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O último jogo da Taça de Portugal joga-se no próximo domingo, dia 25 de maio, no Jamor, com o dérbi no grande palco do futebol nacional, um jogo que pode ser vencido pelos leões, um feito repetido noutras edições em anos anteriores. Há 71 anos, no dia 23 de maio de 1954, o Sporting, orientado pelo mestre Joseph Szabo, triunfava sobre o Benfica nos oitavos-de-final da prova rainha, por 3-2, o que lhe permitia levantar o seu quinto troféu da competição mais tarde.
Neste primeiro jogo com o Sporting como equipa da casa, mas disputado no Jamor, os leões alinharam com Carlos Gomes, Caldeira, Galaz, Armando Barros, Mário Gonçalves, Juca, Galileu, Vasques, Martins, Travassos e Fernando Mendonça. O Benfica foi para campo com José Bastos, Ângelo Martins, Artur Santos, Joaquim Fernandes, Caiado, Calado, Francisco Moreira, Rogério Pipi, Palmeiro, Arsénio Duarte e José Águas.
A partida foi muito dividida e o primeiro golo só surgiu aos 34 minutos por Arsénio, jogador dos encarnados. Os Sportinguistas não tardaram a responder ao golo sofrido e, três minutos mais tarde (37’), Galileu fez o empate a uma bola e, desta forma, o jogo seguiu para intervalo.
Num jogo cheio de duelos, muito aguerrido, as águias voltaram a chegar-se à frente no marcador, mas desta vez, de grande penalidade, concretizada por Calado aos 77’. Da mesma forma, o Sporting consegue fazer o golo aos 82’ por Travassos, que empata no placar por 2-2.
O Sporting conseguiu ganhar o jogo de forma impressionante através do golo de Fernando Mendonça que fez o terceiro para os leões e levou a equipa a ganhar por 3-2 na segunda mão. Nos quartos-de-final, o adversário foi o Porto, num clássico que acabou com um agregado de 5-3 para o Sporting.
Já nas meias-finais, os leões golearam por 8-4 o Belenenses, numa eliminatória que contou com um impressionante 6-0 na segunda mão. O Vitória de Setúbal chegou à final, mas acabou parado pelo Sporting (3-2), que conquistou a dobradinha nesse ano.
Esta época foi mágica para os leões, que para além da dobradinha, conseguiram alcançar o tetracampeonato nacional, um feito inédito para o conjunto verde e branco. O principal responsável foi Joseph Szabo – que chegava há 88 anos ao Sporting.
Equipa verde e branca ficou longe do esperado e não conseguiu um bom resultado em casa dos dragões, o que pôs até em causa o resto do campeonato
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O Sporting enfrentava o Porto num clássico no dia 21 de maio de 1989, que aconteceu nas Antas, a contar para a 38.ª jornada do Campeonato Nacional. A partida acabou 3-0 para os azuis e brancos que, tal como os leões, não foram os detentores do título de campeão nacional naquele ano. Jorge Vital, atual adjunto de Ruben Amorim no Machester United, não ficou bem na fotografia.
Treinado por Manuel José, o Sporting começou a partida com Vital, Portela, João Luís, Venâncio, Miguel, Paulo Silas, Carlos Xavier, Ali Hassan, Carlos Manuel, Lima e Forbs, com as entradas tardias, ambas aos 61’, de Paulinho Cascavel e Rui Maside. Artur Jorge, do lado dos dragões, entrou em campo com Vítor Baía, N’Kongolo, Branco, Geraldão, Bandeirinha, André, Rui Manuel, Semedo, Madjer, Rui Águas e Domingos Paciência - que se tornou treinador dos leões mais tarde. Vermelhinho (45’) e Inácio (87’) foram para jogo mais tarde.
João Rosa foi um responsável pela arbitragem do clássico que tinha algumas bancadas quase vazias no topo norte das Antas, um jogo que fica marcado pela fraca audiência. Dá o apito inicial e o Sporting consegue um lance perigoso a abrir o jogo, mas a bola acaba nas mãos de Vítor Baía.
