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Antes de viajar para o Brasil, Sporting perde troféu contra equipa... de bairro lisboeta
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Competições
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No dia 30 de junho de 2019, José Mendes, atleta do Sporting, sagrou-se campeão nacional de fundo em ciclismo - modalidade que teve uma tragédia em 1984. O desportista dos verdes e brancos voltou a trazer glórias para os leões, após ter conquistado o tão desejado título em Melgaço, numa prova com 197 quilómetros.
A corrida não teve terreno plano em quase momento nenhum, no entanto, foi sempre disputada a alta velocidade. Primeiro, estiveram adiantados oito dos corredores da prova, entre os 60 e os 135 quilómetros. Posteriormente, já nos 143, atacaram mais outros sete ciclistas.
Este grupo nunca teve uma grande vantagem sobre o restante pelotão e acabou por ficar para trás. Os mais resistentes na corrida foram mesmo Domingos Gonçalves e César Fonte, atleta do Porto, alcançados 22 quilómetros antes da chegada à reta final.
Já na fase de aproximação à meta, Ricardo Mestre, outro dos ciclistas portistas na prova, ainda quis surpreender de longe e entrou no último quilómetro isolado, mas José Mendes respondeu nos mil metros que sobravam da melhor forma possível, ao vencer a corrida mesmo no final.
Ricardo Mestre resistiu até à última curva, a 50 metros da meta, mas José Mendes, num último fôlego, passou pelo portista e destacou-se na prova. O atleta dos leões terminou com um tempo final de 4h39m33s, a que correspondeu uma média de 42,282 km/h.
Depois do algarvio da equipa Porto, chegou o colega de equipa António Carvalho, que pôde lamentar não ter saído do pelotão anteriormente, pois fez uma grande recuperação nos últimos 150 metros, ficando muito próximo de José Mendes. Frederico Figueiredo, do Sporting, foi o 4.º classificado e Tiago Machado, também dos leões, ficou em 10.º lugar com 4h39m54s.
Plantel verde e branco saiu vitorioso de competição europeia de grande prestígio e encontro decisivo foi disputado diante de emblema francês
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Numa noite que ficaria gravada na memória leonina, o Sporting escreveu um dos seus primeiros grandes capítulos internacionais ao conquistar pela primeira vez, no dia 29 de junho de 1961, o prestigiado Troféu Teresa Herrera, considerado à época o mais importante torneio particular do futebol europeu. A vitória foi alcançada frente ao poderoso Stade de Reims, uma equipa francesa de renome, que já contava no seu currículo com finais europeias e uma reputação sólida no continente.
O palco foi o Estádio Riazor, na Corunha, em Espanha, e a orquestra verde e branca foi conduzida pelo brasileiro Otto Glória, um dos treinadores mais influentes da história do futebol português. O onze titular leonino foi composto por Carvalho; Lino, Morato (Mendes), Hilário; Ferreira Pinto, Lúcio; Hugo, Fernando, Diego, Faustino (Géo) e Seminário.
Logo desde o apito inicial, o Sporting revelou intenções claras de assumir o jogo. A velocidade e intensidade dos primeiros minutos deixaram marca e, aos 7', surgiu o primeiro golo. Após um toque subtil de Faustino num livre à entrada da área, Lúcio disparou um remate rasteiro, colocado junto ao poste direito, batendo o guarda-redes francês Jacquet.
Mal o público se recompunha do primeiro golo, o segundo surgiu de forma ainda mais espetacular. Aos 10 minutos, Hugo ultrapassou o seu marcador direto, Hiegel, e, quase sem ângulo, rematou cruzado com força e efeito, vendo a bola embater na trave antes de entrar.
O domínio Sportinguista na primeira parte foi coroado com mais um golo aos 38 minutos. Em mais um livre junto à linha de fundo, Faustino cruzou com precisão e Seminário surgiu com enorme impulsão para cabecear com violência para o fundo das redes. O intervalo chegava com um expressivo 3-0 favorável aos leões, justo reflexo da sua eficácia e do engenho coletivo, mesmo que os franceses tenham tido alguma superioridade territorial.
Mas o Stade Reims não era adversário para ser subestimado. Na segunda parte, os franceses reagiram com determinação e, num curto espaço de tempo, reabriram o jogo. Piantoni, aos 59 minutos, aproveitou um ressalto dentro da área para reduzir. Três minutos depois, Moreau finalizou uma jogada bem construída pela direita e fez o 3-2, lançando incerteza sobre o desfecho do encontro.
A equipa portuguesa, que entrou algo relaxada no segundo tempo, sentiu o perigo e rapidamente ajustou a postura. A partir daí, o jogo tornou-se um combate de nervos. O Sporting teve de abandonar a exuberância da primeira parte e vestir o fato de macaco. Lutou com bravura, defendeu com garra e soube sofrer para segurar a vantagem. No final, o triunfo foi festejado com entusiasmo. A conquista da 16.ª edição do Troféu Teresa Herrera não só deu prestígio ao Sporting, como também reforçou a projeção internacional do futebol português, um ano antes de mais uma conquista do Campeonato Nacional.
Equipa verde e branca celebrou a enorme conquista numa final a duas mãos após percurso exímio que continuará a ser lembrado por muitos anos
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Depois de levantar a Taça dos Campeões Europeus em 1977, conquistar a Taça das Taças em 1981 e celebrar a Taça CERS em 1984, a equipa de Hóquei em Patins do Sporting regressava às competições europeias em 1984/85 com fome de mais e acabou a celebrar, uma vez mais, um título europeu.
À frente da equipa verde e branco encontrava-se o treinador Luiz Barata, liderando um grupo talentoso composto por Ramalhete José Rosado, José Carlos, Pedro Trindade, Campelo, Sérgio Nunes (Serginho), Camané, Vítor Oliveira e Carlos Serra.
