentiram apenas uma derrota e fecharam a final em dois jogos com uma autoridade que não deixou margem para dúvidas.
A 24 de junho, depois de um triunfo por 2-3 em casa do Benfica, o Sporting recebeu os encarnados para um duelo que podia ser decisivo, em caso de nova vitória. E assim foi. Os leões triunfaram por 5-4, com os golos a serem apontados por Paulinho Roxo (7', 37'), Deo (32'), Evandro (38') e Gonçalo Alves (40'), e após o apito final ergueram a prova rainha.
Mas o domínio verde e branco não se limitou ao Campeonato Nacional. A equipa orientada na altura por Beto Aranha conquistou também a Taça de Portugal, rubricando assim a sua primeira dobradinha no futsal nacional.
Para esta temporada vitoriosa, os verdes e brancos, vale notar, reforçaram o plantel com o regresso do ala Evandro e com as contratações estratégicas de Xavier, Chiquinho e Nenê, os dois últimos integrados já em janeiro de 2006. Estas entradas trouxeram nova dinâmica ao grupo e revelaram-se fundamentais para a solidez apresentada em todas as frentes.
No entanto, o sucesso da temporada não foi apenas feito de conquistas. Duas saídas marcaram o balneário: Eduardo Miguel Fernandes, um dos nomes mais respeitados da secção, afastou-se por razões profissionais, enquanto João Marçal, figura emblemática do futsal leonino, não chegou a acordo para renovar contrato.
Confira, abaixo, o triunfo do Sporting na final do Campeonato Nacional: