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Nelson Évora, do Sporting, brilha em Belgrado e revalida título europeu no triplo salto
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Efemérides
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Na noite de 6 de março de 1974, o Estádio José Alvalade foi palco de mais uma grande exibição europeia do Sporting. Perante cerca de 50.000 adeptos, a equipa leonina derrotou os suíços do Zurich por 3-0, na primeira mão dos quartos-de-final da Taça das Taças, com golos de Nélson Fernandes (55'), Marinho (57') e Hector Yazalde (80', g.p).
Mário Lino escolheu para o 11 inicial Vítor Damas (GR), Manaca, Vitorino Bastos, Carlos Pereira, Carlos Alhinho, Baltasar, Wágner, Marinho (57’), Yazalde (80’), Nélson Fernandes (55’) e Chico Faria. A formação verde e branca entrou determinada a conquistar um bom resultado, mas encontrou uma defesa adversária bem organizada. O Zurich apostou numa estratégia defensiva, tentando travar o ímpeto leonino e conter Yazalde - recorde o perfil do matador leonino -, cuja fama já se fazia sentir na Europa.
No regresso dos balneários, os leões assumiram por completo o controlo do jogo e cedo colheram os frutos. Aos 55 minutos, após uma falta sobre Vagner, o próprio capitão leonino executou um livre de forma magistral, permitindo a Nélson Fernandes desviar para o fundo das redes, abrindo o marcador. O segundo golo surgiu apenas dois minutos depois, numa bela jogada coletiva. Baltazar iniciou o lance, com a bola a passar por Yazalde e Marinho, antes de regressar ao argentino, que assistiu Marinho para um remate certeiro, ampliando a vantagem para 2-0.
O Sporting não tirou o pé do acelerador e, a 10 minutos do fim, Yazalde protagonizou uma grande jogada individual, sendo travado em falta dentro da área. Chamado a converter a grande penalidade, o argentino não desperdiçou e fez o 3-0 final. Com esta vitória, o Sporting somou a sua 29.ª vitória em competições europeias e ficou em excelente posição para garantir o apuramento. Na segunda mão, realizada 15 dias depois na Suíça, os leões conseguiram um empate a uma bola, assegurando a passagem às meias-finais da Taça das Taças.
O percuso do Sporting na edição 1973/74 da Taça das Taças haveria, porém, de terminar logo depois, nas meias-finais. Perante o Magdeburg, os leões empataram a uma bola na primeira mão em Alvalade e perderam, por 2-1, na Alemanha, ficando fora da prova. Curiosamente, o emblema alemão triunfou na competição, batendo o Milan, na final, por 2-0.
Clube de Alvalade viveu uma noite para esquecer ao ser goleado pela equipa alemã por 7-1 na Liga dos Campeões, registando a sua pior derrota na Europa
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A segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões revelou-se um autêntico pesadelo para o Sporting. No dia 10 de março de 2009, e após a derrota por 5-0 em casa, a equipa portuguesa deslocou-se ao reduto do Bayern Munique com o objetivo de limpar a imagem, mas acabou por sofrer um desaire ainda mais pesado, ao perder por 7-1 no Allianz Arena.
O técnico dos leões, Paulo Bento, fez alinhar Rui Patrício (GR), Pedro Silva, Pereirinha, Polga, Tonel, Adrien Silva, Miguel Veloso, João Moutinho, Yannick Djaló, Derlei e Vukcevic. No decorrer da partida, Marat Izmailov (45’), Abel Ferreira (45’) e Marco Caneira (74’) foram chamados a jogo.
O Bayern entrou forte e, logo aos sete minutos, Lukas Podolski inaugurou o marcador com um remate de fora da área. O mesmo jogador voltou a marcar pouco depois, aproveitando uma falha de comunicação entre Anderson Polga e Rui Patrício. A noite do brasileiro foi para esquecer, pois aos 39 minutos, ao tentar afastar um canto batido por Schweinsteiger, acabou por introduzir a bola na sua própria baliza. O Sporting ainda respondeu por intermédio de João Moutinho, que, com um remate de fora da área, assinou um belo golo e reduziu para 3-1.
A esperança leonina durou pouco, pois, na jogada seguinte, Schweinsteiger aproveitou uma falha de marcação e aumentou a vantagem para 4-1, levando o Bayern para o intervalo com uma margem ainda mais confortável. No segundo tempo, o Sporting tentou reagir, mas esbarrou na organização defensiva alemã.