Apesar da entrada pressionante, os leões começaram a sofrer com algumas faltas defensivas. Na resposta à defesa da equipa portista, desta vez foi Vital que mostrou estar atento e defendeu o livre marcado por Branco. Aos 15’, surgia outro livre para o Porto, mas agora era indireto. O guardião verde e branco percebeu que a intenção do adversário era que a bola batesse nele para que contasse como golo, mas acabou por deixá-la entrar diretamente na baliza, o que devolveu a posse ao Sporting.
Ainda com o 0-0 e já perto do intervalo, Forbs perde a grande oportunidade para os leões depois de falhar a baliza num remate efetuado junto ao lado esquerdo do ataque verde e branco. A faltar um minuto para o descanso, Rui Águas responde com um contra-ataque mas Vital, novamente atento, consegue defender o remate.
A segunda parte começou com uma entrada muito forte dos dragões que a dominaram por completo. Se Vital tinha feito um excelente primeiro tempo, agora a história era outra. O também ex-treinador de guarda-redes do Sporting que acompanhou Ruben Amorim na saída para Old Trafford falhou depois do remate colocado de Madjer aos 52’, que dá o golo à equipa portista. Logo a seguir, aos 53’, Rui Águas remata de média distância e, depois da bola ressaltar num defesa dos leões, acaba por entrar no canto inferior junto ao poste direito.
O Porto continuou a mandar no jogo e o terceiro golo acontece aos 81’, já muito perto do final. Na sequência de um canto, Madjer cabeceia e a bola só para no fundo das redes. Uma das únicas oportunidades dos leões na segunda parte é criada por Forbs, que volta a falhar o alvo. A partida termina 3-0 e o Sporting acaba no 4.º lugar do campeonato de 1988/1989.
Leões saem derrotados de confronto com o eterno rival, com destaque para o desempenho de avançado português, que estava imparável nesse dia
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Disputava-se o dérbi eterno no antigo Estádio da Luz, na 29.ª jornada do Campeonato Nacional, no dia 21 de maio de 1972. Mesmo com o golo de Yazalde - histórico matador dos leões - o Sporting não conquistou os três pontos e acabou mesmo por perder o jogo com o Benfica por 2-1, depois de sofrer um bis de Eusébio, que estava muito inspirado.
O Sporting, treinado por Mário Lino, alinhou em campo com Vítor Damas, Laranjeira, Hilário, Caló, Manaca, Fernando Peres, Fernando Tomé, Nélson Fernandes, Chico Faria, Héctor Yazalde, Nando e as posteriores entradas de Dinis e Lourenço aos 78’ da partida. Jimmy Hagan, treinador inglês das águias, encarou a partida com José Henrique, Adolfo Calisto, Zeca, Artur Correia, Messias, Vítor Martins, Toni, Jaime Graça, Nené, Eusébio e Rui Jordão.
Maximio Afonso, árbitro lisboeta, apitou para o início da partida e o primeiro golo da equipa da casa surgiu logo no primeiro minuto de jogo depois das falhas da defensiva leonina. Eusébio pressionou forte e conseguiu ganhar a bola na área contrária, tendo apenas de empurrá-la para o fundo das redes.
Neste lance, Vítor Damas ficou no chão, mas ao que parece, o árbitro da partida não considerou qualquer falta sobre o guarda redes dos leões. Ainda na primeira parte, Eusébio voltaria a aparecer no marcador depois de conseguir ‘chapelar’ o guardião dos verde e brancos, aos 29’.
O resultado não estava favorável para os leões, que na segunda parte mudaram de comportamento e entraram a matar. Aos 56’ surge o golo do avançado argentino Yazalde, que só teve de encostar depois de uma belíssima combinação da equipa Sportinguista, já dentro da grande área adversária.
Mesmo com a atitude mudada, o jogo acabou 2-1 para a equipa da casa, que contou com o histórico português Eusébio bastante inspirado. Os leões viram a época 1971/1972 piorar depois de voltarem a perder um título para o rival, mas desta vez, na final da Taça de Portugal.
