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Histórias do Leão

Dia trágico para Joaquim Agostinho na Volta ao Algarve

Ciclista que é, ainda hoje, considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer

Joaquim Agostinho continua a ser considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer
Joaquim Agostinho continua a ser considerado por muitos como o melhor atleta português desta modalidade, esteve 10 dias em coma antes de morrer

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Num tempo em que os heróis do ciclismo não usavam capacete e a assistência médica demorava horas a chegar, o fim da vida de Joaquim Agostinho deu-se como foi passado grande parte do seu tempo: sobre uma bicicleta. A 10 de maio de 1984, Portugal perdia aquele que é, ainda hoje, considerado por muitos o maior ciclista da sua história. A sua morte, trágica e evitável, selou o fim de uma carreira ímpar, marcada por superação, talento e um espírito inquebrantável.


O acidente que parou um país


A 30 de abril de 1984, disputava-se a 5.ª etapa da 10.ª Volta ao Algarve. Joaquim Agostinho, então com 41 anos e a vestir a camisola amarela pelo Sporting, pedalava rumo à meta em Quarteira quando um cão trespassou o percurso e o atirou ao chão. Faltavam apenas 300 metros para o final. Sem capacete, sofreu um hematoma epidural agudo. Ainda assim, voltou a montar a bicicleta com o auxílio de dois colegas de equipa e cruzou a meta, um gesto de resistência que comoveu o país.


O socorro, à época, era precário: Agostinho foi transportado de ambulância até Lisboa, num trajeto de 300 quilómetros, por estradas sinuosas e mal conservadas. Seria operado 10 horas após o acidente... tarde demais. Entrou em coma e nunca mais recuperou. Morreu 10 dias depois, a 10 de maio, precisamente no dia do seu 42.º aniversário.

O percurso de um improvável campeão


Nascido em Brejenjas, freguesia de Silveira, no concelho de Torres Vedras, Joaquim Francisco Agostinho começou a pedalar profissionalmente já depois dos 25 anos, um início tardio por comparação com a maioria dos seus pares. Cumprido o serviço militar em Lourenço Marques (atual Maputo), o então lavrador saltou para os holofotes do ciclismo nacional com uma impressionante prestação na Volta a Portugal de 1968, que terminou em segundo lugar. No mesmo ano, brilhou nos Mundiais de Imola e venceu a Volta a São Paulo.

A importância de Gribaldy na sua carreira

O seu talento não passou despercebido: Jean de Gribaldy, influente treinador francês, contratou-o para o circuito europeu. Ali nascia "Tinô", como passou a ser conhecido no pelotão internacional. Agostinho acumulou feitos de destaque: pódios na Volta à França, participações de alto nível na Vuelta a España e domínio absoluto em várias edições da Volta a Portugal. Apesar de sucessos internacionais, a sua ligação ao Sporting foi profunda e duradoura, regressando várias vezes à equipa leonina, incluindo no derradeiro capítulo da sua carreira, em 1984.

Muito mais do que os resultados, foi a garra e humildade de Agostinho que conquistaram o público. Descrito por Artur Lopes (responsável pelo ciclismo do Sporting) como "o melhor corredor português de todos os tempos", Joaquim Agostinho tornou-se símbolo de esforço, paixão e resistência. Ainda hoje, um busto seu ergue-se no lendário Alpe d’Huez, homenagem de França a um ciclista português que ousou sonhar alto.

A 1 de julho de 2014, três décadas após a sua morte, o Sporting homenageou-o com o prémio Leões Honoris Sporting, na categoria Saudade, durante a primeira Gala Honoris. Um tributo a uma figura que nunca deixou de pedalar na memória coletiva do desporto nacional.

Hoje, o desfecho teria sido outro

O trágico episódio de 1984 destaca, também, a transformação do ciclismo nas últimas décadas. Hoje, o uso de capacete é obrigatório, e as provas contam com equipas médicas móveis, helicópteros de socorro e protocolos rigorosos de segurança. A história de Agostinho tornou-se, assim, também um alerta para a modernização urgente do desporto, uma mudança que, infelizmente, chegou tarde.


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Tiago Fernandes agradece a pilar do Sporting: "Foi o que mais respeitou o meu pai"

Antigo treinador interino e filho da lenda do conjunto verde e branco mostrou muito respeito a figura importante do Clube por ter dignificado o seu progenitor

 Tiago Fernandes assumiu o cargo de treinador interino do Sporting em 2018, no qual acabou por estar em poucas partidas
Tiago Fernandes assumiu o cargo de treinador interino do Sporting em 2018, no qual acabou por estar em poucas partidas

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Tiago Fernandes, antigo treinador interino e filho da lenda do Sporting, Manuel Fernandes - o quarto jogador com mais jogos na história do Clube - deu uma entrevista ao Record, na qual refere a presidência de Frederico Varandas como exemplo de valor para o seu pai.


