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0Esta segunda-feira, dia 15 de maio, faz cinco anos desde o ataque à Academia do Sporting. Posto isto, o jornal Record falou com vários figuras que estiveram ligadas ao processo, entre elas, o advogado Juan de Dios Crespo Pérez, que representou o Clube de Alvalade nos processos que dizem respeito às rescisões de contrato por justa causa.
Em declarações ao diário desportivo, o profissional conhecido como 'Messi da advocacia', voltou a vincar que os nove jogadores que rescindiram por justa causa, não tinham razão para o mesmo.
"Para mim, ficou claro desde o início que não existiam razões para uma rescisão por justa causa por parte dos jogadores para terminar os seus contratos. A rescisão unilateral deve ser sempre a última alternativa e aqui, neste caso, os jogadores aplicaram esta finalidade sem qualquer base legal, já que o clube não foi responsável pela situação", começou por referir, falando ao pormenor de cada caso.
"Os casos de rescisão de cada jogador do Sporting foram analisados sobretudo localmente através dos advogados portugueses do Sporting. Eu apenas atuei pelo Sporting na FIFA e no TAS", lembrou ainda.
Rui Patrício, Battaglia, William Carvalho, Bruno Fernandes, Rúben Ribeiro, Gelson Martins, Podence, Rafael Leão e Bas Dost foram os futebolistas que entregaram as cartas de rescisão em 2018, que gerou toda uma maré de acontecimentos no Clube de Alvalade: desde a saída de Jorge Jesus à destituição de Bruno de Carvalho, até à Comissão de Gestão liderada por Sousa Cintra - que acabou por garantir os regressos de Bas Dos, Battaglia e Bruno Fernandes; tendo ainda negociado a saída de William para o Betis.
Mais tarde, o dossiê acabou por 'sobrar' para Frederico Varandas, eleito Presidente dos leões a 8 de setembro de 2018. A partir daqui, somam-se as as transferências de William Carvalho (17 milhões de euros), Bas Dost (7 milhões, para o Frankfurt), Rui Patrício (18 milhões, para o Wolverhampton), Gelson Martins (22,5 milhões, para o At. Madrid e Podence (7 milhões, para o Olympiacos).
No que toca aos restantes processos, Rúben Ribeiro acabou por ter a FIFA do seu lado na rescisão por justa causa com os verdes e brancos, apesar de não ter tido o direto de ser indemnização por parte do Clube.
Por fim, resta Rafael Leão, o caso que tem vindo a fazer correr mais tinta e que ainda está a ser debatido nos tribunais. No caso do avançado, a FIFA definiu que o jogador e o Lille, emblema para onde seguiu depois de sair do Sporting, têm de pagar a dívida aos leões, que está nos 22 milhões de euros.
No entanto, a SAD leonina pretende receber 45 milhões de euros, valor da cláusula de rescisão do jogador aquando da sua saída de Alvalade. Sobre esta situação, Juan de Dios Crespo Pérez acredita que ainda tem pano para mangas.
"Caso Leão? Não é certo que a FIFA tenha dado razão a Leão, pelo contrário, ele e o Lille são responsáveis por indemnizar o Sporting. A FIFA, o TAS e também as autoridades judiciais, não apenas em Portugal, mas também Espanha e outros países, defenderam que as cláusulas e valores de negociação dos jogadores deviam ser mais baixas, mas também as mantiveram noutros casos. Cada situação é diferente", vincou.