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Revelações inéditas sobre Manuel Fernandes: "Ia à discoteca com jogadores do Benfica"
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Histórias do Leão
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No dia 5 de junho de 2009, José Eduardo Bettencourt - que esteve envolvido numa recente candidatura à FPF - foi eleito presidente do Sporting pelos sócios leoninos. A antiga figura máxima da gestão dos verde e brancos esteve no cargo apenas até setembro de 2011, dia em que se despediu por ter reconhecido a instabilidade que o Clube de Alvalade levava.
O primeiro contacto direto de José Eduardo Bettencourt com o Sporting aconteceu em 2001, ano em que chegou aos leões e formou uma dupla de sucesso com Miguel Ribeiro Teles, que não só impôs rigor nas contas da SAD leonina, como também levou o futebol à conquista da dobradinha e da Supertaça em 2002, o que deu direito a algum prestígio junto dos Sócios do Clube.
No ano seguinte, José Eduardo Bettentcourt chegou à posição de administrador executivo da SAD, na qual permaneceu até 2004, quando saiu do Clube. Foi neste espaço de tempo que, com coragem, acusou Mourinho de ter rasgado uma camisola que Rui Jorge tinha pedido a Paulinho para entregar a um amigo no balneário do Porto e, noutro momento, parou sozinho uma tentativa de invasão de campo de alguns adeptos em pleno dérbi.
O regresso ao Sporting aconteceu em 2006, mas agora como vice-presidente de Soares Franco, que na altura anunciou que não se iria recandidatar. Com isto, José Eduardo Bettentcourt deixou um cargo que tinha no Banco Santander-Totta e decidiu candidatar-se à Presidência do Clube de Alvalade. O seu nome era um dos favoritos por distinguir-se dos restantes como sendo um adepto fervoroso.
José Eduardo Bettencourt foi eleito presidente do Sporting no dia 5 de junho de 2009, depois de conseguir uma esmagadora maioria dos votos, com 89,4 %. No seu curto mandato, conseguiu a aprovação da reestruturação financeira que visava a sustentabilidade económica do Clube. Visitou vários núcleos espalhados pelo país, o que levou os leões a atingirem os 100 mil associados.
Ainda assim, nem tudo correu bem para o antigo Presidente dos leões. Ao fim de 19 meses, a equipa de futebol do Sporting enfrentava uma grande instabilidade: passaram três treinadores, três diretores desportivos, um diretor geral e foram contratados 17 jogadores, sendo que poucos renderam. Com isto, o Clube levava resultados abaixo do esperado e, no dia 15 de janeiro de 2011, José Eduardo Bettencourt demitiu-se da Presidência, por entender que era o melhor para o conjunto de Alvalade.
A verdade é que foi José Eduardo Bettencourt que conseguiu resolver um problema que já se arrastava há anos, entre o Sporting e a Câmara Municipal de Lisboa, que deu resultado ao pagamento faseado por parte da entidade da capital, no valor de 18 milhões euros. Para além disso, também acertou a possível construção de um pavilhão na área que circulava o Estádio José Alvalade.
Craque reconhecidíssimo a nível mundial, que tem carreira super estrelada no futebol, chega ao Clube verde e branco para continuar a fazer história
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No dia 20 de junho de 1999, Peter Schmeichel - primeiro dinamarquês dos verdes e brancos - foi apresentado pelo Sporting, sendo este na altura um dos guarda-redes com maior estatuto em termos mundiais. Este dia foi inesquecível para os adeptos e Sócios do Clube de Alvalade, que receberam um dos maiores guardiões da história do desporto.
O Mallorca, de Espanha, chegou a fazer-lhe uma proposta tentadora, não só a nível económico, como também desportivo. Em França, Paris Saint-Germain e Rennes também tentaram assegurar o passe do dinamarquês, mas sem sucesso. Em Itália também houve interessados.
Os dirigentes do Sporting já sabiam que Schmeichel tinha interesse em, pelo menos, ouvir o que tinham para oferecer. Com a época dada como terminada depois dos festejos da conquista da Liga dos Campeões, o dinamarquês estava finalmente disponível para ser negociado, apesar de num só ano ter erguido três troféus.
Carlos Janela, que na altura era o diretor desportivo do Sporting, já tinha recebido algumas críticas depois de falhar a contratação de Brian Laudrup, que era pretendido por 15 equipas, segundo o que se dizia na época. Desta forma, os adeptos olharam para as negociações com o guardião de uma forma mais cautelosa.
No dia 19 de junho de 1999, ainda era sábado e Schmeichel já estava na capital portuguesa. A verdade é que o guardião dinamarquês queria ir para o hotel descansar, mas os dirigentes estavam focados em conseguir um único objetivo: o guardião só podia sair para o hotel quando o contrato com os leões estivesse assinado.
Nas palavras de Schmeichel: "Passou o tempo: meia-noite, uma da manhã, e eu muito cansado e só queira ir para o hotel descansar". Há uma da manhã, o guardião foi apresentado aos jornalistas, numa das transferências que mais chocou todos os adeptos do futebol português.
“O Peter é, a partir deste momento, jogador do Sporting e o Sporting vai ser campeão, porque para onde o Peter vai é campeão”, disse Carlos Janela, diretor desportivo dos verdes e brancos, no momento em que foi anunciada a contratação do craque à saída do hotel.
