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Curiosidades
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No próximo domingo, dia 25 de maio, Sporting e Benfica reencontram-se para disputarem a final da Taça de Portugal no Jamor - troféu que os leões já levantaram 17 vezes. Este confronto aconteceu há 39 anos, no dia 12 de março de 1986, mas pelos quartos-de-final da competição. Os leões perderam por 5-0 no eterno dérbi e deixaram de poder lutar por mais um título.
Manuel José, treinador do Sporting, foi para campo com Vítor Damas, Fernando Mendes, Virgílio, Duílio, Morato, Jaime Pacheco, Sousa, Oceano, Romeu, Manuel Fernandes, Ralph Meade e as posteriores entradas de Carlos Xavier (29’) e Rui Jordão (45’). John Mortimore, técnico inglês das águias, alinhou com Bento, Samuel, Álvaro, Oliveira, Veloso, Carlos Manuel, Shéu, Diamantino, Rui Águas, Manniche e Wando, tendo feito alterações aos 57’ e 85’ para as respetivas entradas de Nunes e Pietra.
O primeiro lance de perigo é do Sporting com três minutos de jogo, mas Ralph Meade falha à entrada da grande área encarnada. Na resposta, o Benfica consegue um livre e Manniche remata ao lado da baliza leonina. O primeiro golo do Benfica surge aos 11’, nas alturas, com o cabeceamento de Rui Águas.
O grande lance do jogo surge quando Manniche carregar a bola pelo lado direito e consegue o passe para o interior da área leonina. Depois de um remate à barra e de uma grande defesa de Vítor Damas, Wando marca na terceira tentativa do Benfica (40’).
O jogo seguiu para intervalo e o Sporting continuava a ser pressionado na segunda parte. Apesar de duas ou três grandes oportunidades e ter visto um golo assinalado num fora de jogo, a exibição não foi boa. Vítor Damas ainda fez quatro grandes defesas no jogo, mas não foi o suficiente para pôr fim ao jogo do Benfica. Álvaro, lateral dos encarnados, marca aos 86’, depois de mais uma defesa do guarda-redes verde e branco.
Dois minutos após o 3-0, o Benfica consegue o quarto na partida. Manniche cai na grande área do Sporting e acaba a converter a grande penalidade em golo. Aos 90’, Wando faz o bis na partida e aumenta o placar para 5-0 depois de uma perda de bola do defesa dos leões.
Com a derrota por 5-0, os leões ficam eliminados da prova rainha nos quartos-de-final da competição. Nesta época, o Sporting acabou em terceiro lugar no Campeonato Nacional e não conseguiu alcançar qualquer título.
Equipa verde e branca levanta título nacional, mas a partida acaba por ficar eternizada devido a um acontecimento fora do normal
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O Sporting irá defrontar, já no próximo domingo, dia 25 de maio, o Benfica, na final da Taça de Portugal, e faz por isso sentido recordar o dia 30 de junho de 1963, aquele em que os leões, orientados por Juca, protagonizaram um triunfo de 4-0 marcante, frente ao Vitória de Guimarães, num jogo que não só ficou marcado pelo resultado, mas também por um episódio insólito no final da partida.
A equipa leonina foi claramente superior em campo e construiu uma vitória clara por quatro bolas a zero, mas o grande momento do jogo foi protagonizado por Mascarenhas, que marcou golo e tornou-se no melhor marcador da competição. No final, como forma de assinalar esse feito, decidiu guardar a bola como recordação, agarrando-se a ela com firmeza.
No entanto, o inesperado aconteceu quando Daniel, do Vitória de Guimarães, apanhou Mascarenhas desprevenido e lhe tirou a bola pelas costas. A situação rapidamente causou um alvoroço entre os atletas, com o jogador dos vimaranenses a insistir que a bola era pertença do clube minhoto.
Foi então necessária a intervenção do árbitro, Clemente Henrique, que definiu para que lado ia a ‘redonda’. Explicou que, no início do encontro, havia sido escolhida uma bola do Sporting, então esta pertencia ao clube de Alvalade. Com isso, Mascarenhas pôde finalmente levar o objeto como lembrança do seu feito.
O primeiro golo, vale lembrar, surgiu logo aos 12 minutos, quando Figueiredo aproveitou uma defesa incompleta do guarda redes do Vitória de Guimarães e, com frieza, empurrou a bola para o fundo das redes. Ainda na primeira parte, aos 32’, Lúcio aumentou a vantagem com um remate cruzado de fora da área, que bateu o guardião adversário sem hipótese de defesa, deixando o Sporting confortável no marcador antes do intervalo.