O Sporting acabou a temporada em terceiro lugar e sem qualquer título, numa época que contava com a presença de grandes lendas no Clube verde e branco, como Vítor Damas e Héctor Yazalde, que acabaram por fazer história mais tarde.
Leões alcançaram mais um registo impressionante, após vencerem o seu adversário por uma vantagem de mais de duas dezenas no marcador
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O Sporting recebeu, no antigo Estádio José Alvalade, a equipa cabo-verdiana do Mindelense, para uma partida a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, no dia 23 de maio de 1971. No final do jogo, o marcador registou aquela que é aos dias de hoje a maior goleada da história da prova rainha: uma vitória leonina por 21-0, em que os golos foram apontados por Lourenço (4’, 17’, 27’, 31, 42’ e 88’), Chico Faria (13’), Pedras (21’, 45’ e 49’), Dinis (23’), Fernando Peres (29’, 41’, 46’, 47’, 62’, 74’ e 85’), Fernando Tomé (37’ e 44’) e Marinho (84’)
Nesta partida, o treinador Fernando Vaz apostou num onze inicial composto por Vítor Damas, Manaca, José Carlos, Francisco Caló, João Laranjeira, Fernando Peres, Fernando Tomé, Pedras, Lourenço, Dinis e Chico Faria. Já do lado do Mindelense, os escolhidos foram Funa, Toy, Tehibita, Sílvio, Djosai, Carlos, Ibrantino, Tinaysa, Duca, Djonei e Guey.
O Sporting tinha como um dos grandes objetivos da sua temporada conquistar a Taça de Portugal e não entrou na prova para brincar. Os comandados de Fernando Vaz entraram nos 16-avos-de-final da prova contra a equipa do Oriental. Neste dérbi da cidade de Lisboa, os leões ‘despacharam’ o seu adversário por uma goleada de 8-0 e avançaram para a fase seguinte da prova rainha.
Mais à frente, o Sporting recebeu, nos oitavos-de-final, a equipa do Mindelense, que apesar de ser de Cabo Verde, na altura ainda era considerada uma província ultramarina portuguesa. Os leões eram favoritos e por larga margem, mas, não querendo ser surpreendidos, jogaram a todo o gás e respeitaram o seu adversário, pelo que rapidamente se puseram em vantagem no marcador através de Lourenço, aos 4 minutos (1-0).
O Sporting não tirou o pé do acelerador no que faltava na primeira parte e os golos vieram em sequência, através de Chico Faria (13’), quatro golos de Lourenço (17’,27’,31 e 42’), dois de Pedras (21’ e 45’) um de Dinis (23’), dois de Fernando Peres (29’ e 41’) e outros dois de Fernando Tomé (37’ e 44’). Assim, as duas equipas foram para o intervalo com um resultado de 13-0.
A verdade é que já com um resultado expressivo no marcador, o jogo estava mais do que resolvido, mas, ainda assim, o Sporting continuou ao ataque. A segunda parte arrancou logo com golo, que chegou através de Fernando Peres aos 46 minutos, fazendo o 14-0 na partida. Mas, nem ele nem a restante equipa ficaram por aí. Chegaram mais golos com a autoria de Peres (47’, 62’ , 74’ e 85’), Pedras (49’), um recém-entrado Marinho (84’) e Lourenço (88’). No final dos 90 minutos de jogo, o marcador assinalou aquela que continua a ser a maior vitória da história da Taça de Portugal: 21-0.
Depois de bater o Mindelense por 21-0, o Sporting manteve-se na luta pela Taça de Portugal. Nos quartos-de-final, encontrou a equipa do Belenenses, que venceu por um resultado de 4-3 em agregado. Nas ‘meias’, a vítima foi o Vitória de Setúbal, que os leões eliminaram por 2-1 um nas duas mãos. Na final do Estádio Nacional do Jamor, o adversário foi o Benfica, a quem a equipa de Fernando Vaz ganhou por 4-1 e assim, conquistou a prova rainha do futebol português.