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Futebol

Héctor Yazalde: O matador do Sporting que conquistou a Europa

Ídolo eterno do clube leonino brilhou com a camisola verde e branca, venceu a Bota de Ouro e deixou uma marca inesquecível

Héctor Yazalde permanece como um dos maiores goleadores do Sporting Clube de Portugal, tendo vencido uma Bota de Ouro em 1974
Héctor Yazalde permanece como um dos maiores goleadores do Sporting Clube de Portugal, tendo vencido uma Bota de Ouro em 1974

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Nascido a 29 de maio de 1946 em Villa Fiorito, um bairro muito pobre da capital Argentina Buenos Aires, Héctor Yazalde cresceu entre dificuldades e sonhos. Desde criança, dividia-se entre o desejo de ser médico e a paixão pelo futebol. No entanto, a necessidade de sustentar a família levou-o a trabalhar desde cedo, vendendo jornais e ajudando o irmão na venda de fruta. Foi nesse período que recebeu a alcunha de “Chirola”, em referência às moedas pequenas da Argentina, pois gostava de trocá-las para parecer que tinha mais dinheiro.


O talento para o futebol revelou-se desde cedo, mas o caminho até ao profissionalismo foi árduo. Começou a jogar descalço nas ruas, até ser descoberto por Júlio Mocoroa, que o levou para o Los Andes. Sem oportunidades no clube, passou pelo Racing, onde foi dispensado por ser demasiado magro. Chegou a acreditar que nunca seria jogador, mas a sua persistência levou-o ao Atlético Piraña, um clube amador onde começou a destacar-se como goleador.


A grande oportunidade surgiu em 1967, quando o Independiente, um dos principais clubes da Argentina, o contratou. Yazalde rapidamente demonstrou o seu valor, marcando 72 golos em 117 jogos. Conquistou o Campeonato Metropolitano e chegou à Seleção Argentina. As suas exibições despertaram o interesse de vários clubes internacionais, incluindo o Santos, o Palmeiras e o Valência. No entanto, foi o Sporting que garantiu a sua contratação em 1971, numa transferência recorde para o futebol português.


A adaptação a Portugal foi complicada. Yazalde chegou em janeiro de 1971 ao Sporting, mas como não pôde ser inscrito só se estreou oficialmente em setembro. Para além das dificuldades físicas e das lesões, enfrentou resistência dentro do balneário leonino, onde alguns colegas viam com desconfiança o seu elevado salário. Sem grande apoio, encontrou conforto na vida noturna lisboeta, onde conheceu Carmizé, atriz portuguesa com quem viria a casar.

A explosão aconteceu em 1973/74, quando Yazalde marcou 46 golos no campeonato português, conquistando a Bota de Ouro como o melhor marcador da Europa, quem está a aproximar-se desses números é o avançado sueco Viktor Gyokeres. Esse feito estabeleceu um recorde que só seria superado por Lionel Messi 38 anos depois. Como prémio, recebeu um Toyota, mas, num gesto de humildade e reconhecimento, vendeu-o e dividiu o dinheiro com os colegas de equipa.


Na temporada seguinte, voltou a ser o melhor marcador do campeonato português, agora com 30 golos, conquistando a Bota de Prata. Apesar do interesse do Real Madrid, que ofereceu 27.000 contos, o Sporting optou por vendê-lo ao Marselha por 12.500 contos em 1975. Em França, continuou a demonstrar o seu instinto goleador e conquistou mais um título, mas, movido pelo sonho de jogar o Mundial de 1978 pela Argentina, decidiu regressar ao seu país.

O regresso à Argentina não foi o melhor, acabou por jogar no Newell’s Old Boys, mas o clube não lhe proporcionou as condições ideais. Além disso, foi diagnosticado com hepatite, uma doença que debilitou a sua saúde e o levou a entrar em depressão. Tentou relançar a carreira no Huracán, mas disputou apenas um jogo antes de decidir abandonar os relvados em 1982.

Após o fim da carreira, ainda trabalhou como treinador adjunto no River Plate e no Huracán. Entretanto, a sua vida pessoal sofreu um duro contratempo com a separação de Carmizé, que nunca concordou com o regresso à Argentina. Apesar dos problemas de saúde, continuou ligado ao futebol como empresário, tendo sido responsável pela vinda de Saucedo para o Sporting. A 18 de junho de 1997, Yazalde faleceu em Buenos Aires, vítima de cirrose hepática. Tinha apenas 51 anos. 