A caminhada na Taça das Taças começou com uma eliminatória aparentemente fácil frente ao La Vendéenne, de França e o que parecia simples confirmou-se: uma autêntica avalanche ofensiva caiu sobre os franceses. Em solo gaulês, o Sporting aplicou uma vitória histórica por 21-6, que seria reforçada com um 19-3 em Alvalade. Com um agregado de 40-9, os leões carimbaram com autoridade a passagem às meias-finais.
Na penúltima etapa do caminho europeu, o Sporting esperava o Corunha, uma equipa espanhola aguerrida e tecnicamente apurada. Os leões sabiam que jogar fora seria complicado, pelo que trataram de garantir em casa a vantagem necessária. Numa exibição vibrante em Alvalade, a equipa verde e branca venceu por 8-5, graças a uma exibição coletiva de grande intensidade.
Na Galiza, sob um ambiente hostil e perante um adversário que procurava a reviravolta, o Sporting mostrou maturidade e gestão emocional. Apesar da derrota por 4-3, a vantagem da primeira mão foi suficiente para colocar os leões na grande final da Taça das Taças.
Do outro lado da final surgia um nome inesperado: o Walsum, da Alemanha, que tinha eliminado o histórico Réus Deportiu, uma das maiores potências espanholas. A final seria disputada a duas mãos, com a primeira partida a decorrer em território alemão.
O empate a uma bola (1-1) na primeira mão deixou tudo em aberto para a decisão em Lisboa, marcada para o dia 29 de junho de 1985, no lendário Pavilhão de Alvalade. Na segunda mão, o ambiente era eletrizante. O pavilhão estava a transbordar e um mar de Sportinguismo empurrava a equipa, apesar do calor sufocante. O Walsum surpreendeu ao inaugurar o marcador, mas a reação leonina foi demolidora. Sob o comando de um inspirado Pedro Trindade e com a veia goleadora de Serginho a emergir, o Sporting virou o resultado ainda na primeira parte para 3-1.
Na etapa complementar, com Ramalhete a brilhar entre os postes e a solidez coletiva a imperar, o Sporting aguentou a pressão e impôs o seu jogo. O Walsum nunca desistiu, mas não teve forças para contrariar o talento leonino. O resultado final (8-4) coroou uma vitória justa e o Sporting conquistava assim, pela segunda vez, a Taça das Taças, somando mais uma página dourada ao seu vasto palmarés europeu.
Prova rainha segue direitinha para o museu verde e branco, isto depois de uma meia-final disputada com o Benfica e de mais uma final de grande nível
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Após ter conquistado o Campeonato Nacional sob a liderança de Juca, o Sporting iniciou a temporada 1962/63 com ambições renovadas. No entanto, depressa ficou claro que os ventos tinham mudado. Como previra o lendário técnico Bella Guttmann, a famosa “maldição das cadeiras” instalou-se em Alvalade: a instabilidade e a falta de continuidade no sucesso cedo afastaram os leões das principais frentes e a esperança restava na Taça de Portugal, troféu que os leões viriam mesmo a vencer, diante do Vitória de Guimarães (4-0).
O sorteio das meias-finais da Taça ditou um duelo escaldante entre Sporting e Benfica, disputado a duas mãos. O primeiro embate, realizado em Alvalade, terminou com nova vitória encarnada, a terceira da temporada sobre o eterno rival, deixando a eliminatória inclinada a favor das águias.
Poucos acreditavam na reviravolta, mas no Estádio da Luz, o Sporting calou os descrentes com uma exibição firme e determinada. Um 2-0 impôs-se no marcador, com dois golos de Figueiredo, que nessa tarde ganharia um novo cognome entre os adeptos: o 'Altafini de Cernache', numa analogia ao avançado italiano que tinha acabado de decidir a final europeia contra o próprio Benfica, ao serviço do Milan.
No dia 30 de junho de 1963, o Estádio Nacional foi palco da final entre o Sporting e o Vitória de Guimarães. Os leões apresentaram um onze competitivo: Carvalho na baliza; Pedro Gomes, Lúcio e Hilário na defesa; Pérides e David Júlio no meio-campo; e uma linha ofensiva composta por Osvaldo Silva, Figueiredo, Mascarenhas, Géo e João Morais. Duas ausências de peso marcaram o jogo: Fernando Mendes e Mário Lino, ambos suspensos pela Direção do Clube, na sequência de atuações menos conseguidas no campeonato.
O Sporting, para este derradeiro duelo, soube impor-se. O primeiro golo surgiu na sequência de um remate à barra de Osvaldo Silva, que ele próprio emendou na recarga. A esperança vimaranense ainda se aguentou até aos 70 minutos, momento em que Figueiredo assinou o 2-0, após mais um passe decisivo de Osvaldo.
A partir daí, o domínio leonino foi total. Aos 73 minutos, Lúcio, com um potente remate de livre direto, fez o terceiro. E já perto do final, aos 87', Mascarenhas encerrou as contas com um golo que coroou uma bela jogada individual. 4-0, o resultado mais desnivelado numa final da Taça em várias épocas, que não deixou margem para dúvidas.
Mascarenhas, o autor do último golo, terminou a edição da Taça de Portugal como melhor marcador, com impressionantes 17 remates certeiros. No final do jogo, protagonizou um episódio curioso: envolveu-se numa pequena disputa com Daniel, jogador do Vitória, que reivindicava a posse da bola do jogo. O árbitro Clemente Rodrigues, da AF Porto, interveio e resolveu o impasse, atribuindo a bola ao Sporting. “A bola é do vencedor”, decidiu.