Na segunda metade, os leões continuaram a dominar e, aos 61 minutos, Mascarenhas apareceu ao segundo poste para finalizar com precisão um cruzamento vindo da direita, assinando o terceiro golo. Aos 67’, Figueiredo bisou na partida, desmarcando-se bem entre os defesas e finalizando com classe após receber um passe em profundidade, fechando o resultado em 4-0 numa exibição convincente da formação de Alvalade.
Anteriormente, nas meias-finais, os verde e brancos viram-se obrigados a vencer no dérbi eterno por 2-1, tirando o seu maior rival da competição - algo que pode voltar a acontecer, mas desta vez, na final. Desta forma, o Sporting conquistou a sexta Taça de Portugal na sua história, marcada por um momento insólito.
Elencamos os títulos conquistados nesta competição pelos verde e brancos e relembramos os responsáveis pelo marcador em cada final
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Dias antes da final da Taça de Portugal que reúne Sporting e Benfica no Jamor num jogo de grande expetativa que, por outro lado, também gera alguma preocupação, a 25 de maio, para a disputa de mais um título, recordamos as 17 conquistas do Clube Leonino nesta competição histórica que teve inicio na época 1938/1939.
Numa época de muitas glórias para o conjunto verde e branco, um par de momentos tristes acontecem e marcam o Clube para sempre
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O Sporting conquistou o bicampeonato e pode estar prestes a fazer a dobradinha no Jamor frente ao Benfica, no próximo domingo, dia 25 de maio, mas há 71 anos, na época 1953/54, vivia-se o mágico ano do tetra que, no entanto, ficaria marcada por dois episódios trágicos que perduram na memória dos Sportinguistas até hoje.
O Sporting estava a um passo de conquistar o tetracampeonato num momento em que consolidava a sua hegemonia no futebol português. Fora das quatro linhas, os jogadores começavam a mostrar sinais de uma vida mais confortável, que refletia todo o sucesso desportivo. João Martins juntou-se a Vasques e foram estrear o novo carro descapotável. O passeio, no entanto, teve um desfecho inesperado. Quando circulavam pela Avenida da República, o capô do carro soltou-se.
A peça do automóvel foi projetada com violência e atingiu em cheio a cabeça de Martins, que ficou inconsciente no banco do passageiro. Vasques, apanhado de surpresa, teve de lutar para manter o controlo do veículo, evitando, por pouco, um embate num candeeiro e numa parede. O pânico tomou conta do atleta, que mal conseguia perceber se o companheiro respirava.
Com o jogador dos leões ainda inanimado, Vasques decidiu não esperar por ajuda. Pegou no colega e, à boleia, dirigiu-se apressadamente à sede do Sporting, esperando que ali conseguisse arranjar uma solução. Foi recebido por Manuel Marques, que conseguiu calmamente reanimar João Martins, devolvendo-lhe a consciência após o susto que quase culminou numa tragédia.
Meses depois, o ambiente à volta do Clube viria a ser abalado por uma notícia bem mais chocante. O corpo de Joaquim Ferreira, antigo jogador e treinador da equipa principal do Sporting, foi encontrado no Parque Eduardo VII, logo pela manhã, por uma mulher que procurava entre os lixos. O cadáver apresentava sinais evidentes de luta como arranhões na cara e um dedo esmagado, indícios de que tentou defender-se.
Na carteira da vítima, a identidade foi prontamente confirmada por um cartão de sócio do Sporting e outro de fiscal de obras públicas. Joaquim Ferreira, com apenas 46 anos, tinha recentemente conquistado a Taça de Portugal frente ao Olhanense no comando técnico dos leões. O assassinato chocou os adeptos e toda a estrutura do futebol nacional. As autoridades não tardaram a encontrar o responsável: João Jorge, um militar madeirense ao serviço do Batalhão de Caçadores 5.
João Jorge acabou por admitir o crime, no entanto, as razões que levaram ao homicídio nunca ficaram claras. Fala-se num ajuste de contas, mas a verdade permanece como um mistério. A morte de Joaquim Ferreira, bem como o acidente que acontecera pouco tempo antes, marcou o Clube que, desportivamente, atravessava um belo momento com várias conquistas.