Futebol

De raptado a ídolo: A história incrível de José Travassos no Sporting

Famoso "Zé da Europa" foi um dos maiores jogadores da história do clube leonino e da Seleção Portuguesa, deixando um legado inesquecível no futebol

José Travassos, também conhecido como "Zé da Europa", deixou a sua marca no Sporting e no futebol português
José Travassos, também conhecido como "Zé da Europa", deixou a sua marca no Sporting e no futebol português

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José Travassos nasceu na Quinta do Lumiar no dia 22 de fevereiro de 1926, perto de dois campos de futebol e de uma carreira de tiro, locais que moldaram suas duas grandes paixões: a caça e o futebol. Desde jovem, mostrou uma dedicação excepcional ao desporto, começando a trabalhar numa oficina de torneiro aos 13 anos, enquanto sonhava em jogar no Sporting. A sua carreira teve um início precoce, mas seria com o Sporting que ele viria a alcançar a glória.


Aos 16 anos, Travassos iniciou o seu percurso no futebol ao afiliar-se nos juniores da CUF, clube que lhe ofereceu trabalho. Um ano depois, já se destacava na equipa principal, o que chamou a atenção de grandes clubes. O Sporting, que também o queria, teve que superar uma corrida com o Porto, que chegou a tentar contratar o jogador ”raptando-o” e escondendo-o em Torres Vedras, mas o coração de Travassos falou mais alto e alertou o Sporting sobre a sua localização, que mais tarde, levou à sua contratação pelo clube verde e branco.


Em 1946, com o seu contrato assinado pelos leões, Travassos iniciou uma carreira que o levaria a conquistar diversos títulos. No entanto, antes de se destacar como futebolista, ele também brilhou no atletismo, representando o Sporting na modalidade e ajudando o verde e branco.clube a conquistar o Campeonato Nacional de Atletismo em 1946. Pouco depois, entrou para a equipa de futebol e tornou-se uma figura imprescindível.


A sua estreia na equipa principal foi notável, marcando três golos num memorável dérbi frente ao Benfica, em 1946, onde o Sporting goleou o rival por 6-1. Esse jogo ficou marcado na história, e Travassos rapidamente se tornou uma estrela do futebol português. A sua habilidade e desempenho chamaram a atenção da Seleção Nacional, onde se tornou um jogador indiscutível.

No total, Travassos contabilizou 35 internacionalizações pela Seleção, marcando 6 golos. Foi um dos pilares da famosa linha avançada do Sporting, "Os Cinco Violinos", com a qual conquistou oito Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa. Com a sua regularidade e trabalho incansável, tornou-se uma lenda viva do clube, terminando a sua carreira no Sporting em 1959, após 13 anos de dedicação, com cerca de 450 partidas realizadas de leão ao peito e quase 200 golos, números impressionantes para um médio ofensivo.


Além do sucesso no Sporting, José Travassos tornou-se também o primeiro jogador português a atuar numa Seleção da Europa, sendo apelidado de "Zé da Europa" após o seu desempenho no jogo comemorativo dos 75 anos da Federação Irlandesa, em 1955. Nesse jogo, a sua influência foi decisiva para a vitória de 4-1 sobre a Inglaterra, deixando uma marca indelével no futebol europeu.

Após abandonar os relvados, Travassos tornou-se treinador dos juniores do Sporting, mas a sua verdadeira paixão pela caça fez com que se afastasse do futebol no final dos anos 1960. Reconhecido com o Prémio Stromp em 1986, faz esta quarta-feira 9 anos que Travassos faleceu, no dia 12 de fevereiro de 2002, aos 75 anos, onde deixou um legado imortal no futebol português, quem tenta seguir o mesmo caminho é o neto, jogador do Sporting, agora emprestado ao Casa Pia, Diogo Travassos. Em 2015, o Sporting homenageou José Travassos ao nomear uma rua em sua honra, a Rua José Travassos, situada perto do novo Pavilhão João Rocha. 


Futebol

Daniel Bragança taxativo após dura derrota do Sporting na Champions: "Temos de ser..."