Tiago Fernandes elogia Varandas: "Foi o que mais respeitou o Manuel Fernandes"


O antigo treinador interino destacou a atual presidência do Clube de Alvalade como a que melhor soube homenagear a imagem do pai: “Posso garantir que o Sporting presidido por Frederico Varandas foi o que mais respeitou e dignificou a figura do Clube que foi o Manuel Fernandes”.


Tiago Fernandes, recorde-se, treinou o Sporting como interino em 2018 durante poucos jogos, mas, ainda assim, continua a ter intenções de erguer um troféu: "O meu sonho não é voltar, porque já lá estive, o meu sonho é claramente ser campeão".

O filho da lenda Manuel Fernandes encontra-se agora a orientar o Torreense, mas nunca negou que os verdes e brancos mexem com o seu coração: “Sou profissional, mas nunca escondi que sou Sportinguista, também não tinha outra hipótese. O Sporting é um justo vencedor e fazia falta um Sporting pujante, depois de tudo o que se passou nos últimos anos”.


“Rui Costa investiu bem no mercado de janeiro, ao ir buscar Bruma, por exemplo, dando o sinal ao Benfica que tinham de ser campeões. Frederico Varandas mais tranquilo, muito confiante, o Rui [Borges] passou por momentos complicados, com menos alternativas, mas correu bem”, acrescenta Tiago Fernandes, relativamente à época desportiva vivida em 2024/25.

Tiago Fernandes: "Mal viu o Gyökeres, o meu pai disse-me: ‘é o único melhor que eu’”

Na entrevista em causa, Tiago Fernandes revelou, ainda, o que pai lhe disse sobre a maior estrela do plantel atual do Sporting: "O meu pai ligou-me depois da estreia do Gyokeres no Estádio do Algarve, na pré-época, e disse: ‘desde que deixei de jogar, este é o único que é melhor que eu’”.

“‘Lá estás tu! Então o Acosta, o Jardel, o Liedson?’. ‘Eram bons, mas este é o único que é mesmo melhor’. A verdade é que há goleadores, mas o Sporting tem ali 60% do sucesso no campeonato, sem dúvida”, completouTiago Fernandes.


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Tonel recorda momento polémico com Sporting à mistura: "Foi díficil..."

Antigo jogador do Clube de Alvalade relembrou um episódio marcante pela negativa quando representava outro conjunto e teve de enfrentar os verdes e brancos

Tonel esteve cinco épocas no Sporting e venceu quatro troféus. Neste período, realizou 178 partidas e marcou 14 golos.
Tonel esteve cinco épocas no Sporting e venceu quatro troféus. Neste período, realizou 178 partidas e marcou 14 golos.

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Tonel, antigo jogador do Sporting - que falou sobre St. Juste recentemente - concedeu uma entrevista ao ZeroZero e nela recordou uma polémica em que esteve envolvido, na época 2015/16, depois de cometer uma grande penalidade a favor dos leões, quando já jogava pelo Belenenses, saindo derrotado desse encontro. Para além disso, o defesa também relembrou como foi chegar ao Clube de Alvalade.


Tonel conta episódio negro: "Cometi penálti mesmo no último minuto"


O antigo defesa dos leões começou por recordar o momento negativo: “Houve aí duas ou três pessoas que quiseram tirar proveito disso mesmo, mas acabaram por dar mais valor àquilo que se passou. Cometi um penálti mesmo no último minuto, que deu a vitória ao Sporting”.


"Isto num ano em que Jorge Jesus tinha ido do Benfica para o Sporting e, portanto, como eu tinha um passado ligado ao Sporting, associaram-se aí muitas coisas e eu acabei por ser prejudicado por isso”, acrescenta Tonel sobre o momento que o futebol português atravessava na época 2015/16.

Apesar de tudo, a situação em causa serviu como um 'abre-olhos' para Tonel: “Na altura foi difícil de levar com isso e de gerir as coisas, mas hoje, passado já algum tempo, percebi que se calhar aquilo não veio por acaso. Veio para me abrir os olhos e fazer perceber como são as coisas no futebol, a partir daí comecei a ver as coisas de maneira diferente”.