O Bayern, sem necessidade de forçar, continuou a dominar o jogo e marcou mais três golos. Mark van Bommel fez o quinto, Miroslav Klose converteu uma grande penalidade para o sexto e, nos instantes finais, Thomas Müller fechou a contagem com um remate oportuno após a cobrança de um pontapé de canto.
O resultado final de 7-1 confirmou a pior derrota do Sporting em competições europeias e selou um agregado de 12-1 na eliminatória. O Bayern seguiu para os quartos-de-final, enquanto os leões regressam a casa com uma das piores recordações da sua história no futebol europeu e que, até ao dia de hoje, ainda não foi superada.
No final do encontro, Paulo Bento reconheceu os erros cometidos e a falta de confiança da equipa desde o apito inicial: “Cometemos demasiados erros e nunca conseguimos tirar o resultado da primeira mão da cabeça. Queríamos um desfecho diferente, mas infelizmente não foi possível”.
Confira o resumo do Bayern Munique 7 - 1 Sporting:
Atleta do Clube de Alvalade voltou a estar a excelente nível e superou toda a concorrência, triunfando em prova muito importante
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O dia 8 de março de 2009 ficará para sempre marcado na história do atletismo português e do Clube de Alvalade. Rui Silva, histórico atleta do Sporting, conquistou o título europeu dos 1.500 metros em pista coberta, alcançando o ouro pela terceira vez na competição, e levando a melhor sobre toda a concorrência.
Após um longo período afetado por lesões, Rui Silva voltou à melhor forma e cruzou a meta em 3m44,28s, superando o espanhol Diego Ruiz (3m44,70s) e o francês Yoann Kowal (3m44,75s). Foi a sua quarta medalha em Europeus de pista coberta, o que demonstra toda a qualidade do atleta do Sporting.
A corrida decorreu logo após a final feminina dos 3.000 metros, onde a portuguesa Sara Moreira brilhou ao conquistar a medalha de prata e abrindo o caminho para mais um triunfo de Rui Silva. Inspirado pelo desempenho da compatriota, o atleta do Sporting entrou forte e controlou o ritmo da prova do início ao fim.
No final, Rui Silva, atleta do Sporting, estava bastante emocionado e destacou a importância da vitória: “Assumi o risco de impor o ritmo, pois se a prova fosse muito lenta poderia perder no sprint final. Foi uma vitória muito importante, pelo que passei nos últimos anos. É difícil descrever este momento".
Este título junta-se aos já conquistados em 1998 e 2002 nos 1.500 metros, enquanto em 2000 o atleta havia arrecadado a prata nos 3.000 metros. Importante relembrar que no ano anterior, em 2008, a atleta do Sporting, Naide Gomes tornou-se campeã mundial do salto em comprimento em pista coberta.
Atleta portuguesa sagrou-se campeã mundial do salto em comprimento em pista coberta, em Valência, com um impressionante salto de 7,00 metros
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A 9 de março de 2008, Naide Gomes alcançou o ponto alto da sua carreira ao tornar-se campeã mundial do salto em comprimento em pista coberta. A atleta do Sporting brilhou em Valência ao atingir a marca de 7,00 metros, um novo recorde nacional e a melhor marca mundial do ano até então. Já Nélson Évora ficou em terceiro no triplo salto.
Depois de um primeiro salto nulo, Naide conseguiu garantir o ouro no quinto ensaio. Com esse salto, superou a brasileira Maurren Maggi, que alcançou 6,89 metros, e a russa Irina Simagina, que ficou com o bronze ao saltar 6,88 metros.
Naide já tinha conquistado uma medalha de bronze nos Mundiais de pista coberta em 2006, em Moscovo, e era bicampeã europeia da especialidade, com títulos em 2005 (Madrid) e 2007 (Birmingham).
Apesar do seu sucesso em pista coberta, a atleta nem sempre teve a mesma sorte nas competições ao ar livre. Nos Mundiais de 2005 não conseguiu apurar-se para a final, e em 2007, em Osaka, perdeu a medalha de bronze no último ensaio. No entanto, era vice-campeã europeia em título, depois de ter conquistado a prata em Gotemburgo, em 2006.
Natural de São Tomé e Príncipe, Naide Gomes tornou-se cidadã portuguesa em 2001 e rapidamente se afirmou como uma das maiores atletas do país. Antes de brilhar no salto em comprimento, já tinha vencido um título mundial em pista coberta, em 2004, na disciplina de pentatlo.