Médio português analisou, após o apito final, aqueles que foram os erros cometidos pelos leões diante do Borussia Dortmund, depositando esperança na reviravolta

Daniel Bragança optou por direcionar as atenções já para o próximo jogo do Sporting, diante do Arouca, para o campeonato
Daniel Bragança optou por direcionar as atenções já para o próximo jogo do Sporting, diante do Arouca, para o campeonato

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Daniel Bragança foi um dos jogadores escolhidos pelo Sporting para darem a cara aos adeptos após a dura derrota desta terça-feira, dia 11 de fevereiro, diante do Borussia Dortmund, por 3-0, com o médio português a recusar atirar a toalha ao chão e a dizer que ainda é possível inverter a eliminatória.


"A primeira parte acho que foi mais controlada da nossa parte, a segunda não foi tão bem jogada. Eles conseguiram fazer golos, coisa que nós não conseguimos fazer na primeira parte, onde me lembro da bola à barra do Maxi Araújo. Eles foram mais eficazes. Complicámos um bocadinho a nossa vida para a segunda mão, mas o resultado, para mim, não está fechado. Acredito muito na nossa equipa e nos nossos jogadores", explicou Bragança, aos jornalistas.


De seguida, o médio afastou a hipótese de ter sido "falta de pulmão" a penalizar o Sporting, dizendo que o Borussia Dortmund conseguiu "superiorizar-se" e que os leões podiam e deviam ter feito melhor na concretização das oportunidades de golo criadas. "A nossa equipa é muito jovem e ficámos desfalcados a nível de jogadores mais velhos. Isso sente-se um bocadinho nestes momentos, falta alguém mais maduro. Foi a eficácia que ditou o resultado", acrescentou.


Antes de se despedir, Bragança direcionou as atenções já para o próximo jogo, diante do Arouca, para o campeonato: "Há que esquecer o que aconteceu hoje, recuperar bem, para os jogadores que jogaram, e treinar, para quem jogou menos. É preciso pensar só no campeonato e nos três pontos e, só depois, pensar outra vez no Borussia Dortmund e tentar fazer melhor do que fizemos hoje".

Vale lembrar que Sporting e Dortmund voltam a encontrar-se na Alemanha, na próxima quarta-feira, dia 19 de fevereiro. O emblema de Alvalade vai precisar de marcar pelo menos três golos para continuar a sonhar com a permanência na liga milionária.




Futebol

Avançado que desiludiu no Sporting acaba a carreira... aos 32 anos

Atleta chegou a Alvalade rotulado como craque, mas nunca conseguiu convencer os adeptos verdes e brancos, acabando por deixar os leões

Antigo jogador belga esteve vinculado ao Sporting entre 2016 e 2019 e em 17 jogos realizados de leão ao peito não apontou qualquer golo
Antigo jogador belga esteve vinculado ao Sporting entre 2016 e 2019 e em 17 jogos realizados de leão ao peito não apontou qualquer golo

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Luc Castaignos, jogador que passou pelo Sporting, partilhou nas redes sociais, esta terça-feira, dia 11 de fevereiro, um extenso comunicado através do qual deu conta da sua decisão de terminar a carreira enquanto jogador de futebol, aos 32 anos.


"Todos os dias, todos os minutos do dia, focado, o futebol é a minha língua. Depois de todas estas belas experiências a viajar pelo mundo para perseguir o meu sonho, decidi que é altura de parar. Parar como jogador e futebolista profissional. Dizem que onde uma porta se fecha, outra se abre", fez notar primeiramente o agora ex-avançado, antes de prosseguir.


No texto, Castaignos deu a entender, ainda, que tem intenções de continuar ligado ao mundo do futebol, não se sabendo, para já, com que funções: "Adoro demasiado este jogo, por isso espero que voltem a ouvir falar de mim em breve. Obrigado aos fãs que sempre me apoiaram. Agradeço também às pessoas e à minha família que sempre me motivaram. Até breve".


O antigo jogador belga esteve vinculado ao Sporting entre 2016 e 2019, mas em 17 partidas realizadas não conseguiu encontrar o caminho para o golo. Juntou, no entanto, Taça de Portugal ao seu palmarés, conquistada ao serviço dos leões. 

Antes de chegar a Alvalade, e durante a sua formação no Feyenoord, Castaignos havia sido considerado uma jovem promessa, o que nunca se chegou a verificar. No currículo soma ainda passagens por Inter de Milão, Twente, Eintracht Frankfurt e Vitesse, entre outros clubes.




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