Médico cirurgião fanático pelo conjunto verde e branco colocou o avançado sueco na mesma prateleira de outros jogadores históricos que já passaram pelo Clube
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Eduardo Barroso, médico conhecido em Portugal por ser um Sócio ativo do Sporting desde nascença, deu uma entrevista exclusiva ao Leonino, na qual fez algumas comparações entre o passado e presente do Clube. O antigo cirurgião referiu nomes como Yazalde - histórico goleador argentino e Mário Jardel, para além de citar os Cinco Violinos.
Eduardo Barroso: “Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta”
Relativamente à possível saída de Gyokeres, o médico Sportinguista fez uma comparação com o ‘adeus’ de velhos craques ao Clube: “Acho que o Harder também se vai fazer um grande jogador, mas se calhar ainda não chega porque agora vamos ter uma crise, vamos sentir falta do Gyokeres. Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta, e sentimos. Quando saiu o Manuel Fernandes, a mesma coisa. O Bas Dost e o Jardel também".
Ainda assim, Eduardo Barroso mostra-se esperançoso e acredita que o Sporting fará um ótimo trabalho para conseguir deixar a equipa tão forte quanto estava: “Isso é bom sinal. Assim como nós fomos descobrir o Gyokeres e o Hjulmand, espero que o nosso scouting já esteja a ver quem são os novos possíveis craques. Se voltarem a acertar como acertaram nestes dois, é um dos meus parabéns”.
Eduardo Barroso: “Eu vi o Yazalde jogar”
Ainda sobre a eventual saída de Gyokeres, Eduardo Barroso recorda o histórico goleador argentino do Sporting como um dos grandes avançados que já viu no Clube: “Não vamos passar uma crise existencial. Eu vi o Yazalde jogar. O Yazalde esteve um ano sem jogar nada, quando veio, e depois foi um craque bestial”.
“A vida é feita de renovação, agora surgiram os Quendas e os Catamos, a vida continua. É o ciclo do futebol. Eu formei-me como cirurgião e também tive de ser substituído. É uma crise 'existencialzinha', mas quem vem a seguir será melhor que eu”, acrescenta Eduardo Barroso ao refletir, com muita esperança, sobre o futuro do Sporting.
Eduardo Barroso: “Foram as melhores duas épocas da minha vida”
Sportinguista desde nascença, Eduardo Barroso fez, ainda, uma forte afirmação sobre os últimos dois anos do Clube: “Eu tenho 76 anos. Sou sócio há 76 anos. Não me lembrava de ter sido bicampeão. Teria sido bicampeão quando tinha 2 anos ou 3. É evidente que na minha existência nunca tinha visto uma época tão fluente. Devem ter sido as melhores duas épocas da minha vida”.
Na conversa, ainda houve espaço para uma comparação do atual plantel à histórica equipa que representou o equipamento verde e branco durante uma boa parte do século anterior: “Aquele período dos Cinco Violinos que eu conheço a história do Sporting bem e, portanto, deve ter sido uma história muito bonita. Eu vi também grandes épocas do Sporting”.
Conjunto de jogadores equipados a rigor foi apresentado, de um modo inesperado, pelo Clube de Alvalade, no mesmo momento
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No dia 16 de junho de 2010, o Sporting apresentava três reforços para a equipa principal: Maniche - que fez um aviso a Varandas recentemente, Evaldo e André Santos. Na apresentação dos craques, todos se mostraram bastante motivados para representar o Clube de Alvalade e algumas das declarações concedidas foram muito fortes.
Maniche: “Foi a negociação mais fácil da minha vida”
Maniche, médio internacional português, não escondeu alguns detalhes sobre a contratação: “Foi a negociação mais fácil da minha vida, digamos. Bastou simplesmente um telefonema do diretor desportivo, ao qual eu agradeço, um amigo de longo tempo. Ele perguntou-me se tinha interesse em representar o Sporting. Eu obviamente disse que sim, já que é o Clube do meu coração”.
“Tinha ali uma oportunidade única de representar o meu Clube do coração, obviamente não podia deixar, aos 32 anos, de representar o Clube que sempre quis representar, mas nunca tive oportunidade”, acrescentou Maniche, que era a principal cara deste leque de contratações do Sporting para a época 2010/11.
Evaldo: “Venho para ser campeão”
Evaldo, defesa brasileiro proveniente do Braga, deixou promessas na sua apresentação relativamente ao comprometimento com o Sporting: “Titular ou não, venho para o grupo para ser campeão. Independentemente de ser titular ou não, estou aqui para dar tudo e trabalhar na medida do possível”.
André Santos: "Sou do Sporting desde que nasci"
Por fim, André Santos, que já tinha passado pela academia leonina fala sobre o retorno a um emblema que já representou com grande brilho nos olhos: “Como o Maniche já disse, eu também sou do Sporting desde que nasci. Passei aqui muitos anos na formação e é um sonho poder regressar a casa”.
A tripla contratação animou muito os adeptos e Sócios Sportinguistas, que viam este trio com muito potencial. A grande figura dos três era mesmo Maniche, que apesar de ter 32 anos, era um médio com uma carreira já consolidada. O craque era conhecido por ser um jogador de área-a-área, que tinha algum poder de finalização.
Evaldo foi um jogador que atuava no centro da defesa dos minhotos e se destacou pela boa passagem no futebol português. André Santos, apesar de ter sido um produto da formação leonina, acabou por representar a União de Leiria por três épocas, todas elas emprestado, regressando a casa para provar que era um médio com qualidade.
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