Nesta entrevista, Tonel ainda recordou os momentos que antecederam a sua contratação pelo Sporting e deu nota do momento caricato que marcou a sua carreira: “Ia treinar no Marítimo de manhã, lá para meio de julho. Chego ao treino e começam a dizer que vou para o Sporting, mas eu não sabia de nada. Faço o treino, vou para casa almoçar e descansar. O Carlos Pereira, presidente do Marítimo, liga-me: ‘Olha Tonel estou aqui em Alvalade, já acertei tudo, apanha o próximo avião e anda cá ter, mas não te estiques muito que eles não têm dinheiro’. E eu fui".

Ganhar títulos Sporting? Tonel diz: "Fui a quatro finais e venci as quatro”

Apesar de todas as dificuldades, Tonel ainda venceu alguns troféus pelo Sporting, conseguindo festejar títulos em todas as finais que disputou: “Foram quatro anos de Paulo Bento, quatro anos de segundo lugar, sentimos que não era bom, mas também não era mau face as dificuldades financeiras do Clube. Nesses quatro anos estivemos sempre na Liga dos Campeões. Tive a felicidade de ir duas vezes à final da Taça e vencer as duas. Tive duas Supertaças logo a seguir e venci as duas também. Fui a quatro finais e venci as quatro”.

O antigo defesa também chegou a representar Portugal duas vezes, apesar de ter passado uma fase em que era presença constante das convocatórias. Pelo Sporting, Tonel fez 14 golos em 178 jogos. O craque fez cinco épocas de leão ao peito antes de se transferir para o Dínamo Zagreb, onde também teve um bom desempenho. 


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Palhinha lembra conversa com tricampeão pelo Porto: "Tinha acabado de chegar ao Sporting"

Antigo jogador do Clube de Alvalade recordou primeiros passos na equipa principal dos verdes e brancos, ainda com apenas 17 anos

Jesualdo Ferreira, que foi tricampeão pelo Porto, foi quem chamou João Palhinha aos primeiros treinos na equipa principal do Sporting
Jesualdo Ferreira, que foi tricampeão pelo Porto, foi quem chamou João Palhinha aos primeiros treinos na equipa principal do Sporting

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João Palhinha revelou uma das primeiras conversas que teve com Jesualdo Ferreira enquanto o mesmo era técnico do Sporting. O antigo jogador dos leões – que deixou rasgados elogios a Morten Hjulmand – afirmou que o técnico tricampeão pelo Porto lhe disse, na altura, que tinha todas as condições para chegar ao alto nível.


Palhinha destaca importância de Jesualdo Ferreira: “Tinha acabado de chegar ao Sporting”


“Deu-me [Jesualdo Ferreira] moral. Tinha acabado de chegar ao Sporting, aos 17 anos, vindo do Sacavenense e, passados dois meses, chamou pela primeira vez a um treino da equipa principal do Sporting numa altura em que o Clube atravessava um momento difícil”, começou por afirmar João Palhinha, em entrevista ao Canal 11.


João Palhinha lembrou o primeiro treino pela equipa principal do Sporting: “Tinha assinado pelos juniores e já estava ali, independentemente de ser uma vez ou outra. Foi uma alegria tremenda. Não esperava que isso acontecesse. Nunca falei muito com o professor Jesualdo Ferreira. Na altura, lembro-me que ele me veio dar uma palavrinha e disse-me que tinha todas as condições para chegar ao mais alto nível”.

Palhinha aborda eventual regresso ao Sporting: “É o Clube que mais amo em Portugal”


Nesta mesma entrevista, João Palhinha recordou o polémico episódio com Jorge Jesus, após um clássico frente ao Porto, no Estádio do Dragão: “Era um miúdo a dar os primeiros passos na equipa principal do Sporting e a verdade é que até esse jogo tinha tido muito poucas oportunidades. O William Carvalho estava suspenso e o mister meteu-me nesse jogo e acaba por ter essa polémica. Teve impacto em mim".

Para lá do passado, João Palhinha falou também sobre o futuro e nomeadamente de um eventual regresso a Portugal e ao Sporting. Quando questionado sobre quais os próximos passos da sua carreira, o internacional português foi bastante claro, revelando que quer regressar a terras lusas.

“No máximo, quero estar mais três anos fora. Quero cumprir o contrato com o Bayern. Obviamente, não sei o dia de amanhã, mas, muito devido à minha vida familiar, quero voltar. Só eu sei o que me custa. Darei preferência ao Sporting. É o Clube que mais amo em Portugal”, finalizou João Palhinha.

Com a camisola do Sporting, João Palhinha realizou 95 encontros, nos quais marcou sete golos. O internacional português conquistou quatro títulos ao serviço dos leões: um Campeonato Nacional (2020/21), uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021) e duas Taças da Liga (2020/21 e 2021/22).


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